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𝙿𝚘𝚛 𝚂𝚘𝚏𝚒𝚊

Eu já terminei de arrumar as coisas por aqui, então já íamos para casa, como sempre né.

Amélia já estava arrumada, a minha so... quer dizer, a Helena fez questão de dar banho nela e colocar um vestidinho todo rodadinho que a mesma comprou de presente para Amélia.

Eu já tinha ido colocar as mochilas na mala do carro, agora eu estava dentro de casa outra vez tentando de qualquer jeito pegar o Tommy que não parava de jeito nenhum.

— Tommy! — eu gritei quando ele correu e bateu com o rabo em uma pilha de livros da minha mãe que ficava na mesinha no canto da sala

Eu coloquei a mão no rosto em forma de decepção, respirando fundo para não surtar e me taxarem como louca.

— Respira — Helena disse me olhando enquanto dava um pequeno sorriso — você vai enfartar

— Tô bem — sorri bem falso, ao ponto de nem conseguir esconder — não vou enfartar, ainda

— Mamai — ela veio até mim balançando seu vestidinho — posso blincar lá fora?

— Filha você já tomou banho — ela cruzou os braços — não me olha assim

Ela ficou me encarando e depois virou a cara pra mim, com a mesma fechada, ela encheu os olhinhos d'água.

— Não faz isso, meu bem — eu peguei ela no colo que abraçou meu pescoço querendo chorar

— Não bliga comigo, mamai

— Eu não briguei amor — eu aliava as costas dela, Helena me olhava querendo sorrir

— Que isso aqui? — Rebeca olhou para os livros no chão

— Mãe, pelo amor de Deus, pede para o Gabriel pegar o Tommy pra mim — eu faltava pouco implora

— Tudo bem — ela se virou logo saindo da sala

— Ela costuma ser manhosa desse jeito? — Helena olhava Amélia abraçada em mim

— Tem dias que ela é sensível demais, aí fica assim

Eu fiquei balançando a Amélia em meu colo ouvindo ela querendo chorar. As vezes ela era exatamente como Gabriel, e as vezes, como eu, assim como estava sendo agora.

— Segura ela pra mim? — eu perguntei para a Helena

— Claro, querida — ela veio até mim pegando Amélia que literalmente dormiu em questão de minutos

Eu fui andar para sair da sala para ir atrás de Tommy outra vez, dei de cara com Gabriel na porta segurando o cachorro.

— Oque você deu pra esse bicho comer? — ele veio com o Tommy no colo

— Eu juro que nada de especial — eu me virei indo pegar a guia dele — segura aí

— É levinho viu, Sofia — ele fazia força com o mesmo

Eu voltei rapidinho até ele, colocando a guia no cachorro que agora tava mais calmo e tranquilo, por mais que parecia ser por pouco tempo.

Gabriel colocou ele no chão que já quis sair correndo e quase me arrastou.

— Aí eu não aguento mais — eu disse e Gabriel começou a rir

— Você é muito fraca, garota — ele pegou a guia da minha mão

— Garota? — eu cruzei os braços

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