Capítulo quatro

316 41 6
                                    

Caos
━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━


            Uma lembrança surgiu do fundo de meu cérebro, durante o sono, fazendo com que meu sono fosse mais agitado do que normalmente era, mesmo com o cansaço extremo que sentia. Me fez acordar no meio da noite. Além de um barulho ao qual parecia uma explosão, logo percebi que era apenas minha mente brincando com o que me restava de sanidade. Minha cabeça doía devido ao susto, mal sabia onde estava, por alguns longos minutos; sentei-me onde estava e tentei me situar na realidade, falhando por um longo período. Passaram-se alguns minutos, ao qual pareciam horas na minha cabeça, até mais que isso. Resolvi me levantar completamente e ir atrás de água ou coisa do tipo. Andando para fora do quarto, agora me arrastando pelos corredores, ainda com a roupa ao qual fui dormir juntamente com a "coberta" que usava, que me manteve aquecida perante a brisa noturna. Sabendo que provavelmente só encontraria algo do tipo do lado de fora do lugar, pensei se seria uma boa ideia, devido aos barulhos que esse processo causaria. Andando em meio ao escuro, tentando não esbarrar em nada, o que seria difícil mas, lá no fundo eu conseguia me lembrar do lugar, conseguindo chegar até o refeitório. Procurei por alguma lâmpada que pudesse ascender, percebendo após que não havia fósforo ou qualquer forma para ascender. Olhando por uma janela próxima, pude observar que o tempo parecia passar rápido, assim, notei que provavelmente não demoraria para que amanhecesse.

            Então me sentei em uma das mesas, apoiando apenas minha cabeça em cima da mesa, de lado, usando meus braços para segurar a coberta em meu corpo. Decidi esperar, sabendo que provavelmente iria dormir ali mesmo. O que aconteceu não foi diferente. O tempo passou diante de meus olhos cansados e sonolentos, eu podia jurar que estava acordada o tempo todo, mas não estava. A luz adentrou o cômodo brevemente, o calor agora adentrava as janelas, fazendo com que finalmente ficasse iluminado. Parecia ser apenas mais um devaneio da minha mente, enquanto meus olhos pareciam apenas piscar, pendendo entre a realidade e outro lugar. Senti algo tocando meu rosto, em minha bochecha e em seguida em meu nariz. Continuei piscando lentamente enquanto ouvia uma voz muito distante chamando meu nome, ainda sentindo toques em meu rosto. Quando, de repente, eu senti um tapa forte em minha cabeça, fazendo com que eu levantasse de uma vez, a coberta que estava em meu corpo foi direto ao chão, enquanto minhas mãos subiram para minha cabeça, onde estava sentindo dor.
- FILHA DA PUTA! - A única coisa que saiu de minha boca, automaticamente, junto com a dor.

- Que que você falou? - Ouvi a voz entediada de um homem, presumindo quem seria. Permaneci em silêncio por perceber que ele estava acompanhado por duas figuras ao qual meu sono ainda não deixou que identificasse. - Levanta, você tá sujando a mesa. As pessoas comem aí, sabia? - Levi disse, me fazendo entrar em pânico, levantei minha cabeça de uma vez para averiguar se o que ele falou era verdade. Não era.

- Que ótimo despertador. - Disse completamente acordada e agora irritada. Respirando forte sem ao menos perceber, suspiro e me levanto, pegando a coberta do chão.

- Me desculpa por ele, eu tentei te acordar antes, mas não funcionou. - A voz característica falou comigo, enquanto meu interior apenas parecia ferver em raiva. Fiz o máximo para me controlar, consegui disfarçar tudo menos meu rosto. Enquanto Hanji apenas olhava para Levi com uma expressão séria, não irritada, mas séria o suficiente para intimidar. Não ele, claro. Mas qualquer outra pessoa ficaria acanhada.

- Não se preocupe. - Respondi enquanto minhas unhas novamente forçavam contra a pele da palma de minha mão. Tentei parecer calma e indiferente mas, não funcionou.

- O que você estava fazendo dormindo aqui? - Ela falou comigo novamente, fazendo com que eu saísse ao menos um pouco do meu estado anterior.

- Eu só senti... sede? - Antes que pudesse falar alguma coisa, a outra pessoa que estava junto dos dois colocou a mão no ombro da mulher que estava em minha frente, chamando a atenção da mesma. Sussurrando para ela, alto o suficiente para que eu ouvisse "Era dela que você estava falando?", fiquei confusa por um tempo, até que pude reconhecer de quem se tratava ao lado da mulher, que por sinal agora parecia envergonhada. - Ei, eu te conheço...

Sinfonia de batalha - Hange Zoë x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora