capítulo 3

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pov Isabella

Passaram-se alguns dias e eu estava caminhando por uma das pontes do rio Sena.

Adorava a brisa fresca e a sensação de quando o vento balançava meus cabelos. Era por volta das quatro da tarde e eu estava apreciando a vista.

Ou pelo menos era nisso que queria acreditar.

O dia da chegada dos Martin estava próximo, e isso era bom, porém, infelizmente Briana viria com eles, e conforme ela chegasse a minha paz iria embora.

Haviam casais passeando de mãos dadas pelo lugar, crianças brincando, algumas outras pessoas alimentando patos à margem do rio e outras apenas como eu, sozinhas, apreciando a bela vista de Paris.

Estava distraída quando algo me chamou a atenção. Um cachorrinho com coleira de pingente dourado parecia procurar alguma coisa. 

Será que se perdeu do dono? 

Me aproximei.

- Oi amiguinho, está perdido? - guarde os julgamentos, sei que também fala com eles como se fossem responder.

Me abaixei e acariciei seu pelo macio. Era muito manso.

Na coleira estava escrito seu nome. "Max". 

- É um belo nome ein, rapaz. - olhei em volta e não havia ninguém procurando por ele.

Resolvi então levá-lo para casa, quem sabe alguns cartazes ajudassem a encontrar seu dono(a).

Levantei-me e o segurei pela coleira - que estava folgada - o guiando até o lugar mais próximo que imaginei vender uma guia. Afinal, ir para casa com a coluna curvada por segura-lo não seria muito interessante.

Após comprar a guia, fomos para minha casa. 

Ao chegar no portão, preto e elaborado com frestas que permitiam ver o pátio da mansão, tive uma surpresa, que infelizmente, não me soou nada agradável.

- Boa tarde, Sidney. O que está acontecendo? - perguntei ao porteiro ao ver três carros e muitas, muitas malas, próximos à fonte que havia no pátio.

Ele abriu o portão e pôs-se a me cumprimentar, logo em seguida, me explicou o motivo daquela situação.

- Hoje mais cedo a família Martin chegou junto à família Lecomte.

Arregalei os olhos.

- O QUE?! - gritei na mesma hora. 

- A-Algum problema senhorita? - indagou gaguejando, provavelmente ficou assustado com a minha reação.

Respirei fundo e procurei parecer mais calma.

- Não - sorri forçado - está tudo bem eu só fiquei surpresa. - menti.

- Mas afinal, não só chegariam depois de amanhã? - questionei confusa.

- Ao que parece um membro da família Lecomte quis antecipar a viajem. 

"Briana". Automaticamente o nome me veio à mente. 

- Se me permite dizer... - continuou - eles chegaram já tem um bom tempo, porém, as inúmeras malas que trouxeram estão tomando muito tempo e por isso os carros ainda não foram embora. - suspirou em cansaço -  Na verdade, já deu tempo até de um deles sair e voltar!

A expressão abismada em seu rosto não negava, isso havia pegado todos de surpresa. Seria cômico se não fosse trágico.

Suspirei derrotada e busquei coragem para entrar. 

Amor no norte da FrançaOnde histórias criam vida. Descubra agora