Corpos em Chamas: A vingança de Anna Kariênina (Romance Lésbico)

Capítulo 21

Negócio vai ficar bom agora do jeito que eu gosto hehe
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{POV. Anna Elis}

- O que estar falando de Anna Kariênina? - Pergunto assustada.
- Aquela mulher é louca, ela invadiu meu quarto sem ninguém sequer ouvir um barulho e ameaçou a mim e minha família, caso não deixássemos você em paz. Ela apontou uma arma para mim, Elis! Uma arma! - Savana estava desesperada e eu não sabia como agir, eu sempre quis dar o troco nela mas não assim.
- Eu... Eu não sabia que ela tinha ido lá.

- Ela ordenou que todos dessa faculdade ficassem longe de você e eu fiz. Elis, pelo amor de Deus, a única coisa que eu quero é ser uma bailarina de sucesso e dar orgulho para meus pais... - Tomei um susto quando Savana simplesmente se ajoelhou aos meus pés. - Então, por favor, diga para ela não nos matar. Eu já fiz o que ela pediu, ninguém mais vai te importunar.

Chega! Dessa vez, Anna Kariênina foi longe demais.

- Levanta, Savana, pelo amor de Deus levanta. - Disse lhe puxando pelos ombros e ela enxugou as lágrimas nos olhos. - Ninguém vai fazer nada contra vocês, nada. Entendeu? Vou resolver isso. - Enfatizei e ela assentiu.

Peguei minha mochila e a deixei lá entre as prateleiras, andei até o balcão da entrada onde Madame Susani estava no computador.

- Já terminei tudo por hoje, posso sair mais cedo? - Falei com certa urgência e a ruiva enrugada me olhou por cima dos óculos redondos.
- Desse jeito vai acabar sem salário, menina.
- É urgente. - Argumentei.
- Tudo bem.

Assim que ela disse, eu saí em disparada pelas portas duplas da entrada, meu coração acelerado a cada passo pesado, a ficha finalmente caindo do que havia acontecido.
Anna Kariênina havia ameaçado Savana e a todos de sua família por causa de uma simples briga, eu sei que Savana não é nenhum anjo e já aprontou muito comigo, mas esse tipo de violência já é algo extremo.

Não adianta eu tentar maquiar a realidade por causa dessa merda que estou sentindo, Anna Kariênina é uma assassina e esse seu instinto sempre vai falar mais alto.
[...]

Abri a porta de casa com urgência e para minha sorte, logo encontro a morena de olhos verdes sentada no sofá da sala.

- Oi, Anna. - Ela sorrir em cumprimento assim que me ver, mas não retribuo.
- Quem você acha que é para se meter na minha vida, hein?! - Disparo jogando minha mochila no chão.
- Opa, que tom é esse, mocinha? De que porra está falando? - Anna Kariênina se levantou.
- Você sabe muito bem do que estou falando, você ameaçou fazer um massacre na família da Savana. Você passou de todos os limites, garota. - Apontei para ela.
- Eu só queria te ajudar, caramba. - Ela abriu os braços, indignada.
- Eu não preciso da porra da sua ajuda e muito menos da sua pena.
- Eu não sinto pena de você, Anna Elis.
- Então por que diabos fez aquilo? Mandou a garota dizer para todos me deixarem em paz, Savana estava desesperada temendo pela vida dos pais e a dela. Isso é monstruoso!
- Então agora eu sou um monstro? - Kariênina indagou.
- Sua atitude foi monstruosa, não se ganha tudo na vida na base do sangue, Anna Kariênina.
- Eu só queria ajudar. - Ela repetiu. - Você me disse o que eles faziam contigo, só queria que você, sei lá, se sentisse bem. - Meu queixo tremeu de puro ódio.
- Eu não preciso da sua pena, Anna Kariênina.
- Eu não tenho pena de você, Anna Elis. - Ela repetiu.
- Por que você se importa? Por que se importou com isso, Anna Kariênina?! - Gritei.
- Porque eu me importo com você, porra. Porque gosto de você, Anna Elis! - Anna Kariênina gritou rápida e eu fiquei sem palavras por alguns instantes. - Quer dizer, eu te acho uma garota legal, que não devia passar por algo tão desnecessário como bullying.