Capítulo 01 - Ratos

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Camila Cabello  |  Point of View




Passeando pelo parque com meu filho, Adônis me conta animado sobre a escola e os amigos do basquete. Sentei no
gramado, ele sentou ao meu lado e assoviou para seu cachorro.

— Não sobe na mamãe, Astronauta.

— Tudo bem. – Falei tirando o cachorro do meu colo e limpando os pelos da minha calça.

— Tem alguma missão, mamãe.

— Provavelmente, o FBI nos contatou e temos uma reunião com vários dos magnatas. Acho que é coisa grande.

— Está com medo?

— Só curiosa por agora. Quero ver do que se trata.

— Pode ser outra medalha de honra.

— Creio que não. Parece algo bem sério e grande.

— Vai dar tudo certo. – Ele me abraçou.

— Vai sim. – Beije o topo de sua cabeça. — Vou te deixar na sua casa, sua mãe já me ligou oito vezes.

— Ela pensa mesmo que um dia você vai me levar para o trabalho. – Gargalhei.

— Nicole sempre foi exagerada, mas é uma ótima mãe. Não é uma preocupação totalmente infundada.

— Vai me levar? – Disse com o sorriso enorme no rosto.

— Só no prédio, mas não hoje. Precisamos ir ou me atrasarei.

— Tudo bem, mamãe. – Ele levantou e segurou minha mão. — Vem, astronauta!

Entramos no carro e lá ouvi o famoso sermão de Nicole pelo atraso... Apenas beijei o rosto dela e do nosso filho, saindo dali.

×××

Entrei no gabinete do Governador e a mesa estava rodeada por representantes. Sentei ao lado do meu chefe, ele sorriu para mim. Começaram a chegar mais pessoas.

— Boa tarde a todos. Como sabem, sou o Oficial Tanner. Precisamos da ajuda de vocês para confirmar uma pista que nossa inteligência captou. Trata-se de uma casa em péssimo estado, ela parece abandonada, mas nossos agentes avistaram uma movimentação estranha e o nome do Sargento Andrew foi citado uma vez, depois o apelido escorpião foi muito citado e achamos que se trata dele. O filho dele, Julian Morris foi citado também, depois a pessoa que citou nomes foi duramente repreendida. O General aqui presente vai falar um pouco. – O General Baltimore, ficou na frente da mesa e fotos de uma casa enorme e caindo aos pedaços aparecia na tela.

— Estou envergonhado, treinei meu batalhão para ser salvação e isso acontece... É triste e revoltante.

— Como podemos ajudar? – Falei erguendo meu corpo.

— Não sabemos como eles são, nem como são as instalações por dentro e muito menos como é o armamento deles.

— Entramos como clientes. Não levaremos armas, só para ver como funciona.

— É muito arriscado! – Ele exclamou como se fosse uma idiotice.

— Precisamos entrar, não podemos deixar as crianças à mercê. Arrumem um mandato para que façamos a invasão. – Sentia o tom de irritação fazer minha voz ficar mais alta e vibrante. Estava imaginando crianças passando por esse tipo de situação e aquilo me irritava profundamente.

— Calma, Cabello. – Meu chefe disse segurando meu braço. — Qualquer ação sem planejamento pode acarretar na morte de todos lá dentro. Seu plano é ótimo, vamos disfarçados e conseguimos informações.

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