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𝙿𝚘𝚛 𝚂𝚘𝚏𝚒𝚊

— Não, eu vou com você! — a Bárbara dizia gritando atrás de mim pelo corredor

— Não, você não vai! — eu parei me virando para ela

— Mais por que? — ela tinha aquela carinha de cachorro perdido

— Você é menor de idade, não pode entrar cmg para uma sala de parto — eu coloquei a mão no ombro dela — quer me ajudar?

— De qualquer forma

— Então desça, vai até a recepção e ligue para o hospital pedindo uma ambulância

— Vai fazer o parto dela mesmo assim?

— Não tenho outra opção

— Já tá tudo pronto, chefe — Alice chegou no corredor

— Faz oque eu disse — Bárbara concordou e foi em direção das escadas

Eu me virei indo com a Alice até a sala que a Raquel separou para a menina ter o bebê dela.

Cheguei na sala vendo a garota gemendo de dor em pé perto da cama, apoiando seus braços na mesma enquanto se curvava.

— Oi querida — eu cheguei perto dela passando a mãos nas suas costas — como está? Sentindo contrações? — ela murmurou um sim — você está contando?

— Tem que contar? — Júlia me olhou querendo chorar

— Tem sim. Preciso saber como está — eu com calma ajudei ela a se deitar na cama

— É normal doer tanto?

— Mais do que parece — eu dava toque nela — sua bolsa estourou junto com o sangue, você está dilatada

— Acha que consegue fazer esse parto aqui? — ela dizia para mim

— Acho — eu estava meio incerta disso

— Aaiiii — ela gemeu chamando a minha atenção — isso dói muito

— Eu sei que dói — eu dizia calma

— E você tem filhos? — ela parecia nervosa

— Tenho uma de três anos, e eu nunca senti tanta dor na minha vida — ela ficou quieta

— Mas eu...aaaaaa — ela gritava de dor

— É você está bem dilatada — eu disse logo notando que parecia a cabeça do bebê — eu tô vendo ele, eu preciso que vc faça força, querida

— Eu queria a minha mãe aqui comigo, ela sempre esteve comigo — ela dizia chorando — não consigo fazer isso

— Você consegue sim, isso vai passar, é momentâneo, vamos lá — eu via um pouco do bebê

— Você quer segurar a minha mão? — Alice se aproximou da Júlia, que pegou a mão dela no mesmo segundo — pode apertar

Ela começou a fazer força e a cabeça do bebê saiu, faltava pouco mas ela parecia cansada.

— Falta pouco vai — eu disse para a mesma que me olhou e por fim fez a força necessária

A sala foi tomada pelo choro do bebê, que era uma garotinha, fiz oque era necessário com o bebê, enquanto a mamãe se recuperava até mesmo do seu fôlego perdido.

— Chefe! — Bárbara abriu a porta rápido — a ambulância chegou

(...)

— Ela é linda — Júlia segurava sua bebê, já estava em seu quarto separado

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