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SINA

Eu tomei uma respiração profunda quando eu desci do nosso carro e me dirigi para o edifício federal. Parecia que tudo e todos estavam trabalhando contra nós. Nossas vidas realmente estavam acabando? Era um karma? Estávamos sendo torturados por todos os nossos pecados antes de morrer?

A cada passo pelo cascalho branco em direção ao edifício, o meu coração batia contra as minhas costelas quando o vento quente de verão cortava em meu rosto como a lâmina maçante de uma faca de manteiga.

Eu podia sentir as gotas de suor rastejar pelo meu rosto, pescoço e seios e a história que era a nossa vida tocando em minha mente - a primeira vez que encontrei Liam; a primeira vez que eu atirei nele; a primeira vez que nós transamos seguido pela primeira vez que realmente fizemos amor; nossa primeira matança juntos; nosso primeiro aborto; e nosso primeiro filho.

O sol parecia como uma luz gigante de interrogação na minha pele e eu gemi baixinho para mim mesma em desgosto. Nunca tinha odiado o sol tanto quanto naquele maldito momento. Eu me senti tão exposta, você não faz esse tipo de merda durante o dia quando o mundo esta acordado, em alerta, se movendo ao redor.

— Temos nove horas agora, Sina, — a voz de Noah soou através do fone de ouvido que eu usava. Eu sabia que nós tínhamos nove malditas horas; eu tinha visto o tempo voar quando estávamos presos no trânsito na hora do rush. Era um tipo diferente de inferno ser impotente em um carro quando o tempo voava. Essa fodida hora perdida, se eu não soubesse bem, eu teria pensado que Isolde tinha planejado isso também.

— Sua bolsa e identidade, minha senhora, — disse o guarda de segurança na entrada.

Eu dei a ele e quando eu passei pelo detector de metal, uma outra mulher deu alguns tapinhas no meu vestido.

— Indique a natureza da sua visita.

— Eu tenho uma reunião com o diretor Doers, — eu menti.

Ele acenou com a cabeça quando ele me entregou minha bolsa e identidade.

— Desculpe por toda a segurança extra, Sra. Urrea. Com as ameaças contínuas, temos de ser cautelosos. Apenas vá para a recepção e eles vão deixá-la passar.

— Claro, eu entendo completamente. — eu sorri quando eu dobrei a bolsa debaixo do braço e caminhei até o balcão preto que ficava antes do banco do elevador. Quando tínhamos voltando à Washington, tínhamos planejado entrar no edifício J. Edgar Hoover.

Eu sabia que eu precisava dar uma olhada no computador de Isolde, considerando que eu não poderia cortá-lo do lado de fora. No entanto, o nosso plano contava com o pessoal da noite aqui, não todos esses malditos agentes.

Eu tinha atravessado as linhas inimigas e estava no seu território.

— Bem-vinda ao Prédio J. Edgar Hoover, Sra. Urrea. Eu não tenho certeza da onde a senhora está vindo, mas seu marido já está lá em cima.

— Eu vim direto do spa. Eu tinha esquecido completamente sobre esta reunião, — eu ri.

— Está certo. Srta. Heyoon Jeong já cadastrou os dois em nome do Presidente. No entanto, como eu disse ao seu marido, o diretor Doers ainda não chegou, — disse a mulher por trás do balcão.

Eu não queria ter que usar o Presidente ou Heyoon para isto, era confuso; no entanto, não havia nenhuma maneira de passar sem chamar atenção desnecessária.

— Tudo bem. — eu me inclinei contra o balcão. — Ele nos disse que podíamos esperar em seu escritório. O meu marido já está lá agora?

RUTHLESS PEOPLE - NOART VERSIONOnde histórias criam vida. Descubra agora