Capitulo 27: O inimigo oculto

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Era mais uma noite de frio intenso.
A neve caia deixando tudo branco e o silêncio reinava no castelo de Dalibor.
Além  da forte guarda armada, Apenas aquelas duas pessoas se encontravam acordadas, com suas longas capas escuras de capuz, se esforçando para se esconderem nos cantos escuros, onde os sentinelas não os veriam.
A segurança estava recobrada e Os cavaleiros do rei substituíram a guarda do castelo e estavam fortemente armados,com suas espadas e armaduras  completas. No  alto das torres, arqueiros e lanceiros dividiam o tempo das vigílias diurnas e noturnas.
  Em todo o castelo não se comentava outra coisa daquilo que estava sendo considerado como um atentado ao rei e a rainha de Dalibor.
A voz sussurrou:
-Ele mandou iniciar uma investigação. Acho melhor, por algum tempo, adiarmos os planos.
O comparsa respondeu imediatamente:
-De maneira nenhuma. Vamos continuar com os planos. Nada irá nos impedir de acabar com a pouca vergonha instalada neste reino. Onde já se viu uma rainha mundana? Que exemplo eles estão dando para todos?
A pessoa da esquerda respondeu:
-Sim, eu concordo. Da mesma maneira, que Eva induziu Adão ao erro, esta rainha irá conduzir este reino a concupiscência e à luxúria.
A outra pessoa sorriu satisfeita.
-Sim, é exatamente isso! "A alma de uma mulher e a alma de uma porca são quase o mesmo, ou seja, não valem grande coisa. E se nós não tomarmos a devidas providências, essa libertinagem tomará conta de todo o reino.
-Mas precisamos mudar algumas estratégias. O envolvimento de Arved no episódio das ervas dormideiras não deu em nada.
-Porque o rei confia naquele pajem velho como se fosse seu tutor ou algo que o valha.
-Precisamos pensar em que pessoas envolver. Tem algumas que não adiantará nada. O rei  sabe quem lhe é leal.
-Exatamente! Mas eu já recebi algumas informações imprescindíveis para que possamos nos livrar dela, mas precisamos que o rei esteja ausente. Porque me parece que ele está enfeitiçado por esta manipuladora maléfica.
-Sim! Mas aguardemos com parcimônia. Muito breve as coisas irão mudar por  aqui.
Preparando-se para se despedirem, ainda houve tempo de falar:
-Que seja rápido! Não podemos perder tempo!
-Não estamos perdendo tempo, estamos apenas esperando o melhor momento para podermos executar o que pretendemos.
Os dois riram e quando uma dupla de cavalheiros sentinelas se aproximou movidos pelo ecos dos sussurros de  ambos, os intrusos se dividiram sorrateiramente desaparecendo como ratos  na escuridão da noite fria, cada um devidamente satisfeito  pelas coisas estarem acontecendo. E aquilo era só o começo!

O REI SEM CORAÇÃO concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora