Capítulo vinte e sete

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A angústia pela liberdade.
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            Era quase exatamente como imaginei. Uma nova paisagem, assim como me prometeram. Até o ar era tão salgado quanto a água que descobri mais tarde naquele dia que seria insuportável para consumi-la. Minhas narinas ardiam para respirar, a sensação de meus pés que, por algum motivo, se afundava cada vez mais, me deixava um pouco em pânico, inicialmente.

            A sensação de sentir esses grãos entre meus dedos dos pés não era a melhor; mas no momento em que me lembrava disso, sentia tanta falta de sentir até esse incômodo mínimo, qualquer outra sensação era melhor do que essa, o que achei que seria o contrário, posteriormente. Sinto falta de sentir meus pés no chão, literalmente, mas... a realidade nunca foi tão distorcida, nesse momento ainda mais.

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- O que é isso? - Falei após tirar os sapatos e descer do cavalo, pisando em uma superfície estranha, ao qual não conhecia e era óbvio

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- O que é isso? - Falei após tirar os sapatos e descer do cavalo, pisando em uma superfície estranha, ao qual não conhecia e era óbvio. - QUE ISSO?! - Dei um passo e logo em seguida meu pé encostou em alguma coisa.

- Porque você tá gritando? - Eve se aproximou, suas mãos estavam atrás de seu corpo e ela parecia mais calma do que nunca.

- Porque é estranho! - Gritei de novo, me preparando para subir no cavalo novamente. Senti duas mãos em minha cintura antes que eu pudesse subir de vez, ao qual respondi com um grito. - Não! Não quero.

- Vem comigo. - Hanji se direcionava a mim agora, após o seu breve surto de entusiasmo.

- Não.

- Por favor. - Ela insistia enquanto me levantava em seus braços, eu a encarava agora.

- Não. Isso ali é muito grande e olha que a gente mata titãs. - Olhei em seu rosto enquanto usava de meus melhores argumentos. Não que fosse adiantar tentar falar alguma coisa.

- Não tem nada haver. - Ela bufava, pouco chateada e birrenta no mesmo nível que eu.

- Tem tudo haver, é água. Água em grande quantidade. Água mata. Solta. - Sacudia minhas pernas para que me soltasse, ao qual ela riu.

- Certeza que é pra te soltar? - Ela disse com sua voz mostrando seu sarcasmo intenso.

- Sim.

- Olha pra baixo. - Eram as piores coisas que poderia ouvir naquele momento.

- Não. - Lentamente olhei, percebendo que o mesmo truque funcionava comigo quase sempre: a distração. Não percebi que nos aproximamos da água até que eu estava a pouca distância da mesma. - Me solta. Me solta por favor. - Não conseguia raciocinar quase nunca.

- Tudo bem. - E assim, ela me soltou. Ali mesmo. Sem me dar a oportunidade para pensar melhor; cai sem a opção de me segurar em qualquer coisa, logo tudo que vestia estava praticamente encharcado.

Sinfonia de batalha - Hange Zoë x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora