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SINA

— Eu sei que você está acordada, — disse ele friamente quando ele parou na frente do banheiro. Abrindo os olhos, vi enquanto ele amarrava a gravata.

— Eu não estava escondendo o fato de que eu estava. Existe uma reunião que eu não sei? — eu respondi, me sentando. Eram seis e trinta e dois da manhã. Por que diabos ele estava se vestindo no raiar do dia?

Ele suspirou, aborrecido, antes de se virar. — Sim. No entanto, você não precisa se preocupar com isso, vendo como é uma questão pessoal. No momento em que a conversa mudar para fotografar cachorros na rua, vou te chamar.

Mate ele. Corte suas malditas bolas e empurre-as em sua garganta.

Eu podia sentir minha sobrancelha contrair no tom de sua voz.Ele estava falando comigo como se eu fosse uma criança do caralho.

— Você-

— Por mais que eu goste de nossas agressões verbais, Sina, eu realmente tenho que ir, — disse ele, caminhando em direção à porta. — Vou te encontrar no carro para ir à igreja. Se você estiver com vontade de discursar, então, vá se foder.

Eu nem sequer pensei. Num momento eu estava tentando respirar, a próxima coisa que eu sabia era que minha mão estava sob o
travesseiro e eu estava atirando contra ele.No entanto, nada aconteceu. Em vez disso, Noah sacudiu a cabeça.

— Arma sob o travesseiro? Eu espero que você não pense que eu iria deixar isso carregada, — ele disso, gelo gotejando em sua voz.

— Você tocou na minha arma!

— Eu tenho tocado mais no que em sua arma. Supere isso, — disse ele, fechando a porta quando ele saiu.

O sangue em minhas veias estava fervendo tanto que minha pele estava ficando vermelha.
Agarrando meu telefone, eu tentei não gritar quando eu ouvi a outra voz na linha.

— Fedel, você está pronto para se redimir? — perguntei. Eu quase podia ouvi-lo saltar da cama.

— Sim, senhora, qualquer coisa, — ele respondeu de imediato.

— Noah tem um café da manhã. Eu quero
todos os detalhes malditos. Se ele espirrar, eu quero saber sobre isso.

— Claro, onde ele está?

— Eu não sei, porra! Faça o seu trabalho! — eu gritei antes de arremessar o telefone na parede, o quebrando quando ele bateu no espelho. Passando minhas mãos pelo meu cabelo, eu tentei o meu melhor respirar, mas eu estava chateada. Eu queria matá-lo. Eu queria matar alguma coisa! Mas eu não podia - não agora, pelo menos - então eu ainda estava de pé, respirando lentamente, fechando o mundo ao meu redor. Eu não me permiti pensar, apenas respirar. Eu não tinha certeza de quanto tempo eu ainda estava de pé. Tudo o que eu sabia era que o meu sangue fervendo estava ficando frio.

— Minha senhora. — piscando, eu vim cara a cara com Adriana. — Sinto muito, senhora, mas você esteve assim durante uma hora e você precisa ficar pronta para a missa.

Olhei para ela antes de virar para o relógio, e com certeza era sete e quarenta e sete. Balançando a cabeça, eu entrei no banheiro.
— Adriana, eu preciso de um telefone novo, — eu disse antes de tirar a roupa e ir para o chuveiro. Por mais que eu gostasse do calor da água, uma vez que bateu contra a minha pele, eu precisava começar a se mexer.

Meu pai sempre disse, não deixe Deus esperando. Quando eu saí, Adriana já estava esperando com uma toalha.

— Adriana, você não vai ir para o acampamento com a gente, — eu disse a ela enquanto secava meu cabelo.

RUTHLESS PEOPLE - NOART VERSIONOnde histórias criam vida. Descubra agora