pov Isabella
Passaram-se alguns dias e eu estava caminhando por uma das pontes do rio Sena.
Adorava a brisa fresca e a sensação de quando o vento balançava meus cabelos. Era por volta das quatro da tarde e eu estava apreciando a vista.
Ou pelo menos era nisso que queria acreditar.
O dia da chegada dos Martin estava próximo, e isso era bom, porém, infelizmente Briana viria com eles, e conforme ela chegasse a minha paz iria embora.
Haviam casais passeando de mãos dadas pelo lugar, crianças brincando, algumas outras pessoas alimentando patos à margem do rio e outras apenas como eu, sozinhas, apreciando a bela vista de Paris.
Estava distraída quando algo me chamou a atenção. Um cachorrinho com coleira de pingente dourado parecia procurar alguma coisa.
Será que se perdeu do dono?
Me aproximei.
- Oi amiguinho, está perdido? - guarde os julgamentos, sei que também fala com eles como se fossem responder.
Me abaixei e acariciei seu pelo macio. Era muito manso.
Na coleira estava escrito seu nome. "Max".
- É um belo nome ein, rapaz. - olhei em volta e não havia ninguém procurando por ele.
Resolvi então levá-lo para casa, quem sabe alguns cartazes ajudassem a encontrar seu dono(a).
Levantei-me e o segurei pela coleira - que estava folgada - o guiando até o lugar mais próximo que imaginei vender uma guia. Afinal, ir para casa com a coluna curvada por segura-lo não seria muito interessante.
Após comprar a guia, fomos para minha casa.
Ao chegar no portão, preto e elaborado com frestas que permitiam ver o pátio da mansão, tive uma surpresa, que infelizmente, não me soou nada agradável.
- Boa tarde, Sidney. O que está acontecendo? - perguntei ao porteiro ao ver três carros e muitas, muitas malas, próximos à fonte que havia no pátio.
Ele abriu o portão e pôs-se a me cumprimentar, logo em seguida, me explicou o motivo daquela situação.
- Hoje mais cedo a família Martin chegou junto à família Lecomte.
Arregalei os olhos.
- O QUE?! - gritei na mesma hora.
- A-Algum problema senhorita? - indagou gaguejando, provavelmente ficou assustado com a minha reação.
Respirei fundo e procurei parecer mais calma.
- Não - sorri forçado - está tudo bem eu só fiquei surpresa. - menti.
- Mas afinal, não só chegariam depois de amanhã? - questionei confusa.
- Ao que parece um membro da família Lecomte quis antecipar a viajem.
"Briana". Automaticamente o nome me veio à mente.
- Se me permite dizer... - continuou - eles chegaram já tem um bom tempo, porém, as inúmeras malas que trouxeram estão tomando muito tempo e por isso os carros ainda não foram embora. - suspirou em cansaço - Na verdade, já deu tempo até de um deles sair e voltar!
A expressão abismada em seu rosto não negava, isso havia pegado todos de surpresa. Seria cômico se não fosse trágico.
Suspirei derrotada e busquei coragem para entrar.
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Amor no norte da França
Romance"- Sabe o que é, Isabella? - arqueei a sobrancelha e ele continuou - Você desperta o meu pior lado. - sorri. - Ao menos temos alguma coisa em comum." Na década de 1950 no norte da França, vivia a família Beaufort. A mesma, apesar da fabulosa condiçã...