one shot?

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15 de abril de 2022

E aí? Faz um tempo, né?
Enfim. Se você ainda está aqui, se passaram um ano desde que comecei a escrever essa história. E depois de finalizar, eventualmente, eu escrevi alguns capítulos soltos (por saudade de dias felizes) e resolvi postar esse aqui porque ele é fofinho demais. Se ele estivesse na história original, estaria mais ou menos entre os capítulos vinte e cinco e vinte e seis E SIM tudo que é falado aqui faz parte do universo, por incrível que pareça. É isso, espero que tenham diabetes assim como eu tive, considerem isso um agrado após um final tão doloroso também (I'm not sorry).
É isso, aproveitem.

💫

Eclipse.
—  E se minha estrela cair? —

"I can't help but look at you like you put the stars in the sky"

Se tratava do meio da noite. A única coisa que me lembro é de ter sido arrastada por poucos instantes e então, estava agora sendo carregada, de forma delicada até - nem um pouco parecida com a forma anterior. Não haviam luzes nos corredores, até as que poderiam ser vistas debaixo das portas estavam, obviamente, apagadas. Esse era o meu sinal de que se tratava da madrugada. E o porquê de tanta agitação a essa hora, para mim permanecia mistério.
— Porque você me acordou? — Falei esfregando os olhos, agora sentindo a brisa fria e densa em minha pele, instintivamente me encolhendo em seus braços. Ouvindo os ruídos da noite também, apesar de ser muitas vezes referido como o "calar" da noite, grilos não compreendiam isso, certamente.

— Não acordei não — ouvi a voz de minha amada, com minha cabeça deitada em seu peito, senti a vibração de sua voz em meu ouvido esquerdo.

— Você parece só precisar de uma desculpa pra sair por aí me carregando — respondi irritadiça, me aconchegando ainda mais.

— Eu tenho meus motivos, tá? — Disse.

— Eu não duvido — bocejando, faltava pouco para que me entregasse ao sono novamente, minha fala saíra tremida. Conseguia ouvir sua respiração cadenciada, o ar saía de suas narinas quase rápido demais, devido ao fato de estar andando. Por estar andando, também, ouvia os sons de folhas e galhos se quebrando junto de seus passos e em nenhum momento questionei. Confiança demais, talvez, descreveria esta como uma das loucuras que é namorar - ou melhor dito, estar em um relacionamento - com uma pessoa tão incomum. Ou talvez devesse rever os conceitos. Esses específicos, sim.

— Agora sim — minha amada disse, chamando minha atenção, após tempo indeterminado, visto que provavelmente cai no sono enquanto pensava tanto — acorda, amor —  continuou falando, insistindo, me balançando levemente para que despertasse.

— O que foi? — Disse, sem ao menos conseguir abrir os olhos.

— Eu quero te mostrar uma coisa — Hanji insistia, cada vez mais. E bom, se bem a conhecia, não desistiria enquanto eu não cedesse — vou te colocar no chão, tá?

— Não — imitando um choro, passei meus braços pelo seu pescoço enquanto fazia drama— por que? Eu nem queria.

— Eu quero te mostrar uma coisa — tornou dizer.

— Pode me explicar por que essa coisa tá no meio da floresta? — Questionei com um tom ríspido, logo me arrependeria — de madrugada ainda por cima?

— Tá — ela respirou fundo antes de se explicar— ontem eu tava lá no escritório, né?

Hmhm — afundei minha cabeça em seu pescoço, esfregando o nariz para que esquentasse e fizesse cócegas devido ao mesmo estar gelado.

Sinfonia de batalha - Hange Zoë x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora