Capítulo 3

182 16 4
                                    

{Anna Kariênina}

Klaus, Kennedy, Alana e eu conversávamos e jogávamos carteados na sala, a última não jogava, apenas estava ao meu lado no sofá com um dos braços apoiados em meu ombro. Eu havia chegado há 2 horas, todos já estavam de pé e eu contei tudo a Jones, que foi reportar ao contratante do serviço. Depois de um banho e um café, fiquei aqui com eles até que finalmente Jones apareceu ao lado de Alasca.

- Benedict acabou de ligar e era tudo como você havia descrito, já pegaram o contador e uma hora dessas o corpo dele deve está boiando em algum praia por aí. - Jones conta e eu assinto.
- Aqui é "A Profissional", meus queridos. - Klaus diz animado, jogando sua carta e eu reviro os olhos.
- Você arrasou, como sempre. - Ouço Alana sussurrou disfarçadamente em meu ouvido enquanto pegava uma de minhas cartas, jogando-a sobre a mesa. Vencendo a partida.
- Eii! Você não estava na partida, não devia ganhar! - Kennedy gritou frustrado, jogando suas cartas sobre a mesa.
- Quem ganhou foi Kariênina, apenas joguei a carta, Ken. - Ela enfatiza a última palavra por saber que é um apelido que Kennedy odeia, e eu soltei uma risada contida.
- Não me chama assim! - Ele aponta para ela.
- Ken! Ken! Ken! - Alana cantarolou como uma criança mimada de 9 anos, e Klaus gargalhou.
- Olha aqui, sua... - Kennedy se levanta, Alana ia fazer o mesmo se eu não tivesse lhe segurado.
- Chega, crianças! - Alasca interviu, e Kennedy se sentou novamente.

Então vi Klaus gesticular "Ken" com os lábios para o irmão, e eu revirei os olhos soltando outra risada contida de sempre.
Nunca gostei de rir além da conta.

- Agora temos outros assuntos a tratar. - Alasca contou e prestamos atenção. - Sobre a noite de hoje, Anna. - Suspirei quando ela me olhou, jogando a cabeça para atrás. Senti Alana se afastar do meu lado.

Como eu queria esquecer essa noite ou simplesmente não ir.

- Não temos outra escolha, Anna, se quer realmente vingar seu pai terá que fazer isso. - Alana interviu como lesse em meu rosto o que se passava em minha mente.
- Eu sei, eu sei. - Assenti.
- Casamento? Sério? Não teria uma solução menos antiquada para isso? - Alana dispara.
- Já conversamos sobre isso, Alana. É o certo, faz parte do plano. - Jones diz da poltrona onde havia se sentado, mas eu me levantei.
- O plano já está correndo muito bem, hoje é meu noivado e amanhã me mudarei para a casa de Paul, no final de semana é o nosso casamento e então terei acesso a toda a grana dele. Dorgles não terá chance contra mim depois que eu tiver dinheiro suficiente para mata-ló. - Expliquei andando de um lado para o outro.

Dorgles é o nome daquele satanás, o desgraçado e acabou com a vida do meu pai. Só de saber que ele está nesse momento respirando enquanto meu pai está em uma cova, faz meu corpo formigar e querer enfiar minhas unhas na garganta dele. Tenho que segurar cada gota de ódio que cresce em mim durante todos esses anos.
Desde meus 10 anos, quando meu pai foi preso injustamente, eu planejo esse plano infalível. Dorgles se tornou o maior mafioso de San Diego e por isso mora em uma verdadeira fortaleza, e essa tudo em meus planos.
Não sobrará nada dele depois que passar pelas mãos de Anna Kariênina, a assassina profissional dos mafiosos.

- Temos que preparar tudo: convidados, comidas e bebidas, decoração, já sabemos que vai ser na casa de Paul, então temos que ver o vestido de noiva. - Alasca começa.
- Vestido de noiva? - Faço uma careta. - Eu tenho mesmo que ver todas essas bobeiras? - Alasca da um risinho.
- Não, querida, deixa que eu cuido de tudo. Casamento realmente não faz muito teu tipo.
- Não faz mesmo, achei que iria morrer e não ia ver Anna Kariênina casando. - Kennedy brincou e eu sorri, mesmo vendo Alana se encolher calada no sofá. - E quando vai casar, ainda é por interesse. - Ele completa.
- Um ricaço com os dias contados querendo se casar comigo, quem ia recusar? - Sorrio maliciosa e eles gargalham.
- Ela vai ser mulher de mafioso, a patroa. - Klaus brincou.
- Ela faz o destino dela. - Kennedy completou e todos na sala gargalharam.

Corpos em Chamas: A vingança de Anna Kariênina (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora