Vinte e três

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A festa foi ótima, em todos os sentidos, e a homenageada amou, foi bom revê-la e saber que tudo esta bem. Ela ainda se encontra em uma cadeira de rodas mas é temporário, é bom saber que no meio de toda essa loucura algumas pessoas estão retornando a suas casas.

Jogo meu corpo para trás caindo no sofá, estou exausta, meus pés estão pedindo urgentemente por uma massagem, também, faz mais de um ano que não uso salto alto.

-Que chulé. -ergo a cabeça vendo o tio Tommy tampar o nariz com os dedos.

-Eu não tenho chulé. -ergo um dos pés e cutuco sua barriga com o dedão.

-Não tem olfato. -ele empurra meu pé para o lado- Me de um espaço.

-Seu nariz deve estar podre. -jogo as pernas para o lado e tomo um impulso me sentando no sofá.

-Chegue mais perto do tio. -se ajeita pegando minha mão.

-É a hora da conversa. -seguro sua mão e encaixo meus dedos nos seus iniciando uma guerra de dedões. Eu sei quando o Tommy quer conversar sobre algo, ele vem chegando de fininho.

-Onda esta o seu juízo, hein menina?

-Acho que foi embora.

-Dou razão para ter se sentido atraída por ele, mas...como eu posso te explicar isso? -olha para nossos dedos que estão em guerra- Você ainda é uma menina, Madison, e ele é um cara mais velho que esta noivo de outra mulher. Um espetáculo de mulher.

-Sério Tommy? -inclino a cabeça o olhando.

-Ta certo, ta certo, vim falar sobre você. -me olha- Entendo que tenha seus desejos aventureiros de adolescente, mas toma cuidado, sendo legal ou não ele ainda é um homem.

-Eu me cuido, não se preocupe. -aperto seu dedo ganhando a guerra- Ganhei!

-Sempre ganha. -sorri. Eu sei que ele me deixou ganhar.

-Além de tudo isso, o que achou dele?

-Bill é um cara bem legal, não é esnobe como o irmão.

-Alex, sério? Você achou isso mesmo ou é ciúmes?

-Eita, que ciúmes o que? -resmunga- Não, ele é todo cheio de frescuras.

-Sei. -rio dando um tapa de leve em seu ombro- Boa sorte.

-Para que? -vira seu rosto para frente.

-Para encarar ver a Erin com outro.

-Desisto de você. -se levanta do sofá.

-Eu parei, juro. -contenho outra risada. Ele esta morto de ciúmes.

-Me acompanha até a porta?

-Bora. -dou um pulo me levantando do sofá, abraço seu corpo pelo o tronco e vou o acompanhando até a porta de entrada. 

Paramos na escada vendo minha irmã subir acompanhada de seu namorado, seu cunhado e também sua noiva, desvio o olhar para qualquer outro canto. 

-Viu a Anna? 

-Da ultima vez que a vi ela estava conversando com aquela garota, Natasha. -escora no batente da porta- Acho que minha filha esta apaixonada.

-Também percebeu? 

-Savannah tenta esconder mas eu sei quando esta gostando de alguém porque o seu sorriso falando com essa pessoa vai de orelha a orelha. -imita abrindo um sorriso grande.

-Apenas não sei se ela a retribui. -sorrio fraco.

-Vamos ver no que da. -se aproxima deixando um beijo em minha testa- Diz que mandei um beijo para ela.

Apartamento 62Onde histórias criam vida. Descubra agora