HEATHER
o ensaio da banda foi bem descontraído e durou horas já que não precisávamos entregar o auditório hoje. Noah deu a ideia de começássemos a tocar por uma grana, o que deixou todo mundo animado e começamos a fazer um rascunho de um possível cartaz.
- precisamos de um nome, ninguém vai contratar uma banda sem um nome - Susan disse enquanto pintava uma folha de vermelho.
- como criar o nome para uma banda com 6 pessoas? - Will disse a siri do seu celular e rimos.
- pensando bem, nós somos 6 - Nora disse se debruçando na mesa.
- os 6, seria algo como The Six? - Eve disse batendo na mesa e todos olhamos para ela, com certeza é um bom nome.
- meninas e meninos, temos um nome - disse sorrindo e escrevi The Six com uma canetinha preta - tenho que ir trabalhar, nos vemos amanhã.
chegando no Joe's Casey já estava atendendo, passei por baixo do balcão e me troquei rapidamente. passei pela Paula dando bom dia e me animei por hoje não estar tão frio, apenas aconchegante.
-ei, chegou correspondência para você hoje de manhã - Casey me entregou um envelope branco e era do banco, coloquei ele contra a luz e não havia nada dentro a não ser uma folha.
- obrigada -coloquei o envelope no meu avental e peguei uma bandeja cheia e andei ate o salão.
- ei Nill, telefone para você - o Joe me gritou de dentro da cozinha e estranhei alguém me ligando pelo telefone fixo. andei ate o corredor ao lado do balcão e tirei o telefone do gancho.
- alô - me encostei na parede.
- boa tarde, Dallas National Bank, procuro por Heather Nill.
- sou eu.
- lamento informar que não foi possível aprovar sua solicitação por um segundo cartão de credito, já que o seu cartão recente ainda possui dividas.
- desculpa senhor, mas eu não tenho cartão de credito, e não pedi um novo.
- o seu nome esta aqui, e parece que você tem uma divida.
- uma divida? e quanto seria?.
- mil e quinhentos dólares, a 7 semanas então o banco ainda te fornece mais 3 semanas antes do seu nome ser sujo.
- mil e quinhentos? eu nem moro mais no Texas como posso ter essa divida.
- você gostaria de abrir uma queixa contra roubo de identidade? - e então eu percebi que foi ela, minha própria mãe usando meu nome, mesmo tão longe ela consegue me ferrar.
- não, não tudo bem, eu entro em contato - coloquei o telefone na parede e me sentei no chão abrindo o envelope no meu bolso. 300 dólares em peças de carro, 200 dólares em roupas, 100 dólares em fast food e vai saber deus para o que mais ela usou. meu choro ardeu minha garganta e senti minha visão embaçar. ela não me deixa ser feliz nem a 3 mil quilômetros de distancia, por que minha própria mãe não se importa em me machucar.
- o que aconteceu? - Casey se juntou a mim - respira, tudo bem - senti minha cabeça deitando no seu peito e seus braços ao meu redor.
depois da Casey ter gritado muito e insistido que eu estava passando o Joe aceitou liberar a gente, em casa eu tomei um banho frio e fiquei sentada na mesa da cozinha por horas conversando com o banco e a ideia de denunciar ou não a minha mãe não saia da minha cabeça. desliguei o telefone enquanto encarava a Casey e a Tessa do outro lado da mesa.
- você vai pagar todo esse dinheiro? - Tessa perguntou.
- ela é minha mãe e apesar de tudo como eu poderia deixar ela ir presa?.
- eu entendo, apesar de tudo - Casey disse triste e nos três olhamos para a porta quando ouvimos a campainha tocar.
- esqueci que tinha marcado com o Liam.
- quer que eu me livre dele? - Casey perguntou se levantando.
- não, pede para ele entrar por favor - ela levantou as sobrancelhas me arrancando um pequeno sorriso. quando Liam Rush passou pela porta da minha cozinha com um sorriso eu senti meu coração se reaquecer, e seu sorriso sumiu quando ele me olhou e puxou a cadeira ao meu lado.
- vou estar no meu quarto - Casey avisou e subiu acompanhada da Tessa.
- tudo bem? - ele segurou no meu joelho me olhando nos olhos.
- não muito.
- tem alguma coisa rolando? pode me contar - olhei para o seu rosto e pensei se ele precisava saber disso.
- não é nada - ele me olhou sabendo que eu mentia, e então esticou a mão para mim e entendi que ele queria que eu segurasse, estendi minha mão ate a sua e entrelaçamos nossos dedos.
- confia eu mim, deixa eu te ajudar.
- a minha mãe roubou minha identidade e fez um divida de 1500 dólares no meu nome - disse de uma vez e ele me olhou franzindo a testa.
- você pode denunciar ela - por que essa ideia me fazia mal?
- eu não quero - ele me olhou por um tempo e concordou.
- beleza, mas você tem esse dinheiro? quanto tempo o banco te deu?.
- me deram 4 semanas, mas estou dando um jeito.
- caramba, não acredito que você vai fazer isso.
- eu sei que ela é horrível mas eu não tenho outra mãe.
- tudo bem, você quer ajuda? eu posso te emprestar.....
- não tudo bem, eu consigo - ele concordou.
- você quer sair? ou alguma coisa. - neguei.
- e você quer ficar aqui e assistir um filme no meu quarto? - ele fez uma cara de surpresa e se levantou da cadeira.
- antes que você mude de ideia, sim eu quero - passei a noite assistindo um filme de ação com Liam Rush, estávamos deitados bem perto um do outro e parecia um bom lugar para ficar e esquecer dos meus problemas.
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Meu favorito - amores improváveis #1
RomanceLiam Rush é do time de hóquei da universidade de Yale, capitão dedicado, excelentes notas e um mulherengo. Com um longo histórico de conquistas Rush só quer saber de curtir, mas tudo mudou com um esbarrão inesperado. Heather Nill com seu passado dif...