Capítulo 89 - Nome

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Camila Cabello  |  Point Of View





Adônis estava jogado no sofá, levaria ele a noite para casa de Nic. Pat estava sentado na mesa de centro, se Lauren vê isso tem um colapso.

Sentei ao lado Adônis e ele ficou me encarando.

— Olá.

— Oi. – Respondi e ele pegou minha mão. — E as namoradas, pequeno? – Eu precisava falar disso com ele, tinha prometido a Nic que o faria, se ele contasse que nem toquei no assunto ela ficaria puta comigo.

— Mãe!

— Sério, pequeno.

— Eu não gosto de ninguém. Eu nem penso nisso.

— Porque estava assistindo pornô na casa de Nic?

Eu só fiquei curioso, meus amigos comentaram sobre pornô ai eu fiquei com uma cara de pateta sem saber o que era, mas fiquei concordando pra não ser zoado, mas eu nem vi graça naquilo. – Arqueei minha sobrancelha.

— Sério? Não gosta de ninguém mesmo?

— Não. – Ele disse e eu fiquei encarando ele. – É errado?

— Não, só achei que já pensava nisso, pois na sua idade eu já havia me apaixonado.

— Já? Por uma garota? – Arqueei uma sobrancelha com a pergunta de Adônis e assenti.

— Sim, ela era minha vizinha e eu me apaixonei por ela.

— Vocês namoraram?

— Longe disso, ela não dava a mínima para mim. Ariana era popular, ela tinha amigas mais velhas e andava com uma turma de descolados. Quem era eu? – Falei dando os ombros.

— Quem perdeu foi ela. – Lauren surgiu e sentou-se na poltrona. — Senta aqui com a mama, Pat. Mesinha não é banco. – Ele revirou os olhos, mas obedeceu a mãe.

— Mas é uma idade muito confusa, pois não ser correspondida era o fim do mundo, mas ao mesmo tempo não tinha muito motivo pra drama.

— Eu nem me lembro da minha primeira paixão.

— Você está noiva dela. – Ela revirou os olhos e mandei um beijo para ela. — O ponto que quero chegar é que mama e eu somos amigas de vocês, se sentirem qualquer coisa podem nos contar, não importa o quanto achem errado, nós vamos entender, pois já passamos por isso.

— Tudo bem, mãe. – Ele me abraçou e ficamos conversando sobre primeiras paixões, Lauren ria muito quando eu
contava das minha experiências frustradas, pois quando era mais nova eu não tinha muito jeito com as mulheres.

×××

Parei o carro na frente da casa de Nic e Adônis correu para abraçar a mãe. Peguei as mochilas dele e caminhei até ela. Ela me abraçou apertado e beijou minha testa.

— Que saudade de você.

— É uma menina. – Ela sorriu.

— Eu sei. Parabéns!

— Obrigada, Nic. – Toquei a barriga dela. — Logo vai ter uma amiguinha para minha menininha aqui. – Ela colocou a mão sobre a minha.

— Já estou desistindo.

— A mulher que casou comigo uma vez não é de desistir fácil.

— Já estou velha.

— Você está dando banho em muita novinha por aí, tem uma saúde de ferro e sempre se preocupou com a alimentação. Logo vai conseguir, não fique neurótica com isso.

— Você é um anjo, Camila.

— Só amo você e quero te ver bem e super feliz. Agora preciso deixar essas mochilas aqui e voltar para consolar minha noiva que fica triste quando os meninos não dormem em casa.

— Eu fico tão satisfeita quando penso que Adônis não sofre nenhum tipo de rejeição por não ser filho dela, sempre pedi a Deus para não colocar uma pessoa ruim perto de você e ele me atendeu. Só que eu preciso do meu bichinho perto um pouco, morro de saudade dele.

— Ela entende... Nós entendemos.

Coloquei as coisas dele no quarto e bebi um café antes de voltar para casa.

×××

Lauren estava deitada com Pat com a cabeça repousada sobre sua barriga.

— O que a Papa ouve? Eu não escuto nada.

— Ela sente, filho.

— O que vai mudar? – Ele disse sentando na cama e ela arrumou o cabelo dele.

— Nada, só vamos ter mais uma pessoa para proteger em casa.

— Como ela vai se chamar?

— Wellen. – Eles viraram rápido. — Olá.

— Wellen... Gostei. De onde tirou?

— Coloquei nome relativo a brilho no Google e esse surgiu. Eu gostei, é diferente e me soa forte também. O que acha?

— Achei lindo. Nossa princesa já tem nome, filho.

— Wellen... Vou ligar para o Adônis e contar.

— Ele saiu correndo e me deitei ao lado de Lauren. Fiquei acariciando o rosto dela e beijei a ponta de seu nariz.

— Você é linda.

— Você é muito doce. – Ela me abraçou. — Um doce muito pensativo.

— Não estou pensando em nada.

— Não pode mentir se essa testa franzida entrega tudo. – Ela disse se afastando e tocando minha testa.

— Será que o Adônis é gay?

— Meu Deus, Camz. De onde tirou isso?

— Eu disse que tinha me apaixonado e ele perguntou se era por uma mulher.

— Amor... Eu não sei se percebeu, mas você é metade mulher, eu também iria perguntar isso. – Sorri.

— Verdade. Não tinha pensado por esse lado.

— E caso ele seja... Teria problema?

— Não. Só queria que ele se abrisse.

— Eles são novinhos, só pensam no vídeo game e Adônis falou a verdade, curiosidade, mas ele nem deve se ligar nessas coisas. E caso ele seja gay, você vai ser a primeira a saber, pois é a melhor amiga dele.

— Não sei, sinto ele distante.

— Não crie muitas paranóias, Camila. Você precisa cuidar melhor de você mesma, vai explodir se começar a pensar besteiras. Eu sempre admirei isso em você, sua sanidade é impecável e você já viu tanta coisa, já matou pessoas e nada abalou você, agora está se afetando por conclusões? Não se cobre tanto, Camila. É você quem leva essa família nas costas e sabe que as coisas não precisam ser assim.

— Já disse para não treinar psicologia comigo. – Ela gargalhou e me abraçou. Ficamos em total silencio trocando
carinhos. Logo ouvimos a porta, nem a trancamos, pois Lauren não foi liberada para fazermos amor e Pat ficou parado na mesmo.

— O que houve, pequeno?

— Posso dormir com vocês? – Lauren o chamou com a mão e ele pulou entre nós.

— Meu bebê. – Ela disse o enchendo de beijos e ele sorria.

— Para, mama. Eu não sou mais bebê.

— Ontem você disse que era. – Ele ficou a encarando pensativo e depois sorriu.

— Não conte para meus amigos.

Ela sorriu e voltou a abraçá-lo. Desliguei a luz e nos cobri.

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