pov Isabella
Estava andando pelas ruas da cidade luz. Era uma tarde de clima agradável e nublado de uma quarta-feira e eu acabara de sair do Louvre.
Fui dar um "alô" para a Monalisa, e como sempre, ela quase não me deixa sair. Conforme ia me distanciando ela parecia me julgar, repensei tudo o que fiz hoje, na verdade, repensei o que fiz na minha vida inteira. Ela sempre me deixava intrigada.
Agora eu estava procurando algo interessante para fazer. Resolvi então sentar-me na fonte da Place de la Concorde.
Peguei um bloquinho de papel e um lápis que carregava em minha bolsa transversal, junto com alguns pequenos livros, começando a rabiscar a folha.
Pretendia desenhar a fonte e as estátuas que a rodeavam quando fui interrompida por um grupo de três rapazes que se puseram em minha frente.
Ergui o olhar para eles e notei que haviam sorrisos sugestivos em seus lábios.
Respirei fundo em busca de paciência, talvez eles só quisessem alguma informação.
- Posso ajudar?
Entreolharam-se e voltaram a me encarar.
- Isabella Beaufort? - um deles perguntou.
Franzi o cenho, já começando a desconfiar da pergunta.
- Quem deseja saber?
- Perdoe-nos, mas que modos. - lamentou, balançando a cabeça em negação - Eu me chamo Becil e estes são Theo e Davi. - apontou para os respetivos.
Apertei os lábios contendo a risada que ameaçou sair quando escutei seu nome. Ignorei a piada que me veio à cabeça e apenas busquei lhe responder.
- Sinto muito rapazes, mas sei de uma história onde a curiosidade matou o gato então não acho que seja uma coisa interessante de se ter. - guardei na bolsa o que tinha em mãos.
- Acho que vocês conseguirão viver sem saber quem sou, agora se me derem licença. - disse, fazendo menção de sair.
- Que comparação interessante. - sorriu galanteador - Acha que sou um gato?
Suspirei. Já deveria saber que não tinham como ser amigáveis. Para alguém com um nome desses só podia ser um imbecil mesmo.
- Desculpe-me, havia esquecido esse detalhe. - ele franziu o cenho.
- Pode ficar tranquilo, se depender disso a curiosidade não irá lhe matar.
Ele apertou o maxilar enquanto vi de relance os outros dois segurarem a risada.
- Com certeza é ela. - o que apresentou como Theo, disse, fazendo o tal Becil lhe lançar um olhar cortante o que o fez fechar o riso na mesma hora.
- Dizem que você é bem selvagem não é ruiva? - voltou-se para mim, fitando-me de cima a baixo.
- Será que também é assim entre quatro paredes? - arregalei os olhos.
Meu sangue ferveu com tamanha sordidez e fechei os punhos me aproximando até ficar cara a cara com ele.
- Você faz juz ao seu nome, Becil. - ele percebeu o tom de minha voz, compreendendo o que eu queria dizer.
Seus olhos tomaram um brilho diferente e ele agarrou meu pulso.
Tentei me soltar de seu aperto e quando consegui dei passos procurando sair o mais rápido possível dali, mas fui impedida pelo que acredito ser Davi, que se pôs em minha frente.
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Amor no norte da França
Romance"- Sabe o que é, Isabella? - arqueei a sobrancelha e ele continuou - Você desperta o meu pior lado. - sorri. - Ao menos temos alguma coisa em comum." Na década de 1950 no norte da França, vivia a família Beaufort. A mesma, apesar da fabulosa condiçã...