𝐏𝐫𝐨𝐯𝐨𝐜𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 | JJ Maybank

Capítulo 24

— Então, aqui está o plano. Precisamos procurar o trigo perto da água, como dizia na carta do Denmark. — esclareceu John B.

— John B, odeio confessar, mas não vi água ou trigo. — eu disse, dando um tapinha no ombro do menino. — Tipo, de que tipo de água estamos falando?

— Água de lagoa? — Papa adicionou.

— Água de bong? — JJ disse com uma leve risada. Me virei e dei um tapinha em sua testa, incapaz de me impedir de reagir à sua estupidez. Ele esfregou o ponto na testa, em seguida, estendeu a mão, puxando a ponta da minha trança. Afastei sua mão, sorrindo para mim mesma. Quem teria pensado que eu perdi JJ puxando meu cabelo.

— Não, só dizia para procurar água, ok? — John B suspirou, já farto de nossas travessuras. Kiara passou por John B, saindo para ir buscar água.

— Essa é a mensagem secreta mais merda de todas. — resmungou enquanto saía.

   John B seguiu Kiara, continuando a conversa entre os dois. Pope, JJ e eu nos levantamos, nós três olhando um para o outro.

   Pope pigarreou, olhando para JJ. — Vou procurar no quadrante nordeste com Bee, e você procura no noroeste.

   Os olhos de JJ se arregalaram e o queixo caiu, sua expressão se tornou a de uma criança que foi mandada para uma casa mal-assombrada por conta própria.

— O quadrante da decapitação? Não, se vou lá, vou levar Winslow. De jeito nenhum vou morrer sozinho. — agarrou meu pulso, puxando-me, não deixando espaço para discussão.

— Não vejo por que preciso morrer com você. — pensei, me deixando ser arrastada para o nordeste.

   O aperto de JJ afrouxou enquanto caminhávamos, mas ele não me soltou e, eventualmente, sua mão escorregou na minha enquanto me guiava através dos arbustos grossos.

   Minha respiração engatou quando olhei para as nossas mãos, sua grande palma envolvendo a minha facilmente. Tentei me concentrar na missão - encontrar água, mas de vez em quando meus olhos pousavam em nossas mãos.

   Ao olhar para a nuca de JJ, pensei se agora seria um momento apropriado para conversar com ele sobre o que vi, especialmente agora, já que estamos nos conversando. Enquanto eu olhava entre os hematomas em seu rosto e o sorriso em seus lábios, não consegui estragar aquele clima com um assunto tão pesado.

   Talvez mais tarde.

— Não acho que haja nada aqui, Winslow. — JJ sussurrou, sua cabeça virando para olhar para mim. Seus olhos azuis me fixaram no local, fazendo borboletas explodirem em meu estômago.

— Vamos encontrar todo mundo então. — sugeri. Ele acenou com a cabeça, nos guiando em direção ao grupo. À medida que nos aproximamos, soltou minha mão, fazendo meu coração cair.

   Observei enquanto ele caminhava à frente, tropeçando em uma pedra na clareira em frente à casa da Sra. Crains. Pope, John B e Kiara estavam ajoelhados perto de uma pequena porta que conduzia por baixo da casa. Perdi a conversa deles, mas eu tinha certeza que era sobre entrar naquela porta porque derrepente John B fez, desaparecendo de minha vista. Kiara, Pope e JJ seguiram depois. Suspirei, sabendo que não podia esperar do lado de fora.

   Me abaixei no pequeno espaço, olhando ao redor com cautela para todas as teias de aranha e objetos espalhados. Estava empoeirado e cheirava a sujeira envelhecida.

   Me encolhi enquanto corria para passar por uma teia de aranha, recebendo um ataque de aberrações em miniatura enquanto eu desesperadamente golpeava minhas mãos na frente do meu rosto na esperança de me livrar delas.