Bonus I - Dia das mães

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Toni Topaz – Point Of View

Mesmo após anos de casada, acordar sentindo que tenho Cheryl em meus braços ainda é uma das melhores sensações. Inspirar seu cheiro e a apertar contra mim para senti-la, com certeza deixa minhas manhãs muito melhores.

Abri os olhos devagarinho me acostumando com a pequena claridade que entrava pela fresta da cortina que havia na janela de nosso quarto. A ruiva – como sempre, não dava indícios de que iria acordar, suas costas estavam coladas contra meu peito e nossas mãos entrelaçadas na frente da sua barriga.

Ainda amava observa-la.

Me movi com cuidado na cama, desfazendo nosso abraço e virando para o outro lado. Peguei o celular que estava no bidê ao lado da cama e verifiquei o horário. Quase nove horas da manhã, os gêmeos com certeza já estão acordados ou prestes a acordar.

Bom, deixa-los totalmente sozinhos nunca é uma boa ideia.

Arrastei-me novamente para perto de Cheryl, envolvendo meus braços em seu corpo e a pressionando contra mim. A ruiva ronronou, aconchegando-se e obviamente se negando a acordar.

— Bom dia, Cherry.

Sussurrei, depositando beijos por seu pescoço e nuca.

— Ainda não acordei.

Resmungou, afundando o rosto no travesseiro.

Antes mesmo que pudesse lhe dar motivos para levantar da cama, os próprios motivos nos interromperam. A porta do quarto foi aberta, mas ninguém entrou, Cheryl levantou a cabeça e cochichos foram ouvidos.

— Bom dia. – os gêmeos adentraram, falando como se fossem um só. — Feliz dia das mães!

Haviam sorrisos estampados em seus rostos, cada um carregando uma bandeja que identifiquei ser de café da manhã.

Scarlett parecia ser a mais animada, com oito anos de idade, nossa menininha tem seus cabelos ruivos longos e aparência cada vez mais semelhante a da minha esposa. O garotinho ao seu lado já é praticamente idêntico a mim – palavras de Cheryl, e claramente não foi o organizador dessa surpresa já que odeia acordar cedo.

— Bom dia, meus amores.

Cheryl prontamente sentou na cama com um sorriso, ela ama o dia das mães. E eu também, óbvio. Mas esse era a primeira vez que nossos filhos nos fizeram algo sozinhos.

— Fizemos café! – Scarlett anunciou. — Sanduiche e suco.

A garota colocou a bandeja em meu colo assim que copiei o movimento da minha esposa.

— Ninguém tocou no fogão, mamãe. – Henry fez questão de esclarecer para Cheryl que abriu um sorriso. — Nós sabemos que não podemos sem supervisão.

Ele sabia exatamente o que falar para a ruiva.

— Estamos orgulhosas. – falei chamando a atenção dos dois. — Mas que tal um abraço de dia das mães?
Arqueei as sobrancelhas.

Uma das sensações mais gostosas é ter meus dois filhos em meus braços, eles já não cabem mais como antes onde sentia que podia protege-los de tudo só os envolvendo. Meus garotinhos estão crescendo e isso me dói um pouco, posso ter que deixa-los livres a qualquer momento.

E acredite, esse sentimento não estava só em mim, quando eles abraçaram Cheryl e disseram que a amam como fizeram comigo, as lágrimas apareceram em seus olhos. Não passou despercebido pelos gêmeos.

— Mamãe, não gostou?

Henry tomou uma expressão culpada.

— Eu amei, ok? É que vocês estão tão grandes e estou muito, muito orgulhosa.

03 [ beyond the love - choni ]Onde histórias criam vida. Descubra agora