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𝙿𝚘𝚛 𝚂𝚘𝚏𝚒𝚊

— Não, meu beeem — eu disse rindo segurando nos braços de Gabriel que estavam em volta da minha cintura, enquanto ele estava atrás de mim

— Você não vai trabalhar hoje, amooor — ele disse me prendendo ali — sua perna tá doente lembra?

— Perna doente, Gabriel? — eu tentava me soltar mesmo sem forças de tanto rir

— Eu te diagnostiquei, você não pode trabalhar ainda — nós andávamos pelo quarto enquanto eu tentava sair dali

— Amor faz quatro dias que eu tô em casa, a Bárbara já está ficando maluca naquela clínica

— A Bárbara é competente — ele tentava me convencer — fica, Sofiaaaa!

— Gabriel! — eu disse alto ainda rindo — olha pra mim, olha pra mim — eu me virei com ele ainda me segurando — cadê a Amélia, em?

— Tá perdida por aí — ele enfiou a cara no meu peito — ficaaa — ele dizia com a voz abafada

— Eu tô atrasada, vida — eu disse beijando sua cabeça com aqueles cabelos perfeitamente brilhosos e escuros.

— Não fala mais comigo — ele me soltou indo em direção da cama e se jogando de cara na mesma

— Oque é isso? Está pior que a Amélia — eu cruzei os braços

— Você salva vidas, salva a minha — disse com a voz abafada de cara no colchão

— Que exagero — eu disse indo até ele e subindo por cima das suas costas

— Nossa filha vai ficar sentindo sua falta — ele disse levantando a cabeça

— As vezes ela nem lembra que eu tô fora

Ele ficou me olhando de rabo de olho, logo ele segurou no meu braço e me jogou na cama subindo por cima de mim, um ato um tanto quanto rápido de mais.

— Retardado — eu me debatia embaixo dele

— Eu te amo — ele me deu um selinho, enquanto minhas mãos foram automaticamente em seus cabelos — eu vou cortar meu cabelo

— Faz isso não — eu disse chateada — seu cabelo é mais bonito que o meu

— Eu sei — ele abaixou jogando o cabelo na minha cara

— Convencido — eu botei as mãos na cintura dele — deixa eu ir vai

— Tá bom — ele se deu por vencido saindo de cima de mim — deixa eu te levar?

— Não precisa se preocupar, meu amor

— Vai, deixa — ele fez aquela cara de cachorro perdido

— Tá bom vai

Ele se levantou indo logo na minha frente, peguei minha mochila pequena e sai do quarto logo em seguida.

— Vamo levar a mamãe no trabalho? — ele chegou fazendo cosquinha com o rosto na barriga da Amélia

— Papaiii — ela disse dando gargalhada com as mãos em volta da cabeça de Gabriel

— Tô atrasada — eu disse a frase com certa longitude

— Mais um dia naquilo, mamãe? — ela ficou em pé no sofá de braços cruzados

— Naquilo Amélia! Naquilo? — eu cruzei os braços demostrando insatisfação

— Olha pra mim, filha — ele virou ela para ele — não pode falar assim do trabalho da mamãe — ela ficou quietinha — ela salva vidas, sem o trabalho dela não teria pessoas saudáveis assim como... — ele deu um toquinho com a ponta do dedo em sua barriga — ...você

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