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─✧ n a r r a d o r a '-

| NO FUTURO |


Ano de 2020




⚠️ Gatilho: tortura e pensamentos de suicídio. ⚠️


- Oe, não desmaie desgraçado - Kyuubi deu um tapa na cara do homem e o mesmo gemeu de dor com - Que porrinha mais fraca, minha música acabou de começar, não tira a minha diversão.

As mãos dela estavam cobertas por luvas cirúrgicas, além de avental que cobria sua roupa, uma máscara de plástico que cobria todo o seu rosto e no fundo tocava Bohemia Rhapsody no último volume.

O homem estava preso em uma maca, sua cabeça foi amarrada a mesa de modo que ficasse de boca aberta e com ajuda de um alicate, ela extraiu mais um dente dele enquanto cantarolava a música alegremente por cima dos protestos do cara. Era uma das suas músicas preferidas da banda Queen.

- E com esse temos o total de 20 dentes - colocou o dente dele na bandeja e analisou seu trabalho - Pelos deuses, você já era feio, agora parece filhote de cruz credo.

Fez uma careta e voltou seu olhar para o carrinho a sua frente.

Kyuubi continuou cantarolando a música enquanto analisava calmamente a bandeja com utensílios diversos, um sorriso travesso se formou em seu rosto quando pegou um bisturi.

- Está vendo esse? É o meu preferido - ela riu animadamente colocando o objeto na frente dos olhos dele - Simples né? Mas bem afiado, eu consigo fazer várias coisas.

Parou por um momento, colocando uma mão no queixo, como quem estivesse pensando.

- O que você acha que devo extrair de você agora? - perguntou para o homem que se contorceu e começou a gritar - Seus olhos? Talvez sua orelha... - seu tom de voz era de empolgação - ou seus testículos? Eles tão em alta no mercado negro, vai me render uma boa grana.

A mulher albina riu do desespero que o homem mostrava.

- Eu sou muito indecisa, a gente pode ir de uni duni tê - ele negou com a cabeça - Você tá se divertindo? - negou novamente e ela fez um bico infantil - Então, vamos brincar mais um pouco, até você achar graça junto comigo. Vou soltar sua boca, tá legal?

Ela soltou as amarras da cabeça dele e aproximou o bisturi do olho esquerdo do homem.

- Faça o que sabe de melhor, implorar por sua vida, ratinho - murmurou baixinho e deslizou o objeto pela bochecha dele, cortando sua pele - Nós não aceitamos traidores aqui dentro e estrupador do caralho igual a você merece sofrer.

- Sua vadia psicótica - gritou com certa dificuldade e não pude deixar de rir - Não adianta me tortura, não vou falar nada!

- Uma hora sempre falam - estalou a língua no céu da boca - Hmm, vamos ver! Uni, duni, duni, tê, salamê minguê - a cada palavra ela apontava para pontos do corpo do homem - O escolhido foi você! - apontou para o lugar onde ficava o fígado.

𝐩𝐡𝐲𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora