Capítulo 45 - Incrível

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Lauren Jauregui  |  Point of View





A casa só estava iluminada por velas, me condenei por não ter as notado quando cheguei. Subi as escadas, estava com pena de pisar nas pétalas, estava tudo perfeito. Camila não existe.

Caminhei até o quarto de hóspedes, pois foi aqui que toquei ela com meus dedos pela primeira vez. Ela estava sentada na mesma posição daquela noite, sorria para mim. Tinha algo na mão e me sentei em frente a ela.

— Você me assustou.

— Eu estava entrando em erupção de nervosa. – Sorri para ela. — Achei que você não notaria.

— Você é muito passional para não transparecer nada. E eu fiquei com medo de você estar desistindo. – Ela parou de sorrir.

— Isso nunca passou pela minha cabeça. Eu queria te pedir em casamento logo, comprar uma casa afastada da cidade e viver com nossos moleques lá, mas não posso apressar as coisas.

— Apressar? Camz, você nem me abraça sem que eu te permita. Nunca vi ninguém tão paciente. Você nunca atravessou nenhum limite, você me entende e me conhece como ninguém. Não sabe o quando estou gostando da nossa relação, você me faz bem, Camz. Eu amo você e é lógico que eu quero namorar você. Não posso deixar um partidão desses dando sopa por aí. Deve ter um monte de mulher ouriçada atrás de você. – Camila me encarou confusa por um tempo e depois sorriu.

— Você aceitou?

— Óbvio, Camz. – Ela abriu a caixinha e tirou as alianças, colocou uma no meu dedo e me entregou a outra. Coloquei no dedo dela e beijei sua mão.

— Eu amo você, Lauren. Sério mesmo, com todo meu coração. – Me sentei ao lado dela e toquei seu rosto.

— Eu sei que ama, Camz. Olha tudo que você faz, não precisa nem dizer, você prova que me ama em atitudes. E eu te amo, eu não sei como agir ou demostrar, mas eu amo você. Ela estava chorando e eu também. Duas bobas sorrindo, chorando e tocando o rosto uma da outra.

— Eu arrumei seu quarto com outras coisas. Podemos ir ver?

— Sim. – Ela levantou e me estendeu a mão, caminhamos até o meu quarto e ela fez sinal para que eu abrisse a porta. Ela pegou o celular.

— Oi, Sogrão. Agora sim é meu sogro oficial. – Ela sorriu e eu neguei com o tom bobo que ela usou. — Sim, ela aceitou. A primeira parte da surpresa está finalizada, podem voltar. – Ela ficou escutando. — Podem assistir agora, só queria que ela fosse a primeira. – Novamente ela escutou, — Tudo bem, eu acho, deixa eu ver com ela. – Ela me encarou. — O Pat quer ir dormir com o Doninho, tem problema?

— Não.

— Sem problemas, sogrão. Podem voltar para a casa. Abraço. – Ela desligou. — Ele detestou no novo apelidinho. Adotei agora.

— Você precisa parar de irrita-lo.

— Aquele cara me ama. – Ela falou e meu quarto estava todo enfeitado, com velas e pétalas, a TV na parede era bem maior que a de antes e o centro da cama tinha bandejas com frutas variadas e um fondue de chocolate branco e preto. — Vai ser nossa noite de cinema, já vou pedir desculpas adiantadas, pois vou tentar te beijar a noite toda. – Sorri e abracei ela. Ela nem imagina o quando é importante para mim. O quanto eu sonho com o dia que vou retribuir toda essa intensidade que ela joga sobre mim.

— Eu vou te beijar hoje. O máximo que eu conseguir. – Ela tremeu, parou se sorrir e sua respiração se agitou.

— Nossa... Eu não esperava escutar isso. – Ela beijou minha testa e me afastou, pegando minha mão e me levando até
a cama. — A cama não é nada com intensão sexual, só achei que atrapalharíamos muito seus pais na sala e precisava ser aqui por conta do nosso primeiro toque.

— Eu sei, Camz.

— Mas o que você falou me excitou um pouco. – Ela disse envergonhada e eu me inclinei para selar nossos lábios.

— Eu entendo, pode ficar tranquila.

— Ela assentiu e me contou a cronologia dos nossos filmes. Primeiro seria “Como eu era antes de você”, depois seria o nosso preferido “Dez coisas que eu odeio em você” e por último “A babá” um suspense, pois Camila adora esses filmes que me deixam agoniada, mas ela prometeu que é uma comédia suspense, que não vou me assustar.

No meio do filme, eu estava muito mais preocupada com os morangos no fondue do que com qualquer coisa.

— Já podemos beijar? – Ela perguntou em um tom quase infantil e eu achei extremamente fofo. Ela tem isso, ela é uma fofa, até é difícil de acreditar que ela é atiradora de elite da SWAT.

— Podemos. – Ela sorriu e eu me inclinei. Ela estava deitada e eu sentada ao seu lado.

Selei nossos lábios, ela adentrou minha boca com sua língua e eu tocava seu rosto. Eu precisa ter certeza que era ela ali, minha Camila, pois se me desconcentrasse um pouco, memórias viriam, aqueles ruins, com homens nojentos enfiando a língua na minha garganta. Foco... Foco... Camila... Camila...

Ela levou a mão até minha nuca e cravou as unhas ali. Achei que seria estranho, mas foi bom, me inclinei mais para o lado e ela mordeu meu lábio, se afastando um pouco. Colou nossas testas enquanto recuperamos o fôlego.

— Seu beijo é maravilhoso. – Ela disse e passou o dedo por meu lábio. — Incrível mesmo. – Ela tinha um tom rouco e seus olhos eram mais enegrecidos. — Porra! – Ela jogou as costas no colchão e colocou as mãos na cabeça.

— O que houve?

— Eu tenho muita sorte, estou extasiada por você ter aceitado. Parece que a ficha não caiu ainda. – Beijei a testa dela e tirei as coisas da cama, ficando ao lado dela e a abraçando. Ela colocou um travesseiro para enxergar melhor a TV.

Nós nem prestamos a real atenção nos filmes, pois ficávamos nos encarando, sorrindo e trocando carinhos. Alguns
vários beijos, que fizeram Camila pegar o edredom para cobrir suas pernas e esconder a sua ereção.

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