Dezoito

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Ofego sentindo meu corpo subir e descer em uma respiração descompensada, passo meus dedos por seus fios deu cabelo os entrelaçando entre seus fios e os puxando de leve o sentindo morder minha pele, dobro minha perna o sentindo acariciar desde minha cintura até minha coxa puxando-a para encaixar-se em sua cintura.

Deitar-se com Bill essa noite foi definitivamente um erro, as coisas foram simplesmente acontecendo e quando me dei conta já estava nua na cama o tendo entre minhas pernas, sua existência parece ter me levado para um beco sem fundo onde existe um labirinto do qual eu não consigo sair, e por mais que eu ande procurando pela saída, os caminhos sempre me levam de volta para o mesmo lugar, você. 

Isso com certeza saiu fora do meu controle e hoje eu percebo que já não consigo deixar de deseja-lo, é como uma necessidade o ter ali, colado a mim, e por mais errado que seja, por mais vezes que a minha consciência pese pensando em Melissa, eu não consigo controlar. Nesse momento tudo o que gostaria dizer é que me arrependo, mas não, nem um segundo. 

-Bill -chamo o escutando murmurar um "hm" contra minha pele- Para...

-Certeza? -movo seu quadril de modo a roçar seu membro em minha intimidade.

-Tenho. -coloco as mãos em seu peito o empurrando para o lado, me afasto levantando da cama- Isso passou dos limites.

-Madison.

-Não, já chega! -me abaixo procurando por minha calcinha entre os lençóis da cama e no chão- Fomos longe demais, eu fui longe demais. 

-Volta para a cama, isso não é hora de discutir. -encontro minha camisola a vestindo, desvio o olhar para Bill deitado na cama e um sentimento de raiva sobe por meu corpo me trazendo uma vontade de jogar tudo o que encontro para cima de si, mas eu vou me conter para não acabar o matando.

-Sai. -pego suas roupas no chão a jogando para cima de si na cama.

-Madison, pode se acalmar?

-Não, eu disse para você sair. -vou até a porta, abro uma fresta me certificando de que tudo estivesse do mesmo jeito que deixamos- Ela não acordou, você pode ir.

-Você esta se precipitando.

-Me precipitando em que? Transar com você? -encosto a porta voltando a olha-lo enquanto veste suas roupas- Pode ter certeza que sim.

Nossos olhares se cruzam, seus olhos estão vazios, sem brilho algum, até me assusta o ver dessa forma. Dou um espaço abrindo a porta novamente, ele passa por mim sem dizer uma palavra sequer, não sei o que pensar dessa sua reação mas prefiro que fique assim. Fecho a porta a trancando, encosto as costas na mesma olhando em direção para minha cama com o lençol e as cobertas bagunçados. 

-Merda. -reviro os olhos voltando para a cama, me deito na mesma cobrindo todo o meu corpo, o seu cheiro ficou todo na roupa de cama, porque tem que cheirar tão bem? Escondo meu rosto no travesseiro forçando-me a dormir.

Levei um tempo para pegar no sono, mas quando dormi tive um sono agitado e sem sonhos, algo ficou ecoando na minha cabeça me fazendo acordar com fortes dores de cabeça, todo o meu corpo parece doer em conjunto, me arrasto para fora da cama e para o banheiro desejando não acordar no dia de hoje. Não enrolo muito no banheiro, vou aproveitar que ajudarei com a decoração da festa para ocupar minha mente e evitar qualquer tipo de pensamento errôneo sobre a noite anterior, quero apenas esquece-la. 

Saio do quarto notando as cobertas que Bill usou dobradas em cima do sofá, olho ao redor o procurando e não o encontro, deve ter ido embora. Suspiro em um alivio e ao mesmo tempo com um peso em minha mente dizendo que passei um pouco do limite com ele, mas se fiz algo, foi para o nosso próprio bem, ou para o meu. 

Apartamento 62Onde histórias criam vida. Descubra agora