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𝙿𝚘𝚛 𝚂𝚘𝚏𝚒𝚊

— Oiii — eu disse assim que abri a porta da minha casa — eu senti tanto sua falta, papai

— Oi, meu amor — ele me abraçava segurando por trás da minha cabeça — eu também senti muito sua falta, filha

— Vem, entra — eu puxei meu pai para dentro de casa, logo fechando a porta — Mãe, meu pai chegou! — eu disse gritando para minha mãe que estava na sala com Rodrigo

Andei com meu pai até a sala, minha mãe e Rodrigo sentados no sofá, viramos a atenção deles quando adentramos a sala.

— Oi, Rebeca — meu pai disse para minha mãe, eles deram um abraço rápido — Oi — ele disse para Rodrigo — prazer, Henrique — ele estendeu a mão para meu padrasto

— Prazer, Rodrigo — ele estendeu a mão para meu pai, em um comprimento

— Não vai se importar se eu sequestrar nossa filha, né? — meu pai disse brincando com minha mãe

— Por quantos dias? — minha mãe perguntava

— Dois — meu pai respondeu

— É pouco, leva por mais — uma voz diferente entrou na sala, era Gabriel. Ele estava mexendo no celular

— Você é tão amigável — eu disse para o mesmo, minha mãe e meu pai riram

— Eai — meu pai disse para Gabriel, que ainda estava com a cabeça baixa, olhando para seu celular

— Beleza? — Quando Gabriel levantou a cabeça, demonstrou surpresa em sua feição — Henrique? - pera, oque?

— Olha só, eai Gabriel — meu pai disse, os dois se abraçaram rindo — você decidiu ir embora justo quando eu estava fora — nós três olhávamos confusos para os dois

— Sabe como é né, sem muita escolha — Gabriel olhou para mim, depois para meu pai — você que é o pai dela? — ele perguntava surpreso

— Para você ver — meu pai respondeu

— Vocês se conhecem? — eu entrei na conversa

— Aham — Gabriel disse — ele é meu padrasto — eu olhei surpresa — eu não sabia que ele era teu pai, teria te falado antes — ele disse para mim

— Então quer dizer que seu pai é meu padrasto — eu disse para Gabriel — e o meu é seu padrasto?

— E os motivos só aumentam, né? — ele disse como se falasse sobre o lance de ficarmos "juntos"

— Que motivos? - Rodrigo perguntou

— Para sermos mais irmãos ainda — eu respondi antes, olhando uma única vez para Gabriel

— Então — meu pai começou a dizer — arruma suas coisas, vamos ficar na chácara — meu pai disse para mim, eu estava animada — você podia ir também — ele disse para Gabriel

— Ele deve ter coisas pra fazer, né? — eu disse para Gabriel

— Pior que não, não tenho nada pra fazer — ele disse me provocando

— Então porque não vai com a gente? — meu pai disse para ele — os dois são meus filhos — ouvir meu pai dizer isso, me causava repulsa. Meu pai olhou para Rodrigo — não se importar que eu pegue seu filho emprestado, né?

— Nem um pouco, pode levar — Rodrigo fez descaso

— Então é isso — meu pai sorriu feliz — arrumem as coisas de vocês, vão vão — ele disse quase chotando a gente da sala

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