Por Sofia
Cheguei no meu quarto indo até minha mochila e da Amélia, Tommy estava na minha cama dormindo.
Comecei a arrumar as coisas pelo quarto e guardar as coisas. Eu tava confusa e agitada demais.
Eu perdi o total costume de ter qualquer contato com o Gabriel, seja físico ou visual, e a forma como ele me olhou era questionável, a forma como dizia sobre sentir minha falta era de uma forma "estranha", não a forma que se ele tivesse olhando e falando somente da mãe da filha dele. Por um segundo me senti como há 4 anos atrás.
Eu só, pedia pelo amor de Deus que a Luisa não estivesse certa, e que Gabriel fosse somente o pai da Amélia. E no mesmo momento em que eu tentava arrumar as coisas bagunçava ainda mais, as palavras do Gabriel mexeram ainda mais com a minha mente.
Se há 4 anos atrás nós não demos certo, acho que agora daríamos menos ainda, ele é somente o pai da minha filha e eu tenho que botar isso na minha cabeça.
Mas eu não entendo o motivo de tanta aflição quando estava perto dele, eu acho que depois de tanto tempo as coisas não deveriam ser mais assim, eu achei que tivesse superado essa história.
E pelo visto certas coisas não mudaram.
Mas naquela época as coisas eram diferentes, porque naquela época eu simplesmente amava ele e agora eu... não sei mas oque tá acontecendo comigo.
— Ai, porra! — eu disse quando embarrei em um secador deixando ele cair no chão — que droga — eu sussurrei
— Você tá bem? — ela disse quando apareceu na porta
— Não Luísa, não tô — eu sentei na cama respirando fundo
— Deixa eu pensar — ela botou a mão no queixo — Gabriel? Amélia?
— Gabriel — eu corrigi — não acredito que vou passar por tudo de novo, se passou tanto tempo, não posso gostar dele ainda, né?
— É claro que você pode, você simplesmente pensou que tinha superado porque não via mais ele, eu sempre te avisei que quando visse de novo, seus sentimentos viriam a tona outra vez — ela se sentou do meu lado — isso é normal
— Mas eu não queria assim — eu respirei fundo — para sermos bons pais para Amélia, precisamos se resolver entre nós, porque será horrível fingirmos oque não somos só para ela
— Mana, vocês vão dar um jeito, eu só acho que se ainda tem sentimento, não é ruim tentar
— Ele tem namorada
— Ele tinha, né? Porque a essa altura do campeonato ele já não tem mais
— Não importa, um dia ele disse que eu e ele não daríamos certo porque não "encaixávamos" e isso será para sempre — eu me levantei
— Não deveria fazer isso com você mesma — ela cruzou os braços
— Estou fazendo pela Amélia, não por mim
— Então a melhor opção era estar juntos, e não separados, já que é por ela — ela tinha razão, mas não seria assim — nenhum filho quer os pais separados
— É melhor é cada um pro seu lado — eu voltei a guardar as coisas
— Pra que ficar se convencendo do contrário?? Se tá louca? Gente, que medo todo é esse que trava a vida de vocês?
— Não é medo, é prever que vai da merda e saber o melhor
— Vocês claramente não sabem — ela se levantou — depois a gente termina essa conversa, não pretendemos pegar estrada no fim da tarde
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Always
Romance(Livro em revisão) Depois de saber que seu padrasto tinha um filho, Sofia Mendes reconsiderou a ideia como algo bom, a jovem de apenas 17 anos que vivia sozinha entre dois adultos, uma terceira pessoa com a faixa etária de sua idade não seria nada m...