Camila Cabello | Point of View
Na van estávamos escolhendo as armas, estávamos em silêncio total desde a última conversa, confesso que ouvir que ajudei uma pessoa como Duhamel me deixou muito abalada.
— Fiquem atentos o tempo todo. Não dêem as costas e se pudermos caminhar escorados na parede, nós vamos.
— Você está com medo?
— Vocês lembram o que aconteceu quando entramos em um terreno não avaliado? Eu prefiro tudo planejado, até as surpresas devem ser possibilidades em minha cabeça.
— A polícia local deve ter se preparado, vigiado... – Olhei para Dinah com minha maior expressão de irritação. — Ok... Não está mais aqui quem falou. Está muito tensa, Camila.
— Se eu estava tensa com as meninas... Imagina com um monte de crianças, DJ? Um deslize e matamos um anjo. Isso é tão assustador.
— Vamos nos sair bem, eles são confiantes, confiança deixa bandidos burros e vulneráveis.
— Não sei. Nós não prendemos o coração do negócio desse tal de escorpião, ele deve estar muito bem preparado para nós. E caso ele seja mesmo o sargento, não vai ser uma espera para o café.
— Vamos conseguir. Nós somos os melhores, só se nós não conseguirmos vou me preocupar com esse bando.
— Alguma recomendação?
— O filho da Lauren tem um “D” tatuado perto da orelha. Eu quero levar ele para Lauren, pois ela não acreditou em mim.
— Olha o que a mina passou. Acha que ela vai confiar em alguém? Você pode levar o filho pra ela e muito pouco mudará.
— Eu sei, mas eu prometi e não gosto de quebrar promessas.
Puxei o gatilho e cruzei o a metralhadora no peito. Coloquei duas pistolas no suporte da calça.
— Pegaram granadas de luz?
— As crianças vão ficar atordoadas.
— Vamos levar mesmo assim, não sabemos quantas pessoas tem no local, precisamos de uma vantagem.
Dinah assentiu e começou a pegar as granadas na bolsa e distribuir entre nós. Peguei outras de fumaça e estávamos
preparados. Nos aproximamos do carro onde McConaughey estava conversando com alguém que deduzi ser o delegado da cidade.— Ótimo... – Ele me encarou e colocou a mão sobre meu ombro. — Essa é a agente Cabello. Ela vai nos ajudar nessa tarefa, está nos ajudando muito no caso.
— Eles avaliaram as proximidades do local para nos informarmos sobre a situação dele? – O homem perdeu a postura e McConaughey ficou o encarando.
— Não... foi muito rápido.
— Quatro horas de viagem, mais duas no hotel... Parece muito tempo pra mim.
Disse e ele começou a dar desculpas, mas o deixei falando sozinho e comecei a arquitetar com Tatum e Dinah um plano rápido.
— Cabello... – McConaughey falou me puxando para o lado. — O nosso centro de inteligência capitou o rosto desse homem. – Ele me entregou uma foto. — Parece que ele sai toda hora daí, as crianças...
— Você investigou... Porque me deixou falar com ele daquela forma?
— Achei que ele merecia ouvir. – Ele deu os ombros. — As crianças saem acompanhadas por alguma mulher, tem adolescentes também...
— Isso vai ser muito perigoso.
— A equipe dele é boa, os agentes do FBI deram instruções para eles, mas eles são bons. Vocês terão apoio.
Assenti e nos juntamos a grande massa que estava combinando a invasão.
×××
Os carros cercaram o galpão, eram muitos, o FBI em peso estava ali, nos fundos subimos as escadas e fomos parar no teto, com mais alguns nos acompanhando. Nós entraríamos primeiro. Galpão antigo costumando ter algumas partes de vidro transparente para facilitar a iluminação, fui nessa teoria e eu estava certa.
Dois grandões na porta, o homem da foto estava sentado na mesa do que parecia um escritório, estava gesticulando muito e fumava um charuto. Várias crianças estavam deitadas em colchões espalhados no chão, fizemos a volta e os adolescentes estavam no outro pavilhão, algumas mulheres e duas estavam cozinhando.
— Oito? – Dinah sussurrou.
— Dez. – Disse Tatum e eu assenti, mas quando viramos ao norte, na parte que dividia a sala da cozinha, haviam
muitos homens.— Vamos descer e entrar com a massa toda. Sozinhos é suicídio.
Rapidamente descemos e logo estávamos no grande portão. Dois policiais se aproximaram e três pancadas com o
aríete tactical o portão estava aberto. Puxei o pino da granada de fumaça e joguei no centro do galpão. Como combinado, enquanto atirávamos nos armados, alguns pegavam as crianças e iam as tirando do galpão com nossa cobertura.Senti um impacto e me escorei na parede, um tiro acertou meu abdômen, que dor do caralho! Mesmo com esse colete essa merda dói muito.
— Você está bem? – Dinah perguntou depois de matar quem me atingiu.
— Sim. – Arrumei o colete. — Só o impacto.
Ela sorriu e se afastou, desta vez vimos alguns nos nossos no chão, continuei a atirar, peguei minha pistola e entrei na
cozinha, chutaram minha mão e minha arma voou, depois me acertaram o rosto, quando ele foi me socar novamente, segurei sua mão, a girando e o passando sobre minha costas, o derrubando no chão.— Você é bandidinho. – Me sentei em suas costas. — Você vai viver pra sofrer na cadeia, bonitinho. – Amarrei as mãos dele e depois puxei seus pés para ficarem amarrados com as mãos. Peguei minha arma e as mulheres e crianças estavam
sentados no chão, assustados e eu fiquei revisando as portas. — Podem me seguir, ok?Rapidamente eles levantaram e caminharam comigo. Olhei na porta e os tiros haviam parado. Saímos com tranquilidade do galpão.
— Tatum! – Ele correu até mim. — Tem um amarrado na cozinha. – Ele rapidamente de deslocou até lá. Tirei o capacete e abri meu colete... colocando a mão sobre onde a bala tinha pego. As ambulâncias já estavam ali, começaram a atender a todos. Uma moça se aproximou, puxou meu braço e ficamos atrás da van. — Tudo bem?
— Aquelas ali. – Ela fez um gesto com a cabeça para um mulher e uma garota que estavam sendo avaliadas pelo enfermeiro. — São chefes. Elas nos avaliam para ser ou não transportadoras. – Fiquei encarando o atendimento.
— Ótimo, garota. Obrigada.
— Acho que eu quem tenho que agradecer.
Sorri pra ela e logo repassei a informação ao McConaughey que deu voz de prisão a mulher que se fez de vítima e disse não entender do que se tratava.
Procurei por todos os meninos, mas nenhum tinha marca de “D” perto da orelha, aquilo me irritou profundamente e eu comecei a socar a porta da van.
— Hey! – Tatum me puxou. — Não surta. Calma!
— Que inferno. Pensei que o garoto estaria aqui.
— Vamos achar ele. Fique calma, ele deve estar transportando.
— E se ele estiver morto?
— Vamos pensar positivo, ok? Sei que quer ajudar essa moça e vamos ajudar ela. E não daremos essa notícia a ela depois de tudo que ela passou, ok?
— Ok.
Ele massageou meu ombro e depois peguei um spray para passar no meu abdômen que latejava de dor.
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REM
FanfictionA melhor agente da SWAT entrou como reforço em uma missão muito arriscada, agora, depois de toda a barbárie presenciada, ela não conseguirá se desligar desse caso tão cedo... * Camila G!P * Aviso Legal: Os personagens encontrados nesta história são...