HEATHER
essa semana que passei em casa foi incrível, fizemos umas 6 noites das garotas só nos 3, choramos com os filmes mais clichês possíveis, tivemos conversas profundas sobre o passado de cada uma e pela primeira vez elas ficaram sabendo da minha historia completa. acompanhei a Casey nos ensaios, li os artigos da Tessa e separei os mais legais que ela pretendia enviar pro jornal do campus.
na quinta-feira Casey e eu saímos para o nosso ultimo dia de trabalho no Joey's antes das férias de fim de ano, fomos andando até a lanchonete e quando entramos tinha umas 10 pessoas tomando café da manhã. Vesti meu uniforme e mesmo com o ar quente eu sentia frio quando alguém chegava e abria a porta, fiquei no salão com a Casey enquanto a Paula ficou no caixa, até o Joey estava de bom humor hoje.
— mesa pra limpar lá atrás — Casey avisou e eu peguei um pano com um borrifador de álcool, levei os pratos da mesa até a cozinha e espirrei álcool por toda a mesa e esfreguei tirando as manchas de dedos. Cheguei em casa e depois de tomar um banho quente eu desci indo até a cozinha vendo a Tessa fazer um chá fedido e estranho pra Casey que estava resfriada.
— como eu vou tomar isso, meu Deus.
— você vai acordar novinha em folha, eu prometo — Tessa empurrou a xícara até ela.
— eu vou fazer waffles, alguém vai querer? — perguntei e elas gritaram que sim. Fiz uma massa pronta e joguei na máquina, fiz 2 pra cada e enchi de melaço com morangos cortados em cima, coloquei os pratos no balcão e comemos enquanto Casey tentava tomar o chá, até que a campainha tocou.
— eu atendo — avisei e pulei do banco ainda mastigando, abri a porta tirando todo aquele ar quentinho e cheiro de waffle e o ar frio entrou, mas tudo voltou a ficar quente quando eu vi o Liam parado na minha varanda — como você tá aqui?, não ia voltar amanhã?.
— bom, parece que ganhamos cedo demais — sorri e me aproximei.
— então vocês estão na final?— ele parecia orgulhoso e me fez sorrir.
— sim — sorriu de volta pra mim.
— parabéns, você sabe que merece — ele segurou no meu moletom e me puxou, antes que ele falasse alguma coisa eu selei nosso lábios, meu corpo se aqueceu quando ele abraçou minha cintura.
— eu senti sua falta — ele sussurrou como se fosse um segredo e eu dei risada — você esta rindo?.
— desculpa, eu também senti a sua — ele levantou as sobrancelhas e eu passei os braços pelo seu ombro — que foi? Eu posso ser carinhosa as vezes.
— me parece bom — ele passou as mãos pelo meu cabelo e ficamos nos encarando.
— você quer entrar?, eu estou comendo waffles.
— por isso esse gosto de mel, eu já estava achando que fiquei louco — sorri e ele passou os lábios pelos meus — eu tenho que ir até a casa dos meus pais, só passei aqui pra dar oi.
— tá bom — deixei que ele beijasse meu pescoço e demos um abraço.
— eu te ligo — concordei e ele virou as costas, desceu 2 degraus e parou se virando pra mim — na verdade você quer vir comigo? — encarei ele e juntei as sobrancelhas.
— até a casa da sua mãe?, por que? — ele riu e deu os ombros.
— por que não, nós vamos jantar e eu queria que você fosse comigo — o que ele tá pensando?, o que os pais dele vão pensar que somos.
— eu não tô vestida direito e nem arrumada — apontei pro meu moletom verde e meu cabelo.
— você tá linda, talvez só precise tirar suas pantufas de monstros s.a — ele riu de mim e eu hesitei, até decidi subir e me trocar. Enquanto tirava minhas pantufas e calçava um tênis eu pensei "qual o seu problema garota você vai conhecer os pai dele???". Ajeitei o cabelo no espelho antes de correr até a cozinha, avisei as meninas onde eu iria recebendo muitas perguntas que eu não respondi já que sai de casa.
— a gente pode ir agora — ele me viu e então fomos até o seu carro. Paramos na porta da casa da sua família, era uma casa cinza de dois andares, olhei toda a elaborada decoração de natal enquanto descia do carro, parei os pés em cima de um carpete vermelho "bem vindo " e esperei o Liam abrir a porta. Ele entrou em casa e eu segui ele, comecei a ficar nervosa quando ouvi as vozes vindo da cozinha.
— ei — ele me chamou e olhei nos seus olhos, e relaxei quando ele sorriu pra mim descontraído e segurou na minha mão — mãe cheguei — a mãe dele estava colocando pratos na mesa, seu pai estava abrindo um garrafa de vinho e seus irmãos mexiam panelas no fogo.
— vejam só, o Liam trouxe uma garota ou fiquei caduco? — o pai dele disse em um tom serio arrancando risadas pela cozinha.
— oi querida, eu me lembro de você — a mãe dele se aproximou animada e me abraçou, antes que eu pudesse reagir ela se afastou — vou colocar mais um prato na mesa.
— esses são meus irmãos, Adam e Max, meu pai James e minha mãe Penélope.
— mas você pode me chamar de Pen — a mãe dele disse enquanto colocava meu lugar na mesa.
— eu sou a Heather — disse enquanto apertava a mão do pai do Liam e ele sorriu.
— sabemos ele falou bastante sobre você — um dos irmãos dele disse e o outro concordou.
— tá pronto — o irmão que se chamava Max gritou levando a panela até a mesa.
— espero que esteja com fome — o pai dele apareceu com uma forma que tinha um cheiro maravilhoso de carne.
— eu estou — Liam puxou minha mão até a mesa.
— steak com purê de batata e vegetais, você vai gostar — Liam disse só pra eu ouvisse e eu concordei observando a mesa. Sentamos um do lado do outro e enquanto começamos uma conversa o Liam serviu o meu prato fazendo a mãe dele acompanhar seus movimentos enquanto sorria. Eu me senti tão a vontade que esqueci como isso é estranho, a família dele me chamou de "namorada" muitas vezes e eu senti que podia até me acostumar com isso.
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Meu favorito - amores improváveis #1
RomanceLiam Rush é do time de hóquei da universidade de Yale, capitão dedicado, excelentes notas e um mulherengo. Com um longo histórico de conquistas Rush só quer saber de curtir, mas tudo mudou com um esbarrão inesperado. Heather Nill com seu passado dif...