Mohyo

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Aviso: O capítulo a seguir, pode ser gatilho para algumas pessoas, então, se você sentir-se mal sobre problemas com mãe ou pai e negligência parental, não leia esse capítulo. New babies tem vários outros one-shots que não te lembraram momentos tristes, por favor, preserve sua saúde mental e considere o aviso.

- Construindo uma relação.

Hirai Momo é uma solista japonesa, destaca-se no mundo musical por suas músicas e coreografias impecáveis. Neste exato momento, a mulher está trabalhando na letra de sua próxima música, os seus sentimentos transformando-se em palavras com uma facilidade admirável. Porém, seu momento de concentração foi interrompido por Park Jihyo (A mulher é sua namorada e, praticante de age regression, também sua bebê) que entrou no seu escritório com sua pelúcia de unicórnio em mãos e uma chupeta, estampada com o mesmo animal mitológico, na boca.

Os olhos de Hirai seguiram os passos da coreana, ela passou pela sua mesa e acomodou-se em seu colo, o ato foi desaprovado pela japonesa que foi impedida de continuar sua obra.

- Jihyo! O que a mamãe falou sobre você entrar no escritório dela enquanto ela trabalha? - Momo perguntou, descendo a menina de seu colo.

- Qui naum poti...Maisi foi po um bom motivu! - Afirmou, retirando um papel do bolso de seu short - A mamãe falo qui quelia passa masis tempu con a nenê naquela noiti qui us amiguinhos da mamae vielam e tomalam agua estanha, lemba? - Jihyo explicou com seu tom característico, inocência.

Na verdade, Momo não lembrava de nada disso, estava ocupada bebendo e deixando a pequena de lado. E sendo realista, Momo, as vezes, desejava que Jihyo não tivesse sido sua namorada.

- Não - Respondeu, pegando sua caneta.

- Naum lembla? Masi mamae, Hyo atchou una foma! Exta flio! Entaum podemus constui una cabanina jutas! - Disse, voltando a se animar - Óh! - Colocou seu desenho na frente de Momo que suspirou por ter perdido o rumo da caneta e riscado a parte branca que tinha no papel que escrevia sua letra.

O desenho era composto por alguns detalhes: A cabana tinha cadeiras em marrom (paredes), um lençol branco (teto) que cobria as cadeiras, dentro da cabana, um cobertor, várias almofadas e ursinhos. Ao lado da cabana, duas bonequinhas e  acima delas tinha duas setas, Mamamori i Hyoyo.

- Depois - Respondeu, dobrando o pedaço de papel e entregando a dona. Jihyo criou o desenho ao assistir um filme, com pouca visão e uma grande imaginação, construiu uma cabana parecida com a que o filme mostrava, porém, seu material era giz de cera e uma folha ofício, que encontrou jogada.

- Vamus faze depoix? - Jihyo indaga com uma esperança gritante na voz, recebeu em troca, um aceno qualquer - Ta bom! Vo espela a mamãe temina o tabalhu deia - Assentiu, ansiosa e empolgada.

Jihyo deixou o desenho com sua mamãe, pegou seu unicórnio e correu até seu quarto. No cômodo começou a procurar alguns lençóis que fossem parecidos com as cores de seu desenho.

- Morimori, atchei us lentxois! - Avisou para seu unicórnio, sua única companhia nas horas que Momo não a dava atenção ou seja, 20 horas por dia, por causa das refeições - Vamus leva pa sala i depoix po as cadelas na sala tamém i depoix espela a mamãe! - Disse, pegando o unicórnio nos braços.

Enquanto Jihyo alimentava sua ilusão, Momo usava seu desenho para limpar a caneta que vazava um pouco.

A coreana fez o que disse que iria fazer, organizou o que elas precisariam na sala e sentou-se no sofá, esperando Momo descer para elas começarem a construir a cabana, e de quebra: melhorar a relação delas.

A bebê ficou em uma única posição por um tempo (2 horas) e cada pequeno barulho fazia seu coração acreditar que era Momo descendo de seu escritório. Mas agora, olhando para sua pelúcia, deixou uma lágrima escorrer.

New babies [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora