Camila Cabello | Point Of View
Demi e eu corríamos pelo andar inteiro.
— Sai! Sai! – Ouvi os gritos dela. Abri a porta e a sala estava cheia.
— Corram para fora do prédio. Vamos! Vamos! – A correria começou. Demi parou ao meu lado.
— Minha equipe foi para o outro andar. Este está vazio. – Um aluno caminhou contra a multidão e passou por nós. — Hey! Sai do prédio. – Ele ignorou. — Hey! Não é seguro... – Ele virou.
— Kevin! – O garoto começou a correr e o perseguimos. Demi gritava a plenos pulmões. Chegamos em um setor que não havia sido revistado.
Entramos na sala e ele tirou um alicate de bateria da mochila. O auditório estava cheio.
— Corram! Vamos! – Demi gritou e alguns conseguiram sair.
— Se eu fechar isso todos explodem. – Paramos todos. Demi e eu estávamos com armas em punho.
— Calma, Kevin. Só queremos ajudar.
— Quero que saíam daqui. Agora!
— Kevin.
— SAIM! – A mão tremeu e todos gritaram. — Agora. Eu vou explodir tudo. Saiam.
Saímos da sala e revistamos as outras salas. Tudo vazio. Normani esperava do lado de fora.
— Desculpe, Camila.
— Cale a boca, Normani. Só quero saber quando o negociador vai chegar.
— Quinze a vinte minutos. – Bufei.
— Não temos essa droga de tempo.
— Não podemos fazer nada.
— Temos um novo negociador. – Falei tirando o capacete.
— Camila...
— Eu vou. Alguém tem a ficha dos alunos no teatro. São quantos?
— Doze. – A reitora me entregou as fichas. Analisei e caminhei até o prédio.
— Fora os que saíram?
— Eles me ajudaram.
— Camila... A roupa. – Demi falou e eu neguei. — É muito arriscado.
— São crianças, Demi. Doze crianças que não podem usar roupas especiais, pois não tiveram escolha.
— Tome cuidado. – Assenti e entrei... Caminhei até a sala. Entrei com a arma em punho. Ele estava confuso, nervoso e chorava.
— Eu disse que ninguém podia ficar aqui.
— O que você quer, Kevin? Eu posso ajudar você.
— Não! Vou fazer minha causa ser notada.
— Não precisa disso, Kevin. – Ele pegou o telefone e começou a conversar com o real mandante. O professor. — Você vai morrer e ele vai ficar ótimo. Pergunto o porquê dele não está aqui?
— Cale a boca! Eu não... Eu vou fazer, professor. Eu não estou com medo.
— Ele devia estar aqui, Kevin. Você pode ajudar sua causa de outra maneira. Quem é Maria? – Uma moça ergueu a mão. — Libere a Maria, Kevin. Ela é diabética e precisa da medicação. – Ele estava atordoado.
— Pare!
— Ela precisa se medicar, Kevin. Eu fico no lugar dela. – Ela me encarou.
— Pode ir. – A menina correu e eu caminhei. — Fique parada.
— Estou cumprindo o trato. – Fiquei onde ela estava deitada. — Você vai matar pessoas inocentes e morrer por algo totalmente em vão. Não é assim que as coisas vão se resolver, Kevin.
— Cale a boca. Estamos cansados desses mimadinhos de merda terem toda a regalia.
— Eu entendo, mas aqui não há nenhum mimado. – Ele tremia e eu estava com medo que perdesse a mão que estouraria o andar. — Michael? Quem é Michael? – O moço ergueu o braço. — Seus pais pagam essa faculdade?
— Não. Eles queriam, mas não temos condições.
— Você está cometendo um erro. – Peguei um livro e comecei a me aproximar. — Não é errado lutar por princípios. Todos devem fazer isso, seja um exemplo, não faça essa barbárie. Ele não faria, tanto que está se escondendo atrás de crianças.
*“Pegamos o professor.”* Chan disse no meu ponto.
— Prenda isso aqui.
— Eu só quero significar algo.
— Todos queremos, Kevin.
— Nós construímos algo e eu...
— Adam não está mais aqui para ver nada. Signifique algo vivo. Me entregue o grampo. – fui me aproximando e ele soltou o grampo contra o caderno. — Saíam! – Eu disse tirando a mochila dele.
— Sinto muito. Sinto muito. Sinto muito. Sinto muito. – Ele dizia enquanto eu algemava ele.
— Esquadrão anti-bombas. – Falei no rádio e saímos do prédio. Em silêncio total. O FBI o pegou e Normani ficou me encarando por um tempo, depois tocou no meu braço e saiu dali. Olhei ao redor e depois entrei no primeiro táxi que vi, comecei a chorar descontroladamente, mas era de felicidade por tudo ter acabado bem.
Organizei uns papéis e quando estava saindo, Demi e Chan estavam lutando no ringue.
— Vem, Mila. Vamos treinar.
— Não! Estou acabada.
— Qual é? Você já teve mais ânimo.
— Preciso ficar um pouco com minha família. Estamos nesse caso desde manhã... E acho que vocês deveriam ir também. Descansar muito, amanhã tem mais.
— Depois que eu derrubar o neandertal. – Gargalhei e Demi partiu pra cima de Chan, sorri e neguei com a cabeça. Parecem duas crianças, quem vê eles assim, não acredita no poder de guerra dos dois.
Finalmente peguei meu carro e fui para casa. Precisava de um longo banho e ficar grudada com meus pequenos.
Fui até o banheiro, escutei barulho de água e olhei para janela. Os meninos estavam na piscina e Lauren estudando na cadeira ao lado da mesma. Sorri e entrei no chuveiro, tirei um pouco do estresse e depois de um tempo razoável, coloquei uma roupa leve e fui para o lado deles.
— Oi, Mãe! – Adônis gritou e todos me olharam.
— Olá, meus amores. – Beijei a testa de Lauren e depois sua barriga. Me ajoelhei para beijar os meninos e depois me
sentei ao lado de Lauren.— Como foi o dia? – Ela disse sentando atrás de mim. Começou a massagear meus ombros.
— Pesado. Cansativo demais.
— Amanhã podemos ir ao SPA. Deixamos os meninos na escola e ficamos a manhã toda relaxando.
— Não tem aulas?
— Não. Meu professor foi preso hoje.
— Igor Lasky?
— Seu pessoal o prendeu?
— Sim.
— Porque?
— Ele estava incentivando jovens a ir contra ricos privilegiados... Os meninos estavam fazendo bombas.
— Meu Deus! Eles estão bem?
— Um morreu e o outro foi preso.
— Morreu como?
— Um artefato explodiu quando ele estava construindo.
— Nunca gostei daquele homem. Ele era muito estranho.
— Não vai mais precisar ver ele. – Selei nossos lábios. — Gostei da ideia. Vamos fazer nada em um SPA. Eu mereço.
Ela me abraçou e ficamos observando os meninos brincarem.
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REM
FanfictionA melhor agente da SWAT entrou como reforço em uma missão muito arriscada, agora, depois de toda a barbárie presenciada, ela não conseguirá se desligar desse caso tão cedo... * Camila G!P * Aviso Legal: Os personagens encontrados nesta história são...