Kyuubi era conhecida por ser a raposa da Toman, ou como sua própria patente na gangue dizia, consigliere. Mesmo parecendo inquebrável, ela sempre esteve afundando dentro da sua própria escuridão de traumas. Tudo piora quando começa a perder aqueles...
Eu não vou desistir mesmo que seja feito muitas vezes.
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Kyuubi estava em pé na beirada de um dos prédios mais altos de Tokyo, o vento batia com força em seu rosto e bagunçava seu cabelo, este agora curto e pintado de preto.
Em menos de um minuto o céu se iluminou com fogos de artifícios em comemoração ao ano novo. Apesar do vento frio, sua pele já parecia acostumada com a frieza. Aquele era o lugar que mais passava tempo nos últimos meses.
Sua mente estava longe de admirar os fogos coloridos, ou de sentir qualquer alegria com o ano novo, pelo contrário, sua mente se concentrava em coisas passadas, seus pensamentos estavam perdidos em lembranças dos acontecimentos que nunca imaginou que fossem acontecer.
O grito doloroso de Chifuyu após a morte do Baji;
Takemichi líder da primeira divisão;
A luta contra a Black Dragons e a Toman vencendo;
Kisaki sendo expulso da gangue;
E claro, o sumiço repentino da grande Kyuubi.
Ninguém escutou falar dela no mundo das gangues. E nem a Toman, seus amigos e família sabiam onde ela estava. Mas ela continuava sabendo de tudo o que estava acontecendo e sabia que a cada vez que Takemichi voltava para o passado, o futuro estava pior.
Já era o previsto e ela tinha avisado a Takemichi que nada mudaria até Kisaki morrer.
— Você não cansa de vir até aqui? — disse a pessoa que parou ao seu lado
— Eu penso melhor quando estou aqui — murmurou Kyuubi
— Sente falta deles não é? — ele perguntou com a voz rouca e um suspiro, mas Kyuubi não respondeu.
Ele já imaginava que não teria nenhuma resposta dela, a conhecia bem o suficiente para saber que ela estava fugindo de qualquer coisa que lembrasse dos amigos e principalmente de Draken. Seu coração doía ao saber que Kyuubi estava abdicando de tudo para manter todos seguros.
— Quanto tempo mais isso vai durar?
— Não se preocupe, os dias do Kisaki estão contados — Kyuubi virou para olhar o rosto dela — Você vai voltar para nossa família. Eu prometo.
Kyuubi iria cumprir o que prometeu, mas ela sabia que ainda iria existir muitos sacrifícios para isso.