Capítulo 44

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{POV. Anna Kariênina}

Eu havia terminado de me arrumar a pouco e sabia que Anna Elis também já devia está descendo, suspirei tentando encontrar alguma paciência em mim para encarar algumas horas de amostras, relatórios, bebidas, drogas e negócios sobre mais bebidas e drogas. Mas eu sabia bem que isso tudo será só até daqui alguns dias, quando colocaremos o plano final em ação, e então eu Elis fugiremos para qualquer que seja o lugar onde a polícia não nos encontrará.
Eu relutei muito em trazê-lá comigo para essa missão mas as vezes Anna Elis pode ser mais insistente do que eu, pelo menos agora, eu estou a preparando e ela parece apita a se defender sozinha. Mas, vou lutar com unhas e dentes para que nada aconteça, pois jamais me perdoaria se algo acontecesse a ela. Prefiro mil vezes tirar minha própria vida e ir parar no inferno, do que passar a vida relembrando a morte de Elis. Sinto náuseas só de pensar nisso.
E nossa tarde ontem no ateliê consolidou tudo isso, não foi apenas mais uma transa, dessa vez houve algo a mais. Os toques estavam diferentes, havia outros significados e desejos, um sentimento tão forte que não poderia ser dito.

- Então, estou pronta para encarar um bando de mafiosos como se fosse parte deles? - Ecoa a voz de Anna Elis junto com seus passos na escada e meu ar para por um momento.

Elis estava ainda mais magnífica, usando um conjunto branco com uma saia bem curta, top croped de alvas finas que dava bastante ênfases em seus seios pequenos e um blazer por cima, havia uma corrente na saia como uma espécie de cinto, um enorme detalhe redondo no centro do top. Ela deixou o cabelo bem solto e cacheado, uma maquiagem leve, uma gargantilha dourada, e nos pés botas brancas canco curto de salto fino. Meus olhos brilharam e minha vontade era de me jogar em seus braços.
Eu vestia uma calça pantalona branca social, um croped social com decote em V nas abas dobráveis, um scarpan branco, deixei meu cabelo preto em um coque baixo, uma maquiagem leve e completei com colares, relógio e brincos.

- Você está magnífica. - Suspirei encantada. - E tecnicamente você faz parte nós, já que tem metade da herança do teu pai e recebe lucros dele, eu apenas gerencio. - Expliquei enquanto ela vai até mim.
- Sério que vai ser a noite toda esse papo de negócios e negócios? Quem diria que a máfia poderia ser tão chata. - Anna revirou os olhos e eu sorri.
- Depois que todos estão bêbados, a festa fica mais animada.
- Estamos as duas de branco, será que esse não é mais uma emboscada sua para casar comigo, me matar e herdar toda a herança de meu pai? - Anna Elis semicerrou os olhos e eu arregalei os olhos rindo.
- Você tem um senso de humor muito exótico, sabia? - Soltei e ela sorriu.
- Você também está magnífica, adoro te ver assim: Mulher de negócios. - Ela sussurrou segurando levemente as golas do meu top, e eu cheguei perto de seu ouvido.
- Quando chegarmos em casa, eu vou te mostrar os negócios que minha língua sabe fazer. - Sussurrei e Anna Elis mordeu o lábio inferior assim que lhe olhei. - Agora vamos, quando mais cedo chegarmos mais rápido iremos sair. - Elis assentiu e segurou minha mão enquanto saíamos.

Taddy, nosso motorista, já estava a nossa espera, e deu partida no carro assim que sentamos nos bancos de trás do carro. Elis ficou observando o que havia lá fora durante a trajetória e eu lhe observei, Anna é tão linda que não consigo parar de lhe admirar, não só pela beleza externa mas também pela astúcia, firmeza, força e superação. Posso ver algumas marcas e cicatrizes que apontam levemente sobre a sua roupa que deixava bastante pele amostra mas ela parecia não se importar mais, e isso esquentou meu peito de uma forma tão satisfatória e orgulhosa. Anna Elis havia superado um dos seus maiores traumas.
De repente, ela virou o rosto e eu abaixei meu olhar para ela não perceber que eu não estava lhe olhando todo esse tempo.

- Eu sei o que rola no mundo do tráfico e milícia, mas sempre me surpreendo por eles fazerem festas tão clamurosas, onde todos sabem quem estão lá. Mas nada acontece, nenhuma polícia aparece. - Ela comentou.
- Minha querida, o tráfico é o comanda não só a Califórnia ou os Estados Unidos em si, mas todo o mundo. Fazemos parte de um núcleo na sociedade que controla tudo, até mesmo os poderosos, eles precisam de nós para se manterem no poder e nós deles para aumentarmos sempre mais os negócios. - Eu seguro levemente seu queixo. - Todos traficamos algo, seja uma resposta escondida em uma prova na escola, até armas e órgãos.
- Você diz como se fosse um deles?
- Ainda por esses dias, eu sou. - Pisquei e ela sorriu enquanto Taddy parava o carro.

Taddy abriu a porta para nós e eu segurei a mão de Anna Elis enquanto saíamos, passamos pela segurança do local e já podíamos ouvir toda a balbúrdia que soava de lá, assim que pisamos no tapete vermelho do salão enquanto tocava Undone - Taylor Ocano senti um aperto forte e nervoso de Elis assim que todos nos olharam, manti meu queixo erguido e apertei sua mão de volta enquanto começamos a andar.
Andamos pelo tapete e eu acenei brevemente para todos sem sorrir muito, estávamos na toca dos lobos mas eles sabem muito bem que sou uma leoa.
A festa estava muito linda, animada e luxuosa, não era nem um pouco a "reunião" que Diego havia dito. Havia mesa espalhadas por todo o local e uma pista de dança que sempre eles colocam, alguns homens estavam com suas esposas como Jones e Alasca que avistei ao longe juntamente aos outros Borges, enquanto outros homens trouxeram algumas acompanhantes de uma origem bem paga pelo que sei. Muita bebida com garçons a todo momento enchendo o copo de alguém, enquanto outros fumavam e conversavam até gargalharem.

- Anna Kariênina. - Um homem entre os 30 anos, loiro familiar vem em nossa direção, logo identifiquei que se tratava de Benedict, fiz um trabalho importante para ele meses atrás.
- Olá, Benedict. Como vai? - Estendi minha mão para o cumprimentar e me surpreendi quando ele a virou e beijou as costas.
- Estou bem melhor agora. - Ele sorriu. - E essa deve ser a belíssima herdeira dos Ralph.
- Anna Elis. - Ela estendeu sua mão e eu nunca vi ela tão séria, como se enfatizasse que era para ele apenas apertar sua mão.
- Fiquei sabendo sobre o romance de vocês, fiquei surpreso mas muito feliz. Ralph deve está muito feliz por você está cuidando do patrimônio mais precioso dele. - Benedict se dirigiu a mim e eu fiquei surpresa com tanta falta de noção, mas quem disse algo foi Anna Elis.
- Não sou um objeto para que alguém me passe de mão em mão, e nosso relacionamento não lhe diz respeito. - Elis foi tão ávida em suas palavras que uma chuva de orgulho subiu em mim, mordi meu lábio inferior identificando que ali se tratava de mais um surto de ciúmes de Elis.
- Oh nossa, juro que não quis ofender. - Benedict pareceu envergonhado. - Apenas sou muito grato por Anna Kariênina, meus negócios estavam indo de mal a pior e ela foi quem deu jeito nisso tudo.
- Apenas fiz meu trabalho, Benedict. - Sorri levemente e ele percebeu que estava sobrando por aqui.
- Com licença. - Ele saiu como um cachorro envergonhado com o rabo entre as pernas.
- Não sabia que era tão paparicada pelos mafiosos. - Anna Elis comentou disfarçadamente, e eu soltei sua mão.
- Apenas sou boa no que faço, baby. - Lhe surpreendi ao apertar sua bunda brevemente e logo levei minha mão a sua cintura. Anna Elis apertou os lábios após quase dar um grito de surpresa.
- Anna, que bom que chegaram. - Diego apareceu e eu sorri largamente, logo seu pai apareceu ao seu lado.
- Quanto tempo, Luiz. - Comentei ao homem enquanto nos cumprimentavamos com apertos de mãos, ele fez o mesmo com Elis.
- Muito tempo, querida, desde que você tinha 15 anos, e agora está essa mulher feita. - Ele elogiou e eu sorri agradecida. - Agora precisamos falar com vocês.
- Sobre o que? - Franzi minha testa.
- Negócios. - Diego pondeirou.
[...]

Continua...

Corpos em Chamas: A vingança de Anna Kariênina (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora