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─✧ kyuubi n a r r a n d o '-

| NO PASSADO |
Dezembro de 2007

Quando vesti o uniforme e me olhei no espelho, não pude deixar de sorrir. O uniforme tinha ficado bem justo ao meu corpo, expondo todas as minhas curvas e principalmente o quão grande meus seios estavam e era bastante confortável, eu me movia bem dentro dele.

Aquele era meu uniforme antigo, porém tinha sido descosturado e refeito para que coubesse em mim novamente. Diferente do outro, Mitsuya tinha colocado minha patente, consigliere, bordada no uniforme de uma forma bem delicada. Os meninos disseram que era um presente de boas vindas e era para ser usado na reunião daquela noite.

Tinha sido um gesto muito bonito, afinal eu queria voltar logo à ativa na gangue e sempre me senti linda dentro do uniforme.

- Parece que já faz um século desde que vesti ele pela última vez - murmurei de forma nostálgica.

Ser mulher em uma gangue era complicado, ainda mais uma mulher de patente alta, apesar de não ter medo, porque eu acreditava que mulheres também podiam ser líderes em gangues, estava insegura com a reação das pessoas. Não queria causar problemas para os meninos. Eu detestava incomodar.

Suspirei para mim mesma, precisava parar com minhas inseguranças.

Prendi meu cabelo branco em um alto rabo de cavalo para que minhas tatuagens no pescoço pudessem ficar visíveis, assim como os piercings em minha orelha também.

Do lado esquerdo do pescoço eu tinha uma Kyuubi tatuada, era a minha marca. Do lado direito, atrás da orelha, os kanji de Tokyo Manji Gangue. Eu tinha outras tatuagens e piercings espalhados pelo corpo, mas isso era história para outra hora.

Passei um batom na cor marsala, deixando meus lábios bem definidos e destacados na minha pele branca, e fiz um delineado, aquilo era suficiente. Assim que calcei meus coturnos, a campainha tocou.

Quando abri a porta Draken estava do outro lado, também vestido com seu uniforme da Toman. Fiquei parada, medi ele da cabeça aos pés. Nossa, o uniforme deixava ele ainda mais gostoso e eu podia ver com clareza os músculos que ele tinha ganhado durante esses dois anos.

Também senti o olhar dele sobre mim, mas seu olhar era indecifrável. Draken sempre foi muito bom em esconder as emoções dele.

- Tira uma foto porque não temos tempo pra você ficar me admirando - debochou me fazendo fechar a cara em uma carranca.

- Vou tirar uma foto pra te colocar à venda na deep web, seu merdinha, só assim eu me livro de você - sai da casa fechando a porta atrás de mim.

- Se eu fosse você seria bem boazinha, porque sou sua carona de ida e volta - falou enquanto íamos em direção a sua moto.

- Oh, mas eu sou uma boa garota, Ken - falei a frase de duplo sentido com um sorriso malicioso. Ele nem me olhou, apenas andou na minha frente.

- Me estressa e eu deixo você no meio do caminho - resmungou o homem.

- Você não faria isso porque não vive sem mim, Draken - informei ao chegar na sua moto e ele colocou o capacete em mim

- Percebi que prefiro você no reformatório e só faz quatro dias que saiu de lá - gracejou o garoto e eu soquei seu braço com força - Ai, arrombada.

- Me respeita, cuzão.

Nós dois tínhamos um sorriso quase imperceptível no canto dos lábios. Aquilo era sinal de que ele estava tão feliz quanto eu. Subimos na sua moto e logo partiu em velocidade máxima, me vi obrigada a agarrar ele pela cintura.

𝐩𝐡𝐲𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora