{POV. Anna Elis}
Meu coração parecia que ia sair pela minha boca, eu estava tão trêmula que parecia um prédio em meio a um terremoto, tirei minha máscara e Anna Kariênina fez o mesmo enquanto mantinha a lâmina no pescoço de Dorgles.
- Um barulho e eu te mato. - Ela ameaçou saindo do colo dele mas sem deixar a lâmina do lugar.
- O que vocês querem comigo? - Ele perguntou imóvel.
- Vingança pelo que vocês vez com nossas famílias. - Anna Kariênina soou e eu reunia forças para também entrar nessa discussão.Um trovão soou lá fora e graças ao barulho da chuva pela noite e o som que ainda estava ligado, a nossa conversa era abafada.
- Anna Kariênina? Não é você a assassina profissional que casou com aquele filho da puta do Paul Ralph? - Dorgles cuspiu.
- Olha só como você fala do meu pai, seu nojento. - Disparei.
- Espera, você é a filha dele?
- Anna Elis Ralph Lauren. - Digo com o queixo erguido e um ar de orgulho, nunca me senti tão bem em pronunciar tais palavras.
- Você é a filha de Anna Luiza... - Dorgles sussurrou como se estivesse admirado.
- A mulher que você matou! - Me controlei para não gritar.
- Não! Eu não matei sua mãe! - Dorgles rebateu e eu uni as sobrancelhas, não esperava que ele negasse.
- Pare de mentir, nós já sabemos toda a verdade. - Anna Kariênina interviu.
- O teu pai realmente eu tive total culpa. - Ele disse a ela. - O deixei ser preso, e depois mandei que o envenenasse aos poucos para parar de me acusar. - Ele contou e arregalamos os olhos.
- O que? Mas me contaram que ele havia morrido de uma infecção na cadeia. - Vi o queixo de Anna tremer e havia surpresa em sua voz.
- Não, eu matei aquele covarde. Há tempos eu pedia para iniciarmos uma máfia juntos mas ele só queria saber de migalhas. É um bosta igual você! - Ele cuspiu mais uma vez.
- Seu filho da puta! - Anna avançou para o cortar mas eu segurei seu braço brevemente.
- Ainda não, eu preciso saber do que você está falando. - Falei a Dorgles. - Você matou a minha mãe, meu pai me contou do envolvimento de vocês e que você a deixou morrer de overdose em uma boate após ter dado um pé na bunda dela. - Dorgles soltou uma risada de desdém.
- Eu nunca fiz nada contra a tua mãe, eu amava Anna Luíza. Nós nos envolvemos quando ela se separou por um tempo do teu pai, mas ela tinha medo da perseguição que eu sofria de meus inimigos e voltou para Paul, quando nos vimos de novo ela já estava com você recém-nascida nos braços e disse que queria criar você com Paul, seu pai. Continuamos a nos encontrar mesmo assim porque éramos loucos apaixonados e Paul destruiu tudo, ele era um louco e obssecado por Anna Luíza. Quando finalmente decidimos o enfrentar, ela voltou para te buscar mas logo depois soube que ele havia a matado com uma facada no banheiro, depois inventou toda a história que eu havia a matado envenenada. - Senti quando lágrimas caíram de meus olhos e Anna Kariênina me olhou preocupada. - Eu nunca mataria Anna Luíza, eu amava tua mãe e queria constituir uma família com ela.
- Pare de falar, pelo amor de Deus! Pare de falar! - Gritei andando de um lado para o outro no quarto. - Isso não pode ser verdade! Não pode ser! Paul disse que você havia matado minha mãe e que todo esses anos ele me rejeitada porque você é meu pai. - Apontei para ele.
- Eu? Eu sou seu pai? - Dorgles arregalou os olhos.
- Sim, quer dizer, eu não sei mais. Eu passei a vida toda achando que Paul era meu pai, e depois que ele morreu ele me disse que você era meu pai biológico, e havia matado minha mãe. - Passei as mãos pelo rosto frustrada. - Mas eu não sei mais de nada.
- Você tem algum sinal de nascença no corpo em forma de nuvem? - Ele perguntou de repente.
- Sim. - Uni as sobrancelhas abrindo meu robe para mostrar minha cicatriz marrom em forma de nuvem na coxa.
- Eu tenho uma igual nas costas. - Ele indicou e eu rapidamente andei para ver, lá estava ela quase perto do ombro esquerdo, a marca de nascença igual a minha. - Todos da minha família tem esse sinal de nascença, é a marca dos Stones. Então, eu sou realmente teu pai, Anna Elis.
- Puta merda. - Gruni passando as mãos no rosto. - Mas você matou a minha mãe. - Tentei argumentar ainda sem acreditar que aquilo era verdade.Tudo que eu havia achado que era verdade, não passou de uma mentira e manipulação de Paul. Não, não pode ter sido isso. Não!
- Eu não matei Anna Luíza! - Ele gritou.
- Chega! Isso não muda o fato do que você fez com meu pai! - Anna Kariênina interviu. - Vamos acabar logo com isso!Foi então que Anna Kariênina tentou empunhar a lâmina no pescoço de Dorgles, mas não contavamos que ele estava agindo sem percebermos. Dorgles puxou uma faca pequena escondida em meio às almofadas a beira da cama e empurrou para dentro da barriga de Anna Kariênina.
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{POV. Anna Kariênina}
Dor enradiou pelo meu corpo e eu não consegui ficar de pé, mordi o lábio com força oprimindo um grito e cai no chão. Tudo aconteceu tão rápido como o som do trovão que soou, Dorgles tentou correr e fugir mas Anna Elis foi mais rápida, ele estava perto de minha bolsa e agiu com uma rapidez impressionante tirando a arma de dentro e apontando para Dorgles.
- Não se mexa. - Ela soou e eu agonizei no chão. - Anna, você está bem? - Ela andou até mim mas tirar Dorgles da mira da arma.
Suspirei e inspirei tentando controlar a dor que corria por mim, já me machuquei outras vezes trabalhando mas é sempre essa dor horrível. Puxei meus dedos onde pressionava o furo e engoli seco ao ver a quantidade de sangue saía.
- Temos que terminar logo isso. - Minha voz falhou um pouco enquanto gemia de dor me levantando.
- Para com isso, garota. - Dorgles sorriu com um escárnio. - Você não vai matar teu próprio pai.
- Mas mato quem machuca a minha mulher.Não houve barulho por causa do silenciador no cano na pistola, mas vi o sangue jorrar quando Anna Elis atirou na barriga de Dorgles e ele gemeu de dor.
- Acaba logo isso. Mata Dorgles Stone, Anna Kariênina. - Elis manteve seu queixo erguido quando olhou para o pai biológico.
O som tocava We Belong Tegother - Ritchie Valens quando eu avancei contra Dorgles de uma vez por tudo, invicta a terminar logo com isso. Tudo pareceu ficar em câmera lenta novamente quando minha faca foi certeira na artéria na lateral do pescoço de Dorgles e eu puxei ela na vertical fazendo um corte de orelha a orelha no pescoço desse filho da puta. Sangue jorrou em meu rosto quando eu dei outras demais facas por seu peito, determinada a ter a certeza de que isso tudo havia acabada.
Acabou 12 anos de planejamento de um projeto de vida baseada numa vingança, o sangue que corria em minhas mãos lavava a honra de meu pai. Acabou tudo! Dorbels está morto, eu o matei.Contínua...
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Corpos em Chamas: A vingança de Anna Kariênina (Romance Lésbico)
Ficção AdolescenteAnna Kariênina tinha apenas 10 anos quando seu pai foi injustamente acusado de assassino, e anos depois faleceu na cadeia. Doze anos depois, Kariênina se tornou uma assassina profissional após ser adotada e treinada por uma família de mafiosos, agor...