Dezesseis

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Pego uma caixa dentro do caminhão a levando escadas a cima até o apartamento, coloco em cima da pilha de caixa no canto da sala.

-Acho que estas são as ultimas. -estico meu corpo de forma a alongar minhas costas.

-Vou morrer sufocada antes do fim da pandemia. -olho para Savannah retirando sua mascará a largando em cima da mesinha nova de centro.

Rio da minha amiga se largando sentada no sofá preto ainda com o plástico de proteção, vou em sua direção e me sento ao seu lado também retirando minha mascara. Estico as pernas as colocando em cima da mesinha de centro.

-Falou com a Nat ontem? -me pergunta.

-Só de manhã, ao que parece no campo não possui sinal de celular ou wifi e ela precisa aproveitar o tempo que vai no centro. 

-Deve estar enlouquecendo. -estica também suas pernas- Com um irmão como o Kevin, eu iria preferir ficar presa em um hospício do que em uma casa no meio do nada sem nenhum outro sinal de vida.

-Não o acho tão ruim assim.

-Maddie, é porque não é você que convive com ele. -me olhar preguiçosamente- Tem encontrado com Bill? 

-Não. -balanço a cabeça negando- Passei essa ultima semana trancada em casa estudando para as provas, mal coloquei os pés para fora, e as vezes que sai quase não o encontrei, e quando encontrei ele acompanhado de Melissa.

-E ela, não desconfiou de nada?

-Acho que não, eles pareciam bem. 

-Onde esta o Tommy com a comida? -resmungou pegando seu aparelho celular no bolso de trás de sua calça- Estou te dizendo, um dia ele irá nos matar de fome.

-Que exagero. 

Há um barulho na porta que nos faz olhar em direção a mesma, mas é o tio Tommy entrando com duas sacolas grandes do restaurante sueco, uma engrado de cerveja e outro de cerveja, ele parece estar animado. 

-Finalmente pai. -a garota se levanta deixando seu celular em cima do sofá.

-Espero que essa comida seja boa Levine, não enfrentei uma fila grande daquelas atoa. -reclamou em caminho da cozinha, coloca as sacolas e os engradados sobre o balcão.

-Vai me agradecer por te apresentar o melhor restaurante da região. -me levanto indo atrás dos dois na cozinha, puxo uma banqueta e me sento apoiando os braços na bancada- O que pediu?

-Uma recomendação do chef, as comidas possuem nomes estranhos, eu não tive muita paciência para ler o cardápio. -o olho abrir o engrado de cerveja e retirar uma garrafa para si.

-Credo pai, e se comprou carne humana sem se dar conta? 

-Carne humana? Você precisa mesmo parar com esses filmes. -aponta para a garota que procura em uma das caixas que estavam na cozinha os pratos, talheres e copos, pega então três de cada.

-Não recebi influencia dos filmes, pode ter certeza. -deixa tudo sobre o balcão- Agora podemos comer?

-Vão em frente, preciso fazer um telefonema. -tio Tommy sai da cozinha nos deixando sozinhas. 

Puxo uma das sacolas para perto e vou retirando as marmitas de dentro, deixo cada um em cima do balcão enquanto Anna as pega conferindo se ainda estão quentes, aproveito para abrir o engradado de refrigerante e retiro duas latas de coca-cola.

-Quando ele começou a trabalhar?

-Há dois dias, eu diria. -diz servindo os pratos, molha a pontinha do dedo em um olho o provando- Nossa... isso é aqui é bom.

Apartamento 62Onde histórias criam vida. Descubra agora