Sete

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-O que? -passo as mãos por meu cabelo o olhando sem entender o motivo do afastamento.

-Deveria voltar para dentro. -Bill desvia o rosto em direção ao lago e debruça sobre o guarda-copo.

-Se não pretendia continuar, porque começou? -o encaro atentamente, curiosa com o motivo daquele beijo e também de seu afastamento.

-Você não esta me perguntando isso. -virou seu rosto encontrando o meu olhar mas não o sustenta e volta a olhar para frente.

-Eu estou. -cruzo os braços em frente ao corpo o inclinando um pouco para o lado- Pode, por favor me responder.

Bill permanece calado, posso ver os eu semblante fechar, seus lábios se contraem, desço o olhar por seu pescoço notando o movimento de seu pomo de adão e uma respiração profunda.

-Vai me responder? -pergunto quase que em um sussurro.

-Você é uma criança. -e ele me responde com rispidez. O motivo então é esse. Rio soprado desviando o olhar oposto ao dele, viro meu corpo de frente para o hall do prédio e encaro a escadaria.

-Não pensei que esse fosse o problema a minutos atrás.

-Minutos atrás eu não estava pensando. 

-Agiu por impulso? -olho para Bill novamente- Não me parece do seu feitio. 

-E qual seria? -agora ele me encara depois de longos segundo sem me dirigir o olhar.

-Olhando para todas as mulheres que trás, não achei que a idade fosse um problema. -volto a olhar para frente.

-Não é. 

-Me diga a verdade, então. -sinto um vento gelado e puxo um pouco o roupão na frente do meu corpo.

-Nenhuma é uma criança. 

Uma criança? De novo com isso. Viro meu olhar de volta para seu rosto que ainda me observa, mas desta vez de baixo para cima, respiro fundo com o tamanho de sua cara de pau. Bill não pode estar só me provocando, não é? 

-Uma criança não se masturba, Bill. -digo com firmeza- E eu duvido que tenha se incomodado com isso quando ficou me olhando o fazer.

-Aonde quer chegar com essa conversa? -franziu o cenho me encarando- É outra ameaça? 

-Claro que não. -reviro os olhos voltando meu olhar para o hall- A forma como me beijou, não parecia estar beijando uma criança.

-Uma criança com um corpo de uma mulher.

-Não venha com essa desculpa para cima de mim, eu não sou uma criança Bill. -o olho. céus porque isso me irrita tanto? Como ele pode me chamar de criança desse jeito? Ainda mais depois de simplesmente me agarrar sem motivo algum.

-O que quer que eu lhe diga? -Bill passa uma das mãos em sua nuca a massageando- Foi um ato impulsivo. -alterou a sua voz- Um erro, apenas aceite. 

-Caramba. -pigarreio me afastando do parapeito e também de seu corpo, que idiota.

Volto para o hall de entrada e vou até a porta do meu apartamento, empurro a porta para abrir mas me surpreendo com uma mão envolver a minha pro cima da maçaneta e puxar a volta de volta a fechando. O que? Olho para trás me deparando com Bill parado logo atrás de meu corpo.

-O que pensa... -segura o meu rosto e se curva capturando meus lábios em um beijo novamente.

Minha mente chega a rodar em segundos, seus beijo é tão bom e não vou negar que senti-los novamente é tudo o que desejei nos segundos atrás, mas não dessa maneira, não depois da conversa que acabamos de ter. Levo uma mão ao seu peito o afastando um pouco.

Apartamento 62Onde histórias criam vida. Descubra agora