Camila Cabello | Point of View
Acordei e tentei levantar...
— Os reféns... Preciso salvar os reféns! – Alguém me segurou e eu me dei conta de não estar mais no mercado.
— Calma, heroína. Salvamos todos e você matou o líder do bando. Parabéns. – Dinah me abraçou e eu retribui. — Você nos assustou.
— O que houve?
— Você levou um tiro no ombro e na luta forçou muito o ferimento, perdeu muito sangue. Sua mão está mexendo normal? – Fiz um movimento e senti uma fisgada. — É normal, mas pelo menos você a conseguiu mexer. Parabéns de novo.
— Que dor de cabeça.
— É a claridade. Você está dormindo a quatro dias.
— Puta merda! Porque tudo isso?
— O médico disse que você estava muito esgotada, precisa descansar e o seu cérebro entendeu que esse era o momento ideal. Você estava bem, sinais vitais estáveis e só dormiu.
— E meu filho?
— Vem aqui toda a hora, ele brigou feio com a Nicole para dormir aqui. Ele é um homem, Camila. Parabéns de novo.
— São muitos parabéns para uma manhã.
— Tarde. São quatro horas.
— Estou perdida e com muita fome.
— A Sra. Jauregui vai te trazer umas coisas, me fez prometer que ligaria assim que você acordasse, pois o médico disse que sentiria muita fome.
— Sra. Jauregui? – Alisei minha testa... Que dor do caralho.
— Sim. Seus sogros fizeram campana aqui junto aos seus pais.
— Sogros?
— Sim. Mike e Clara.
— Dinah!
— Ok... Futuros sogros na sua cabeça.
— Você não me dá descanso nem em um hospital? – Fiquei a encarando por um tempo. — Lauren veio?
— Claro. Ela segurou sua mão por todos os dias e ficou falando que te pediria em casamento quando acordasse.
— Vai se foder.
— Não surta. Os velhos tem gratidão, ela não lembra da sua existência.
— Você é cruel, Dinah.
— Eu sou realista. O garoto fez várias cartinhas, o Mike vai te entregar depois.
— Tudo bem.
— Vou chamar os seus pais.
— Não!
— Ah... Se prepara. A Sinu está com sangue nos olhos.
— Acerta minha cabeça. – Ela gargalhou. — É sério. Me faz desmaiar.
— Para de bobagem.
— Sério... Me ajuda. Me acerta uma coronhada. Eu nunca vou te perdoar se você não me fizer desmaiar.
— Você é dramática demais.
Ela saiu e logo medico me avaliou, logo meus pais entraram no quarto.
— Agora já é suficiente?
— Não começa, mãe.
— Vou terminar. Você tem que sair dessa vida, eu não aguento mais esperar por ligações como esta, e agora realmente
a recebi. Como acha que nós ficamos? O pobre do Doninho? Ele ficou muito assustado.— Desculpe por isso, mama, mas é o que eu amo fazer.
— Isso é muito perigoso, filha. Eu vou ter que concordar com sua mãe, melhor sair disso antes que nós percamos você.
— Eu não vou parar de trabalhar, estou me saindo muito bem e gosto do que faço. Isso foi um acidente, poderia ter batido o carro ou sofrido de outra maneira.
— Não é assim. Você sabe que procura o perigo e eu não vou suportar te perder. – Minha mãe começou a chorar e eu fiquei de coração partido. Tirei o soro e os eletrodos do meu peito e a abracei.
— Eu vou ficar bem, Mama. Não fique assim. Eu estou bem agora.
— E amanhã?
— Vou estar ótima.
Ela negou e me abraçou forte. Aí começaram as visitas, meus colegas me entregaram um cestão, pois eu entraria em férias depois do desgaste. Minha mãe ficou furiosa quando viu que o fundo da cesta era coberto por camisinhas.
— TIA CAMILA! – Um furação pulou na minha cama e eu gargalhei.
— Eu disse para não gritar, filho. – Clara o repreendeu e ele fez uma careta. Céus! Esse menino é lindo demais.
— Como você está, Tia Camila?
— Bem melhor e com muita fome.
— A gente trouxe bolo de fubá... E um queijo que a vovó faz. É muito bom.
— Vamos comer então?
— Siiiiiim!
— Ficamos comendo e ele me contava empolgado como as coisas estavam.
— E sua mãe?
— Ela está longe agora. – Ele disse um pouco triste. Olhei para Mike.
— Ela está em um SPA. Ela está com acompanhamento psicológico, é um SPA para as vítimas, ela está recebendo apoio, está com as amigas e semana que vem a Clara vai ficar com ela, pois ela não consegue ficar sozinha ainda. Estamos nos adaptando, mas ela está se esforçando.
— Ela é uma guerreira, Mike. Ela é uma muralha, ela está muito ferida, mas vai melhorar. Eu tenho fé nisso e coloco ela em minhas orações todas as noites. – Ele sorriu e me abraçou apertado.
— Você é um anjo, Camila.
Fiquei sem graça e logo meu filho chegou, não desgrudou um segundo de mim. Ficamos brincando e quando recebi alta os dois foram comigo e meus pais para meu apartamento. Ficamos aproveitando o resto da noite e no fim, os Jauregui’s liberaram o Pat a dormir na minha casa.
×××
Acordei pela manhã e me juntei a todos que estavam na mesa. Os Jauregui chegaram cedo e Mike já ficou encarregado do churrasco. Meu pai ficou meio irritado, mas cedeu. Foi um dia muito agradável, confesso que fiquei perguntando sobre Lauren para a mãe dela sempre que tive oportunidade.
— Camila, aquela lá que você chama de Nicole está no telefone. – Revirei meus olhos.
— Quem é? – Clara perguntou rindo.
— É mãe do Adônis. Minha ex-esposa.
— Elas não se dão bem?
— Nem um pouco, eu engravidei ela e só tinha dezoito... Ela era mais velha, tinha trinta e minha mãe tem essa ilusão de que fui seduzida.
— Você foi!
— Eu quis, mãe. Quis muito e várias vezes.
— Ela abusou da minha garotinha!
— Mama! A senhora sabe que não foi assim.
— Essa história me parece muito interessante, quero ouvir ela inteira.
— Nem vale a pena. – Minha mãe falou e eu revirei os olhos.
— Vale sim. Vou te contar tudo.
Fui ver o que Nic queria e ela só perguntou como eu estava. E disse que eu deveria sair do emprego... Acho que minha mãe não gosta dela porque elas se parecem.
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REM
FanficA melhor agente da SWAT entrou como reforço em uma missão muito arriscada, agora, depois de toda a barbárie presenciada, ela não conseguirá se desligar desse caso tão cedo... * Camila G!P * Aviso Legal: Os personagens encontrados nesta história são...