Capítulo 21 - SWAT

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Camila Cabello  |  Point of View





Estava na escola dos meninos, eu me apresentaria em duas turmas e tinha preparado um vídeo de algumas invasões que fizemos onde não ocorreram mortes.

— Agora é a vez da mãe do Patrick, pessoal. Vamos dar bom dia a ela.

— BOM DIA!

— ... PAPA! – Pat continuou e eu tive que jogar um beijo para ele, pois eu acho que a pessoinha mais adorável desse mundo.

— Olá pessoal! Eu sou Camila Cabello, faço parte do time SWAT e vou falar para vocês hoje um pouco sobre meu trabalho. – Me posicionei ao lado do telão. — Quando as coisas ficam bem feias, nós somos chamados para resolve-las da melhor forma possível e sem cometer nenhuma falha, pois um passo em falso pode acarretar em uma vida inocente perdida. Por isso nossa responsabilidade é bem grande e nosso treinamento o mais pesado nesse campo.

— Você já matou alguém? – Um garoto perguntou e a professora foi intervir, mas eu fiz sinal para ela parar.

— Nós já salvamos milhares de vidas. Todos os dias temos o orgulho de ajudar as pessoas e trazer paz para algumas famílias. – Apontei a canela para meu laptop. — Vou mostrar um vídeo para vocês, é do meu capacete de algumas invasões que fizemos.

Os meninos estavam encantados para a tela, as meninas não muito, mas os pais... Estavam me encarando. Eu acho que alguns até estavam me cobiçando, mas eu não os julgo, eu fico muito foda nessa farda. O vídeo terminou e eles levantaram para me aplaudir. Sentei ao lado de Pat e fiquei abraçada com ele até dar o sinal e irmos para a turma de Adônis, onde fui a primeira a falar.

×××

Entrei no prédio e estranhei estar vazio. Caminhei sala por sala e nada, cheguei na sala do meu chefe, as luzes estavam desligadas e eu as liguei.

— SURPRESA!

— Hoje nossa melhor agente comemora quatro anos de SWAT. – Eu sorri para eles.

— Time... Não precisava.

— Claro que precisa. – Meu chefe veio me abraçar e meus colegas fizeram o mesmo.

— Temos um presentinho, Cabello. – Cory sorriu batendo na caixa enorme no centro da sala.

— O que vocês estão aprontando?

— Abra o presente. – Dinah disse me empurrando e eu tirei o laço, e uma música começou a tocar e uma moça surgiu quando as paredes da caixa caíram.

— Isso é sacanagem. – Falei e senti meu braços serem segurados e uma gritaria eufórica dos meus colegas começou. Fui colocada em uma cadeira e a moça ficou na minha frente. Ela sorria enquanto ia deixando as peças de roupa no chão,
conforme a música. Ela era bem bonita, ela sentou no meu colo e eu quase fico surda de tanto que gritaram.

— Primeira cliente gata dessa semana. – Ela sussurrou no meu ouvido e eu segurei a cintura dela.

— Você diz isso para todos. – Ela sorriu jogando a cabeça para trás.

— Pode ter certeza que não. Eu só adoro latinos... Sabe? Eles costumam ser quentes. – Ela rebolou no meu colo no ritmo da música e minha cabeça foi puxada para tras. Eles colocaram duas mangueira na minha boca.

— Ah não. Isso não. – Eu nem terminei de falar e senti minha garganta queimando com o líquido descendo por ela. Quase me afoguei, mas eles não parariam até eu perder a consciência de bêbada.



Lauren Jauregui  |  Point of View



Estava assistindo TV com minha mãe e as meninas, era um programa sobre culinária, só minha mãe estava realmente atenta a ele.

— Lauren, verdade que você saiu com a Camila ontem?

— Sim. Fomos tomar café em um lugar muito bonito. – Peguei meu celular e abri em uma conversa. — Doninho me mandou os vídeos que ele fez.

— Nossa... É incrível.

— Vocês não tem noção, quando o sol está nascendo então, fica perfeito.

— Quando vai dar uma chance a Camila? – Minha mãe se virou na mesma hora para nós.

— Essa eu quero saber também. – Fiquei encarando elas, depois minhas mãos começaram a tremer.

— Ela nunca me disse nada sobre chances.

— Ela vive para você, Lauren. Olha o quanto você já evoluiu com ajuda dela, eu acho que ela merece uma chance.

— Não é esse o problema. Eu até imagino nós duas juntas, mas eu começo a lembrar de que terei que fazer coisas que não estou pronta. – Suspirei tentando me acalmar. — Ontem eu tentei tocar nela e não consegui.

— Mas ela é tão paciente, filha. Ela não vai te forçar a nada, tenha certeza disso. Ela conhece seus limites e se até agora não desistiu, é porque ela quer muito isso.

— Tenho medo que ela se afaste, mas tenho medo que nos aproximemos demais. – Elas ficaram em silêncio e não comentaram mais sobre.

— Está chamando. – Keana me entregou o celular e era Camila.

— Oi, Camila.

— Oi, Lo. – Ficamos em silêncio. — Porque me ligou?

— Você que me ligou, Camila.

— Achei que eu tinha ligado. – Sorri e arqueei uma sobrancelha.

— Você está bêbada?

— Eu estou fazendo quatro anos de SWAT hoje.

— Meus parabéns, Camila.

— Lo... Eles fizeram uma festa pra mim. Tinha uma “strippler”. – Soltei mais uma risada.

— Tinha uma stripper, Camila. – Ela ficou em silêncio.

— Você estava na festa também?

— Não! Você falou errado... Quer saber? Esquece. Gostou da festa?

— Não. Não gosto de beber e nem de outras mulheres.

— Mas é só um dia para confraternizar. – As três me encaravam atentas.

— Eu queria ver você.

— Dorme um pouco e depois vem aqui.

— Não. Eu queria ver você e te beijar. – Arregalei meus olhos e fiquei com a respiração pesada. — Eu estou apaixonada por você, Lo. – Ela tinha um tom arrastado, mais arrastado que o normal.

— Camila...

— Não precisa dizer nada... Eu estou bem tonta... Eu sei que não teremos uma relação, mas eu sou muito apaixonada por você. Até amanhã.

Ela desligou e eu fiquei com o coração acelerado.

— Vai tomar seu remédio, filha. Está tremendo muito.

— Eu pego.

Ally disse e logo me trouxe ele. Fiquei pensando em tudo que tinha escutado.

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