pov Isabella
Quando bebi toda a água contida no copo de vidro, pedi que Tyler o colocasse numa bandeja quando um garçom passou por onde estávamos.
Por estar com uma roupa não muito apropriada para o frio, senti meu corpo arrepiar quando uma brisa leve passou.
Abracei-me, tentando me aquecer.- Venha cá. - falou ao me puxar devagar para o seu peito, enlaçando-me ainda comigo de costas para ele.
Suspirei ao sentir a sensação de segurança que sempre me toma quando estou em seus braços e seu queixo apoiou-se em minha cabeça, me fazendo aconchegar-me mais ali.
Toquei seus braços volumosos e fortes, passando a, sem perceber, acariciar os mesmos, sentindo as veias que sobressaltavam um pouco à pele por ele estar com as mangas da camisa social arregaçadas até o antebraço.
- Sente falta de Londres? - perguntei baixinho, aproveitando que estávamos tão perto.
- No momento não. - respondeu no mesmo tom ao me apertar de leve, me fazendo sorrir pequeno.
Ficamos assim, confortáveis com nossos corpos aninhados, observando o manto da noite cobrir a bela Paris, a tornando digna de seu rótulo mais conhecido. "Cidade luz".
O melhor de toda a paisagem, era poder desfrutá-la pelas águas do Sena.
Uma música agradável chegou aos nossos ouvidos e sem perceber me mexi conforme a melodia.
Escutei um riso baixo sair de Tyler e aos poucos ele se afastou.
Contive um resmungo de frustração ao não sentir mais o calor de seu corpo e então me virei para trás, deparando-me com uma reverência e a sua mão direita estendida em minha direção.- Me concede essa dança?
Fingi analisar com cuidado o convite e olhei ao redor com a mão acima da testa, como se estivesse procurando por alguém.
A sua careta foi cômica e eu contive o riso, o encarando com as mãos na cintura.
- Ah, por que não? - dei de ombros - Eu não estava fazendo nada de interessante mesmo.
Ele revirou os olhos tendo um sorriso de canto ao não esperar mais nenhum segundo para me puxar para perto de si.
Começamos a dançar num mesmo ritmo de passos, com uma de suas mãos segurando a minha e a outra posta sobre minha cintura enquanto uma das minhas estava em seu ombro.
Num canto do barco estava uma pequena comitiva de instrumentos sendo tocados com digna maestria por um grupo de poucas pessoas. A iluminação do lugar era desempenhada por luminárias amareladas, deixando o espaço digno de uma pintura clássica memorável.
- Definitivamente você está muito engraçadinha hoje. - meus lábios se moldaram em um sorriso zombeteiro até que fiquei tensa quando a mão que estava em minha cintura subiu por minha coluna com a ponta dos dedos, me causando um arrepio - Acho que vou ter que lhe ensinar alguns modos.
O encarei com raiva quando esta chegou até minha nuca, a apertando com certa força e involuntariamente eu gemi encarando seus olhos, coisa que pareceu o agradar.
- Você é tão convencido, Tyler! - me condenei mentalmente quando minha voz soou fraca demais para a minha intenção de soar autoritária.
- E você é tão linda. - falou fitando meus olhos com tamanha intensidade e eu encarei os seus com surpresa pelas palavras inesperadas.
- Principalmente quando está assim... - seu aperto ficou um pouco mais forte e meu olhar se tornou um pouco desnorteado e desfocado pelo súbito desejo que me estremeceu a pele.
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Amor no norte da França
Romansa"- Sabe o que é, Isabella? - arqueei a sobrancelha e ele continuou - Você desperta o meu pior lado. - sorri. - Ao menos temos alguma coisa em comum." Na década de 1950 no norte da França, vivia a família Beaufort. A mesma, apesar da fabulosa condiçã...