Capítulo 32

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— Tem certeza que ele pegou tudo? — Kiara perguntou a John B quando nos sentamos em sua doca. O som da água batendo contra a madeira era calmante enquanto ouvíamos as más notícias.

   Meu coração afundou enquanto processava tudo que John B disse. Tudo pelo que trabalhamos, tudo pelo que arriscamos foi em vão.

   Peguei o curativo novo que apliquei em meu braço enquanto pensava sobre a informação, meu humor ficando azedo enquanto pensava sobre isso. Suspirei, colando um pedaço de fita adesiva na madeira ao meu lado.

— Todos as barras. — respondeu John B, com uma expressão sombria no rosto enquanto olhava para o teto da doca. Olhei para Kie, mas ela desviou o olhar, não querendo me olhar. Ela ainda estava chateada comigo, e eu não sabia exatamente por quê. Talvez seja porque fiquei do lado de Pope em vez dela, mas mesmo se for esse o caso, as coisas deveriam ter sido resolvidas agora. — A enchilada inteira.

   Me encolhi enquanto John B lutava para libertar a mão do gesso, grunhindo enquanto a mexia. Ele o puxou com um grunhido final, suspirando de alívio enquanto o jogava para o lado.

— Não é como se eu esperasse um final feliz ou alguma merda. — ele murmurou, batendo a mão contra o cais.

— John B-

— O quê, Kie? — nosso amigo gemeu, realmente não querendo um sermão. — É uma fratura pequena. Quem se importa?

   Senti um tapinha no ombro vindo de cima. Olhei para cima para ver JJ me oferecendo um trago de seu baseado. Era uma vez, me lembro dele dizendo que sua erva não é para Kooks, especialmente Kooks chamados Winslow. Veja como os tempos mudaram.

   Entreguei a ele um pequeno sorriso, tirando o cigarro já meio fumado de sua mão. Dei um trago, tomando cuidado para não inalar muito. Eu realmente não precisava estar tropeçando como uma drogada agora.

— Você deveria se importar. — Kie o repreendeu. — Seu braço ficará zoado para o resto da vida.

   Dei outro trago rápido e o passei de volta para JJ, que o aceitou rapidamente antes que os outros dois pudessem ver que estávamos compartilhando maconha sem eles. Ri, tossindo um pouco enquanto tentava encontrar minha compostura.

— Está tudo bem. Viu? — John B mexeu todos os dedos, mostrando o quão boa estava sua mão.

   Virei minha cabeça ao som de passos se aproximando batendo contra o cais. Apertei meus olhos quando Pope apareceu, confundindo meu corpo. Ele deveria estar em uma entrevista, então por que estava aqui?

— Pessoal! — o moreno gritou enquanto se aproximava, ganhando a atenção de todos os outros. Ele estava ofegante enquanto diminuía a velocidade até parar, apoiando as mãos nos joelhos enquanto tentava recuperar o fôlego. — Oh! Oh! Oh, Deus. Corri todo o caminho até aqui.

— Como foi a entrevista, Pope? — JJ perguntou, terminando o resto do entorpecente.

— Não pergunte. — ele grunhiu, ainda lutando para regular sua respiração. — JB... Olha, me desculpe, cara. Sobre tudo.

— Está bem...

— M-mas eu não tenho muito tempo. — Pope disse ofegante, gaguejando enquanto se atrapalhava com as palavras. — E eu tenho informações que são taticamente relevantes.

   Todos os nossos ouvidos se animaram ao ouvir isso, então ficamos em silêncio, permitindo que ele continuasse.

— Então, antes da minha entrevista, meu pai disse que estava indo para a pista de pouso particular para cortar palmeiras para o grande avião de Cameron. Por ser muito pesado, precisava de uma pista de pouso mais longa para decolar. Então, estou lá sentado em minha entrevista, pensando comigo mesmo: 'Por que Cameron precisaria de uma pista de pouso mais longa para decolar?' O que poderia ser tão pesado para sobrecarregá-lo?

𝐏𝐫𝐨𝐯𝐨𝐜𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 | JJ MaybankOnde histórias criam vida. Descubra agora