Aviso: O início do capítulo tocará em temas sensíveis, problemas familiares, então, se você não se sente bem lendo sobre isso, por favor, considere o aviso e procure outros capítulos para ler (NB tem vários que não vão fazer você ficar mal).
- Pela primeira vez, mamãe.
Minatozaki Sana... desde que era uma simples criança, a japonesa precisou aprender a lidar com situações ruins em sua vida. As brigas constantes de seus pais, a falta de carinho por parte dos mais velhos, pressão psicológica, etc. Sana lembra que quando seu pai descobriu que ela gostava de garotas, ele bateu nela até que ficasse com a pele roxa, lembra que sua mãe chorou, mas, não fez nada para parar-lo.
Alguns anos depois, em uma briga entre seus progenitores, seu pai matou sua mãe e foi preso. Ela não viu nada, estava na escola quando tudo aconteceu, mas, sua imaginação a perturbou dali em diante. Com 16 anos, Sana teve que começar a morar com sua avó, uma senhora que mesmo com a morte de sua filha, cuidou do melhor jeito que pode de sua neta. Inclusive, sempre entendeu muito bem as necessidades de Minatozaki. Com 17 anos, Sana começou a regredir com a ajuda de um psicólogo e com o apoio de sua avó.
Mas, quando ela achou que sua vida estava caminhando para frente, sua avó morreu por causa de um ataque cardíaco, um mês antes de sua festa de 18 anos. A partir daí, a japonesa parou de regredir, começou a submeter-se a horas estressantes de estudo e trabalho de meio período.
Alguns anos depois, Sana estava em uma entrevista de emprego com uma das donas da empresa mais conhecida e prestigiada do kpop: 3mix entertainments. Im Nayeon analisava o currículo de Sana, enquanto, a japonesa secava suas mãos em sua saía. O nervosismo estava provocando sensações nostálgicas na menina que começou a morder os lábios discretamente.
- Podemos começar a entrevista! - Nayeon falou, largando o currículo na mesa e encarando Minatozaki.
Acreditem, o nervosismo de Sana para responder uma das perguntas feitas pela coreana foi tão forte que ela acabou regredindo pela primeira vez em 7 anos, por causa da pressão.
Nayeon só entendeu a situação quando Jihyo entrou na sala com Dahyun em seu colo e se ofereceu para ajudar a bebê japonesa. Como Sana não parecia querer voltar a seu eu adulto, Jihyo explicou que provavelmente a mulher havia deixado de regredir por um bom tempo. O seu conselho foi que como Nayeon era "culpada", ela levasse Sana para sua casa e cuidasse da menina até que a mais nova se sentisse confortável para deixar de ser bebê.
Após esse momento acontecer, Sana se sentiu muito mal, mas, pelo menos ela ganhou um emprego. Com o tempo, Nayeon acabou se afeiçoando a japonesa e ambas acabaram criando uma relação de confiança.
Com 10 meses de relação, Nayeon convidou Sana para ficar na sua casa, pois, a japonesa havia comentado que morava em uma pensão, na onde tudo era ruim.
Depois de dois meses, morando com Nayeon, Sana se abriu para a mais velha, partilhou suas dores, seus traumas e foi acolhida pela outra. Duas semanas depois, Nayeon levou Sana a uma psicóloga particular.
Fazem sete meses que Sana começou a regredir, de novo, depositando toda sua confiança em Nayeon que se empenhou para não quebrar-la de nenhum jeito. Com a ajuda de Nayeon, Sana conseguiu fazer amiguinhas como Dahyun, "filhotinha" de Jihyo, e Momo, bebê de Jeongyeon e Mina. Ah, e titias como Jihyo, Jeongyeon e Mina. Ter esse espaço confortável com pessoas amáveis ao seu redor fez Sana conseguir superar certos traumas, aos poucos, e curar certas questões de sua vida.
Há um mês, Sana começou a chamar Nayeon de mamãe, o que foi um marco na relação delas, pois, significava o quanto a japonesa ama e confia na coreana.
Em um dia chuvoso, há um mês atrás:
- Num, duis, tleis, tutu i cix - Sana contou os seus dedos da mão esquerda na frente de Nayeon.
- Muito bem, bebê, agora você sabe bem mais que três - Nayeon comemorou, dando selinhos no rosto da japonesa.
Sana sorriu com o mimo e voltou a mesa da cozinha para desenhar, enquanto, suga sua chupeta rosa.
- Nana faixnu tu-mi-da - Sana constatou, fazendo Nayeon rir com o jeitinho de sua bebê.
Depois de terminar a sopa, Nayeon serviu para ela e para Sana, que esperava Nay cobrir seu prato para poder ser alimentada.
Quando Nayeon começou a alimentar a japonesa, a menor, sem querer, acabou batendo com seu braço no prato, fazendo-o virar encima da coreana.
- Ahh - Nayeon gemeu, tirando sua blusa por causa da temperatura da sopa - Espera ai, amor, a Nana volta já
A coreana deixou a blusa na pia e começou a lavar a queimadura, que, felizmente, não foi tão grande. Depois disso, ela subiu para seu quarto, passou uma pomada para queimadura e voltou para a cozinha.
- Mama, dicupa a sasa! - Snaa pediu, chorosa.
Nayeon aproximou-se da menina e começou a secar suas lágrimas.
- Está tudo bem, docinho, não foi sua culpa - Nayeon disse e terminou dando um beijo na testa de Sana.
- Mamãe naum ta bava? - Sana perguntou, com medo que o carinho entre elas, tivesse acabado.
A coreana abriu seus olhos, analisou a frase de sua bebê, umas 20 vezes em sua mente... Mamãe? Ela tinha me chamado de Mama antes?
- Não, eu não poderia ficar brava com você por algo que você não controla - Nayeon disse, olhando nos olhos da garota - Você me chamou de?
- Mamãe? Uhum! Nana mamãe ta Sasa - A japonesa falou, corada.
- Sim! Eu sou sua mamãe - Nayeon concordou, salpicando selinhos pelo rosto vermelhinho de Sana - Eu sou mamãe!
Depois de refazerem o jantar pela segunda vez. Nayeon pôs Sana para assistir um desenho e foi falar com Jihyo e Jeongyeon.
- Ai...Ela- Ela me chamou de ma-mãe - Nayeon contou emocionada enquanto via, pelo celular, Jeongyeon com boobs no cabelo e Jihyo escovando os dentes.
- Lindo, Nayeon - Jeongyeon respondeu - Parabéns...
- Você é mamãe agora - Jihyo completou a frase de Jeongyeon.
- Sou!! - Nayeon gritou, baixo.