Kyuubi era conhecida por ser a raposa da Toman, ou como sua própria patente na gangue dizia, consigliere. Mesmo parecendo inquebrável, ela sempre esteve afundando dentro da sua própria escuridão de traumas. Tudo piora quando começa a perder aqueles...
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─✧ n a r r a d o r a '-
| NO FUTURO |
Takemichi não acreditava que tinha acabado de ver Draken no corredor da morte.
Era tarde da noite e Takemichi andava pelas ruas tentando entender como o futuro tinha dado tão errado. Ele estava tão distraído que não percebeu que um grupo de sete homens o seguia.
Haganaki deu de cara com um cara no início da rua escura e deserta, o desconhecido o empurrou para trás e ele caiu no chão. Assustado ele olhou para cima e viu que um círculo tinha se formado ao seu redor.
— Sempre parecendo um ratinho encurralado, Takemishi — a voz femina preencheu a rua.
Takemichi conhecia aquela voz. Ele engoliu em seco. Agora só era possível ouvir o seu coração batendo contra seus ouvidos e o salto dela batendo contra o concreto.
Os homens abriram a roda e ela ficou de frente para o corpo caído de Takemichi.
— Kyuubi-chin — Takemichi falou de forma esganiçada.
— A própria — ela sorriu de um jeito macabro que Takemichi sentiu um arrepio percorrer sua espinha.
Kyuubi parecia a mesma de antes. Só um pouco mais velha e com os olhos sem vida. Entretanto, Takemichi podia sentir que aquela não era a sua amiga. Ela parecia perigosa em seu terno branco e com a boca pintada de vermelho.
— Eu esperei tanto por esse momento — Kyuubi calmamente tirou um maço de cigarro do bolso — Estive de olho nos seus passos todos esses anos. Então, minhas aranhas me contaram que você foi visitar o Draken na prisão.
Ela fez uma pausa e colocou o cigarro na boca. O cara do seu lado acendeu com um insqueiro e Kyuubi tragou lentamente, logo soltando a fumaça.
— Foi aí que descobri que você tinha voltado — a mulher riu e deu outra tragada — Nada deu certo como você esperava e tudo tá muito fodido, amiguinho.
A albina colocou o cigarro preso entre os lábios e colocou a mão na cintura por baixo do seu terno, exibindo as duas glock no coldre de cintura que usava.
— Se tivesse dado tudo certo, Kisaki não teria me mandado para matar você — ela falou com o cigarro preso entre os lábios e lentamente tirou as armas da cintura.
— Kyuubi, não. Por favor — Takemichi começou a choramingar e se levantou, mas um cara alto o empurrou de joelhos no chão.
— Eu adoro quando ficam de joelhos pra mim — a albina piscou para Takemichi.
O cigarro caiu de sua boca e bateu no chão. Kyuubi levantou as duas armas e apontou para cabeça do Haganaki. Chorando, Takemichi fechou os olhos com força.
