Capítulo 10

4.7K 297 2
                                    

HEATHER

A porta da frente foi aberta pela Lisa como sempre sorrindo, entrei e ela disse para eu me juntar a eles na mesa de jantar.

— eu já comi, valeu — meu pai me olhou e parecia feliz com alguma coisa.

— você sabe onde vai passar esse natal querida? — Lisa me perguntou e eu dei os ombros sem saber, eu amo natal mas nunca celebrei de verdade.

— acho que no alojamento, ou na casa da Casey ­— resolvi colocar um pouco de salada no meu parto, e quando olhei pra frente eles se olharam se comunicando entre si.

— sobre isso, precisamos falar da sua relação com a Casey e a mãe dela Abby fisher.

— o que tem elas?.

— não são boas pessoas, você deve ter ouvido falar que a Abby destruiu um mercado na cidade por se recusarem a vender bebida a ela.

— ela está passando por problemas não quer dizer que seja uma má pessoa — eles se olharam mais uma vez por cima da mesa e ela fez um sinal para que ele continuasse.

— filha, eu sei que você não se incomoda, mas por aqui os vizinhos comentam — parei de mastigar e encarei esperando ele continuar, mas não disse nada.

— idai? — dessa vez foi a vez da Lisa falar.

— Abby é uma pessoa complicada, ela é viciada você deve saber e eu soube que você frequenta bastante a casa dela.

— qual o ponto dessa conversa? — larguei o garfo.

— eu gostaria que você andasse com boas pessoas, Liam Rush por exemplo, eu vi que ele te trouxe e ele sim é de boa família — lisa concordou animada.

— e ele é bem bonito, vocês estão namorando?

— não, não estamos.

— a mãe da Casey não é boa pessoa, o que vão pensar quando te virem andando com a filha dela? — Lisa disse normalmente levando uma garfada de arroz ate a boca.

— e quem se importa?

— nossos amigos ­— minha respiração falhou enquanto ouvia meu pai dizer essas maluquices, na verdade, esse é só o Ben Clarck.

— seus amigos, eu não me importo com essa gente.

— você poderia tentar fazer outras amigas só isso, as garotas das fraternidades por exemplo — encarei ele sem emoção alguma.

— eu tentei, as garotas da fraternidade só te aceitam se você for vadia o suficiente para fazer o que necessário para os garotos gostarem de você, e eu vou continuar indo a casa da Abby por que lá sim é um lar de verdade, e já que você perguntou ela me trata muito bem melhor do que a Mary já me tratou a vida toda — percebi que falei o nome da minha mãe quando Lisa tossiu e meu pai ficou amarelo, como se esse assunto fizesse ele passar mal — então esse é o maior problema da sua vida agora?, o que os vizinhos dizem de você e se a sua grama tá verde?. levantei da mesa jogando o guardanapo na mesa.

— não precisa gritar filha se acalma.

— se alguém perguntar pode dizer que sua filha é histérica, mas será que eles ainda te aceitariam no conselho dos pais ricos se soubessem que você teve uma filha no subúrbio e fugiu — a única coisa que eles fizeram foi me olhar, ninguém disse uma palavra, ele parecia magoado mas tinha problemas com a família dele, eu podia esperar, quem sou em chegando na casa deles e manchando a imagem dos Clarck, na verdade é isso que eu sou nessa historia toda, uma mancha.

— foi uma idiotice eu ter vindo ate aqui — vesti meu casaco saindo e peguei meu caminho reto na calçada.

a minha pior decisão foi voltar para casa a noite, mais de 28 quarteirões e esta super frio. meu rosto congelava, minhas mãos, mas eu parecia não sentir nada. a minha noite estava ótima eu tinha saído com um cara incrível e agora tudo de bom que eu senti virou um grande nada. sinto meu corpo andando sem vida, como se eu pudesse sentir minha tristeza correndo pelas minhas veias.

Meu favorito - amores improváveis #1Onde histórias criam vida. Descubra agora