Vinte e oito

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Acordo sentindo os suaves selares em meu ombro, sorrio de forma tendo o meu corpo abraçado por um braço, levo uma mão a esta o acariciando, deslizo os dedos suavemente até alcançar sua mão a entrelaçando com a minha. Ouço um sussurro de bom dia e essa é a melhor sensação em dias, viro meu corpo de frente para o rapaz que me encara com um sorriso nos lábios, tem um pouco mais de duas semanas que estamos saindo, eu e o Sammuel, e ontem ele dormiu aqui casa depois de ter um jantar bem formal com minha irmã e o seu namorado.

Não imaginei que o Sam pudesse ser uma companhia tão gostosa e divertida, todos os meus dias se tornaram mais animados desde que o conheci, trocamos mensagens, fotos aleatórias, como o prato de macarrão com queijo que ele fez ou o meu dever de casa de geometria, também conversamos um pouco sobre nossas séries favoritas, até assistimos algumas juntas, ele demonstrou ser uma pessoa com um coração grande, no ultimo sabado, fui conhecer os seus pais e descobri que ele também divide a casal com sua avó, uma senhora de noventa e dois anos bem animadinha para a idade, eu ri muito com ela, agora sei de onde vem todo o seu humor, também me diverti ouvindo suas história, me admiro que ela tenha uma memória intacta, diferente do neto que as vezes se esquece de comprar algo ou até mesmo de comer. Como alguém se esquece de comer? 

Mesmo que os meus dias tenham sido ocupados, eu tenho notado a ausência do mais velho, a um pouco mais de uma semana que não encontro com Bill, na semana passada vi uma ou duas vezes sua noiva, mas ele mesmo não. Ontem o Alex me informou que eles foram para a casa dos pais da Melissa passar um tempo, bem, não me incomodo muito com isso, nos afastar é o melhor para nós dois e acho que ele concorda com isso, mesmo sem termos nos falado. 

-Fará o pedido hoje? -pergunto ao loiro.

-Para quem devo pedir, Erin ou para o Alexander? 

-Para a minha irmã, é claro. -deixo um tapa de leve em sua mão- O Alex, ainda, não é o meu pai. -ri alto.

-Adoro quando diz isso, porque ele há trata como a irmã mais nova. 

-Ele é bem cuidadoso, sei que a maior parte desse tratamento é por causa da Erin, mas acho que é natural dele já que tem uma irmã mais nova também. 

-Ele tem? -o respondo com um aceno- Há conheceu?

-Não, mas sei que o seu nome é Eija e ela é um pouco mais nova do que o Bill. 

-Acontece com a maioria dos homens, eu não tenho uma irmã, mas tenho uma prima que esta completando doze anos, e os garotos do colégio já estão de olho nela. Pode isso, paquerar uma garota de doze anos? -puxa o meu corpo para mais perto.

-Se eles possuírem doze anos ou treze, eu não vejo problema algum. 

-Diz isso porque eu tenho certeza de que é paquerada por todos a sua volta. 

-Até que eu sou mesmo. -viro o corpo rolando para cima do seu, deixo uma perna de cada e me sento em cima de seu membro- Mas não é por todos que me interesso. 

-Que honra a minha. -ergue seu corpo ficando sentado, envolve seus braços ao redor de minha cintura em um abraço- Tenho uma namorada especial.

-Para de ser bobo. 

Passo os braços ao redor de seu pescoço retribuindo ao abraço, me inclino roubando um selar demorado e aproveito para rebolar lentamente, sinto suas mãos descerem para minhas nadegas as apertando.

-Prometemos que iriamos fazer o café da manhã hoje.

-Eles podem esperar um pouco. -sussurro selando seus lábios novamente.  

Sam e eu aproveitar um pouco da nossa manhã chuvosa na cama, o tive dentro de mim por alguns minutos novamente, demos uma pequena enrolada até levantarmos para tomar um banho, eu fui na frente e me arrumei vestindo um conjunto de moletom, o clima frio anuncia a chegada do inverno. 

Apartamento 62Onde histórias criam vida. Descubra agora