{POV. Anna Elis}
Alguém pode me dizer o que diabos eu estou pensando da minha vida?
Eu simplesmente estava prestes a beijar minha madastra. Eu sei que o casamento de Anna Kariênina com Paul não é muito convencional, eu nem ao menos nunca lhe vi ir ao quarto dele em nenhuma noite, ou sei se eles tiveram a famosa noite de núpcias na lua de mel, já que ela passou dormindo no meu quarto. Entretanto, mesmo assim ela é minha madastra, e isso torna muito estranho sentir essa sensação que está me queimando por dentro.
Um calor invade meu corpo de uma maneira a qual não parece que eu estava há minutos atrás congelando ao relento, assim que cheguei ao meu quarto, entrei no banheiro e tirei minhas roupas. Liguei o chuveiro e deixei a água gelada cair. Eu odeio água gelada, me faz lembrar de coisas que eu não quero lembrar agora, mas nesse instante é um mal necessário.
Me abri de uma maneira tão livre para Anna Kariênina que nem parece que estávamos como gato e cachorro há dias atrás. E agora meu corpo estava queimando e implorando por essa mulher.
Entrei no box e gruni quando a água quente me molhou inteira, suspirei sentindo aquele calor não ir embora. Passei as mãos por meu corpo afim de me molhar mais, quando notei meus seios maiores e pesados, os mamilos estavam rígidos e quando os toquei, uma sensação prazerosa me encheu e fiquei arrepiada. Suspirei e então comecei, eu estava tão excitada e não estava acreditando que estava realmente fazendo aquilo. Quando minhas próprias mãos desceram do meu abdômen até meu centro íntimo foi minha perdição. Gemi alto sabendo que tudo estava sendo abafado pelas paredes, minha mente estava atordoada e então só foquei naquilo, como se estivesse sendo minha válvula de escape.
Era como sentir ela ali comigo, meus dedos eram os delas em mim, a água correndo pelo meu corpo poderia está nos molhando ao mesmo tempo se ela estivesse aqui, meu corpo se arrepiou e gemi novamente imaginando a mão dela em minha garganta, entre os fios de meu cabelo. Pensar em sua língua escorrendo por mim, percorrendo cada centímetro de meus seios, minha barriga.
Segurei firme na barra de ferro na lateral do box e gemi alto sentindo meu corpo todo tremer quando o clímax me atingiu, suspirei com a água ainda em mim e o calor em meu corpo aos poucos diminuiu, mas com aquela sensação de satisfação ainda exalando sobre meus poros. Passei as mãos em meu rosto e então notei o que eu havia acabado de fazer.
Meu Deus! eu me masturbei pensando em Anna Kariênina! Que porra!
[...]Aquela não foi a única vez, depois que me deitei, o sono não apareceu, rolei de um lado para outro o outro na cama pensando no que eu havia feito no banho e na conversa com Anna Kariênina na área externa. Quando dei por mim, eu já estava agarrando meus lençóis, com as mãos em mim mesma e mordendo meu lábio inferior com força para não cair na tentação de gritar o nome de Anna Kariênina.
Então, eu não fazia ideia de como ia olhar para Kariênina hoje, só de imaginar meu corpo já queimava em vergonha, mesmo sabendo que ela não poderia nem imaginar o que fiz. Torci para Deus ou qualquer divindade que estivesse sobre as nuvens, que Anna não estivesse presente no café da manhã, mas quando eu cheguei ao último degrau da escada, lá estava a desgraçada que atormentava meus sonhos eróticos, tão linda como se eu a tivesse visto pela primeira vez.
Me surpreendi a ver Anna Kariênina um pouco mais informal, como poucas vezes lhe vi, usando uma bela roupa de motoqueira. Com calça e jaqueta de couro pretos, um cuturno sem salto também preto, uma blusa cinza por baixo da jaqueta, mas o que mais me chamou a atenção foi seu cabelo. Anna Kariênina havia feito uma trança de raiz muito bem feita, ficava incrivelmente perfeito com ela, combinava com seu estilo livre, sem ter o cabelo balançando e lhe atrapalhando.
Tentei ser o mais natural possível enquanto me sentava a mesa de café da manhã.- Bom dia.
- Bom dia.Kariênina não sorriu ao me cumprimentar mas seu tom era amistoso, já percebi que ela não é de sorrir muito. Mas vê-lá sorrir com malícia deve ser tão excitante.
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Corpos em Chamas: A vingança de Anna Kariênina (Romance Lésbico)
Ficção AdolescenteAnna Kariênina tinha apenas 10 anos quando seu pai foi injustamente acusado de assassino, e anos depois faleceu na cadeia. Doze anos depois, Kariênina se tornou uma assassina profissional após ser adotada e treinada por uma família de mafiosos, agor...