Capítulo 59 - Orgulho

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Camila Cabello  |  Point Of View




Fui até o escritório do meu pai, ele depositou bem mais na minha conta do que eu havia pedido a ele. Na verdade ele ficou muito feliz quando eu pedi dinheiro emprestado, levando em conta que em toda minha vida eu nunca pedi nada, ele achou isso um máximo.

— Minha filha, quase não acreditei quando te anunciaram.

— Vim agradecer pelo dinheiro. Foi bem mais do que pedi.

— Bom... Esse é dinheiro é todo seu, pois eu juntei para você fazer faculdade, mas você não precisou... – Ele revirou os olhos. — Essa mania chata de fazer tudo sozinha.

— Sabe como eu sou.

— Mas se um dos meus netos tenta fazer algo do tipo você vira um bicho de irritada. – Bufei.

— É diferente. Eles são muitos novos.

— E totalmente dependentes de você, mas você vai ter uma menininha ainda e ela vai ser tão cabeça dura quanto você.

— Me jogando pragas, Sr. Cabello?

— Lei do retorno, minha querida. Eu era como você e paguei cada birra minha.

— Eu nem sei se teremos mais filhos... Eu nem sei de nada ainda.

— Vocês vão sim. – Ele levantou e caminhou até minha frente e sentou na mesa. — Eu nunca falei nada sobre seus relacionamentos.

— Claro. Mama fala por você e por toda família.

— Sua mãe é sincera, você sabe disso e isso é ótimo, ela não manda recado e diz tudo que pensa.

— Eu sei.

— Bom... Eu nunca falei nada e confesso que estava apavorado quando você começou a rondar muito a casa dos Jauregui’s. Nem você tinha notado, mas sua mãe e eu já entendemos na hora. Você estava interessada pela Lauren, o jeito que você falava dela, como ficava frustrada por ela não confiar em você. Tudo estava tão na cara. E sabe de uma coisa... Eu estou mais orgulhoso de você hoje, eu sempre tive orgulho, mas tem noção do quanto é nobre tudo que você fez? Tem noção de que talvez ninguém no mundo lutaria por um amor do jeito que você lutou, renegando você mesmo para ficar com ela. Eu sempre tive orgulho de você, mas desta vez eu tive orgulho até de mim por ter te criado tão bem assim. E você fez tudo de uma maneira tão despretensiosa. – Limpei meu rosto porque eu estava chorando muito, meu pai não é de falar, talvez porque minha mãe fale tanto que ele não tenha tempo para isso, mas ouvir isso dele agora é tão gratificante. — De uma maneira tão inocente desde o começo, a prova disso é o Pat, crianças sentem quando a pessoa é ruim e ele sempre gostou de você desde o início. Ele confiou em você desde o primeiro instante e isso diz tudo. Queria te dizer isso faz um tempo, mas nunca ficamos sozinhos para que eu o fizesse. Eu te amo, filha. Se eu morrer amanhã vou feliz por ter meu dever cumprido. – Levantei e o abracei forte.

— Você me prometeu durar duzentos anos. – Ele gargalhou.

— Você ainda se lembra disso?

— Não esqueço promessas.

— Vou tentar, isso foi só uma figura de linguagem. Vou te incomodar muito ainda e preciso de um herdeiro. Adônis ou Pat vão ter que se formar para me suceder ainda. Tens muito tempo para me aturar ainda.

— Melhor assim. Adônis vai ficar no seu lugar, ele é muito mais centrado e focado que Pat. Pat vai ser meu pequeno sucessor.

— Lauren vai pirar.

— Ela já pira, já sentiu o drama, ele fala o tempo todo que vai ser da SWAT.

Meu pai negou e seguimos conversando, contei que logo a casa estaria pronta e nos mudaríamos assim que acontecesse.

×××

Quando caiu a noite, fui visitar Lauren, provavelmente Adônis já está lá e vou jantar com eles. Cheguei e subi as escadas, os dois faziam o dever no quarto do Pat.

— Hey, meus moleques. – Eles sorriram e vieram me abraçar. — Como foi o dia?

— Estamos cheios de deveres para as férias e vamos fazer todos hoje, assim ficamos livres para nos divertir. – Pat falou e eu assenti.

— Quem teve essa ideia?

— Mama Lo. – Adônis disse e eu assenti novamente.

— Então terminem que vamos comer uma pizza hoje para comemorar as férias de vocês. – Eles bateram um high five, voltando para a cama e seguindo as tarefas.

Fui até o quarto de Lauren e ela secava os cabelos olhando pela janela do quarto, bati na porta e ela sorriu.

— Oi, amor.

— Como foi na prova?

— Acho que fui bem. Estudei o conteúdo certo. – Abracei ela, ela tinha acabado de tomar banho e aquele cheirinho de
framboesa já me deixou em alerta. Eu amo esse cheirinho.

— Que bom. Fez os meninos estudarem?

— Eles estavam me deixando louca por conta da mudança, eu não sabia mais o que fazer. – Sorri contra seu pescoço.

— Eu sabia que era ideia sua antes de perguntar. – Falei e me joguei na cama dela, ligando a TV no canal de clipes.

— Alguém tem que discipliná-los.

— Verdade e com certeza esse alguém não serei eu. – Ela gargalhou e depois que terminou sentou ao meu lado. — Falei que sairíamos para jantar depois do dever deles.

— Pizza? – Ela perguntou com uma sobrancelha arqueada.

— Eles estão fazendo dever. – Ela sorriu e beijou meu rosto várias vezes. Segurei sua nuca e selei nossos lábios, aprofundando o beijo e ela correspondeu, ela não me deixava tocar nela direito, mas me alisava, meu senhor... Como ela me alisava.

Como não precisava de muito, minha calça já estava com um volume enorme depois de uns minutos de beijos, sentia uma ardência gostosa onde ela havia passado suas unhas, na minha barriga e minha nuca para ser mais especifica. Abri o botão da minha calça, assim... Não que eu quisesse insinuar algo, mas se ela quisesse mais contato o acesso estava livre... E ela entendeu o recado, pois a mão dela foi descendo.

— Papa! Já terminamos. – Os meninos entraram no quarto e eu coloquei o travesseiro no meu colo. Jogando a cabeça para trás.

— Nós já vamos, meninos. Esperam no carro da Papa. – Lauren disse e beijou minha testa. — Vamos?

— Preciso de um tempo para o sangue voltar os lugares certos. – Ela gargalhou, nem fiquei irritada com os meninos atrapalhando, pois pelo menos ela está se soltando.

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