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MARCO

Ele tinha 12 horas de vida. Menor do que a distância entre o cotovelo e meu pulso, e ali estava ele, sem mãe. Ele estava sofrendo como Noah sofreu quando criança. Wendy tinha levado mais de uma década para finalmente segurá-lo... Amá-lo. E cada segundo que Sina tinha ido embora, Sebastian foi forçado a percorrer o mesmo caminho que seu pai tinha. Agora, ele estava alheio a tudo isso, enquanto ele dormia em seu berço, perdido em seu próprio mundinho.

— Marco. — Wendy irrompeu no berçário do hospital. — Uma enfermeira foi procurar Sina para que ela pudesse alimentar Sebastian.

— Merda. — era só uma questão de tempo antes que a polícia fosse trazida para dentro. Quando a polícia chegasse à mídia, haveria investigações e pessoas escavando mais profundo em nossas vidas.

— Será que Noah sabe? — perguntei, tirando o meu telefone.

— A enfermeira já foi para os seus superiores. É só uma questão de tempo. — assim que as palavras saíram de seus lábios, uma sirene vermelha disparou no redor da sala.Nós observamos as luzes que deveriam chamar a atenção de uma enfermeira sem acordar as crianças.

— O que vamos fazer? — ela sussurrou, caminhando até Sebastian.

A única coisa que podíamos.

— Nós dizemos a verdade. Saímos e deixamos Mel descansando um pouco e, quando voltamos, ela se foi.

— O cronograma não vai coincidir, Marco. Fui verificar ela horas atrás. Ou vamos dizer a eles que sabíamos que ela estava desaparecida
por horas ou que alguém ferrou com as câmeras. — era uma situação de perda, porque no final, estaríamos respondendo mais perguntas do que quaisquer um de nós estávamos prontos para lidar...

Eu não podia deixar ela ou Sebastian sozinhos para preparar Noah com as perguntas que seriam provavelmente arremessadas em seu caminho. Tudo que eu podia fazer era ficar no meio do viveiro pessoal de Noah enquanto as luzes vermelhas brilhavam acima de nós.

— Ele sabe. — ela suspirou, permitindo ele agarrar o seu dedo. — Ele sabe que sua mãe se foi. Assim como Noah.

— Wendy...

— Noah e eu não fomos próximos.É minha culpa. Deixei ele sozinho durante anos, e quando eu finalmente acordei, ele não era mais um bebê e ele me evitou. Nem uma vez ele veio me pedir conselhos. Eu sei que ele me ama, mas ele sempre foi para você. Sua raiva, sua dor, sua solidão, tudo, porque eu não estava lá. — ela tremeu em meus braços enquanto suas lágrimas molhavam a minha camisa.

— Noah te ama, e isso é completamente diferente. Sina não... Sina foi levada, mas ela vai estar de volta. Nós estamos falando sobre a primeira mulher a assumir a máfia alemã. No momento em que ela puder, ela vai voltar para nós e não deixar nada, além de um rastro de sangue atrás dela. Isso vai acabar em breve. — eu esperava que as minhas palavras fossem verdade. Cada momento que ela não estivesse aqui, Noah estaria em um espiral. Eu sabia isso sobre o meu filho; ele não conseguiria ser abandonado novamente.

JOSH

Nada além de um mar de azul estava inundando as paredes, abafando os jalecos brancos que normalmente infestavam os corredores. Policias me deixavam doente. Eles eram nada além de auto perseverantes, sanguessugas oportunistas que se escondiam atrás de emblemas brilhantes. A enfermeira tinha nos colocado juntos e agora o hospital estava em seu próprio bloqueio, nos forçando a ficar em uma ala privada em vez de procurar Sina. Noah não tinha dito uma palavra desde que matou a médica. Ele se sentou como um homem feito de mármore, com a cabeça permanentemente ligada em suas mãos.

RUTHLESS PEOPLE - NOART VERSIONOnde histórias criam vida. Descubra agora