3 - ...são reais

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POV Aron

Eu já tinha vontade de vir pro Brasil há um tempo, pois sempre via como os fãs brasileiros gostavam de mim. Uns cantores viram que eu queria começar uma carreira de cantor e me chamaram pra participar de um clipe. Eu cantei pouco, mas na minha opinião já foi o suficiente.

Eu estava na van trocando a roupa que eu estava vestindo no clipe, quando um dos meus seguranças bateu na porta dizendo que era melhor irmos. Sai da van junto com os meus três seguranças e vi a garota da moto entrando no carro e não podia deixar essa oportunidade passar, bati levemente no vidro do carro. 

Surpreendentemente ela aceitou o convite de sair e fomos ate um restaurante. Eu ia ter essa garota para mim ate o fim da noite, não na minha cama, mas nos meus braços. 

No restaurante, eu pedia que pudesse congelar no tempo e viver aquele momento em loop, mesmo não estando apaixonado, era incrível ouvir a risada dela. E se eu pudesse, faria ela rir durante o período todo em que nos estivermos juntos.

Quando fomos sair, não queria ir embora, não queria que ela fosse embora. mas não podia ir com ela, porque JP e Kiko estavam me esperando. Ela se despediu, e andou... não ela desfilou até o carro, enquanto implorava para saber qual carteira de habilitação que eu precisava para poder me perder nas suas belas curvas.

...

-Oi Aron. - Disse JP e os outros cumprimentaram com um "Eai", e eu só respondia com um gesto.

-Então, o que tá achando daqui?

-Legaú. - Eu consigo entender bem o portugues por parecer com o espanhol, mas acho difícil falar.

Eles passaram tempo falando sobre a festa, mas de repente começaram a falar de uma garota, elas a chamavam de BB, que quando falava parecia bebê. Eles falavam dela com carinho, seria uma irmã? Contaram histórias com ela, que eu duvida da existência delas.

-Essas istorias nao parecem reais. - Disse

-É porque você não viu ela, aquela menina não parece real. - Falou JP, e eu senti que ele exagerou, ninguém podia ser assim a não ser a pessoa que eu conheci hoje, aquilo não parecia real.

-Mesmo depois de tudo, ela conseguiu ser melhor do que era. - Disse Kiko e eu senti o clima baixar.

-Ignora o Kiko e o fato dele estragar toda a vibe. Mas todas as histórias que a gente contou são reais, todas elas, a do mendigo, a da polícia, a do carnaval, a do garoto do sacole. Todas elas, e tem mais. - Falou MW

-Nossa, as outras também sao assim? - Perguntei, e eles ficaram quietos.

-É... Você também vai duvidar delas, porque elas parecem de filme. Só que a diferença é que... elas não são legais. - Respondeu Kiko

-Legais?

-É bem... posso falar que é triste.

Eles mudaram de assunto rapidamente no momento que o clima começou a baixar e começaram a falar sobre outra pessoa, mas como não estava entendendo nada que falavam, peguei o meu celular e comecei a mexer nele.

O tempo passou rapido e logo tivemos que se arrumar. Queria ficar com a roupa que eu já tava para festa, mas eles disseram que tinham que me deixar "brasileiro", seja lá o que isso signifique. Então escolheram minha roupa.

Quando chegamos na festa já tinha música alta, e várias pessoas, inclusive várias garotas, que ficavam me cercando. JP e Kiko sempre me acompanhavam para eu não me perder, enquanto MW começou a beber demais e largou a gente. Eles disseram que tinham chance da mesma coisa acontecer com eles, mas que eles não iam me largar e ir pra casa. 

Tudo acontecia tão rápido na festa que não conseguia nem raciocinar direito o que estava acontecendo, beijei algumas pessoas, mas não lembro nem o rosto, bebi algumas bebidas que nem lembro a cor ou cheiro. Mas em um momento que eu estava em cima do palco, ela chegou, a garota da moto, e o tempo podia parar que eu não reclamaria, ela me olhava e estava perto da entrada junto com MW que não conseguia nem ficar parado em pé. Ela estava incrivelmente linda, seus cabelos castanhos desciam em curvas perfeitas, e seus olhos eram hipnotizantes, ela era tão... um sorriso apareceu nos meus lábios, desviei o olhar e voltei a fazer o que eu já estava fazendo.

-Ela chegou. - Disse JP

-Mentira que ela realmente veio. - Falou Kiko

-Então mano, era daquela mina que a gente tava falando. - Ele apontou pra garota da moto e eu não acreditei que era a mesma pessoa. - Perfeita, não é? - Eles falavam. - Não precisa responder e desfaz esse olhar. - Ele falou e eu olhei pra ele confuso. - Não, ela parece fogo e perigosa, não que não seja, mas o próximo que brincar com ela, a gente vai quebrar na porrada. O último que fez isso com ela a gente não pode porque o filho da puta mora a 10 mil quilômetro de distância. Você tem um monte de mina gata pra caralho pra brincar, mas com ela não. - Disse ele e eu voltei o olhar pra ela. Porque ela não? O fato de proibir só criou mais vontade. 

Ela me olhou, a gente novamente se encarava. Porque você tem que me atrai tanto? A minha promessa pessoal, de sair com pelo menos um beijo, vai ser cumprida mesmo que valha um nariz quebrado ou talvez ate ser deportado. 

Entre nós dois I ARON PIPEROnde histórias criam vida. Descubra agora