capítulo 16

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pov Isabella

Estava andando pelas ruas da cidade luz. Era uma tarde de clima agradável e nublado de uma quarta-feira e eu acabara de sair do Louvre.

Fui dar um "alô" para a Monalisa, e como sempre, ela quase não me deixa sair. Conforme ia me distanciando ela parecia me julgar, repensei tudo o que fiz hoje, na verdade, repensei o que fiz na minha vida inteira. Ela sempre me deixava intrigada.

Agora eu estava procurando algo interessante para fazer. Resolvi então sentar-me na fonte da Place de la Concorde.

Peguei um bloquinho de papel e um lápis que carregava em minha bolsa transversal, junto com alguns pequenos livros, começando a rabiscar a folha.

Pretendia desenhar a fonte e as estátuas que a rodeavam quando fui interrompida por um grupo de três rapazes que se puseram em minha frente.

Ergui o olhar para eles e notei que haviam sorrisos sugestivos em seus lábios.

Respirei fundo em busca de paciência, talvez eles só quisessem alguma informação.

- Posso ajudar?

Entreolharam-se e voltaram a me encarar.

- Isabella Beaufort? - um deles perguntou.

Franzi o cenho, já começando a desconfiar da pergunta.

- Quem deseja saber?

- Perdoe-nos, mas que modos. - lamentou, balançando a cabeça em negação - Eu me chamo Becil e estes são Theo e Davi. - apontou para os respetivos.

Apertei os lábios contendo a risada que ameaçou sair quando escutei seu nome. Ignorei a piada que me veio à cabeça e apenas busquei lhe responder.

- Sinto muito rapazes, mas sei de uma história onde a curiosidade matou o gato então não acho que seja uma coisa interessante de se ter. - guardei na bolsa o que tinha em mãos.

- Acho que vocês conseguirão viver sem saber quem sou, agora se me derem licença. - disse, fazendo menção de sair.

- Que comparação interessante. - sorriu galanteador - Acha que sou um gato?

Suspirei. Já deveria saber que não tinham como ser amigáveis. Para alguém com um nome desses só podia ser um imbecil mesmo.

- Desculpe-me, havia esquecido esse detalhe. - ele franziu o cenho.

- Pode ficar tranquilo, se depender disso a curiosidade não irá lhe matar.

Ele apertou o maxilar enquanto vi de relance os outros dois segurarem a risada.

- Com certeza é ela. - o que apresentou como Theo, disse, fazendo o tal Becil lhe lançar um olhar cortante o que o fez fechar o riso na mesma hora.

- Dizem que você é bem selvagem não é ruiva? - voltou-se para mim, fitando-me de cima a baixo.

- Será que também é assim entre quatro paredes? - arregalei os olhos.

Meu sangue ferveu com tamanha sordidez e fechei os punhos me aproximando até ficar cara a cara com ele.

- Você faz juz ao seu nome, Becil. - ele percebeu o tom de minha voz, compreendendo o que eu queria dizer.

Seus olhos tomaram um brilho diferente e ele agarrou meu pulso.

Tentei me soltar de seu aperto e quando consegui dei passos procurando sair o mais rápido possível dali, mas fui impedida pelo que acredito ser Davi, que se pôs em minha frente.

Amor no norte da FrançaOnde histórias criam vida. Descubra agora