Por Sofia
Estávamos no apartamento do Gabriel tirando as coisas dele de lá, já que decidimos morar juntos, Amélia pulou de alegria quando soube.
Luísa estava ajudando a gente, estávamos em dias diferentes agora.
Ficávamos de um lado para o outro levando as coisas dele pra lá, ele tinha mais coisa do que eu poderia em algum momento imaginar.
As coisas estavam em caixas não tão grandes, o suficiente para podermos carregá-las nos braços do elevador até meu apartamento.
Amélia ficava feito um chaveirinho atrás de nós, subindo e descendo elevador.
— Minhas costas choram — eu disse sentando no sofá por alguns segundos quando coloquei uma das caixas no chão
— Se importa se formos desencaixotando enquanto você busca mais? — Luísa dizia para Gabriel
— Não me importo não, vou levar a minha companheirinha, não é? — ele olhava para Amélia
— Issu, vo ajuda o papai — ela pôs as mãos na cintura
— Então vai logo, vão — eu disse sorrindo. Os dois saíram fechando a porta
— Bom, vamos abrir essas caixas
— Vamos abrir lá no quarto, se não depois iríamos ter dois trabalhos de abrir aqui, e levar para lá — eu me levantei
— Tem razão, vamo lá — ela pegou duas caixas uma encima da outra
Fomos de pouco a pouco levando as caixas para lá, já que a maioria seriam roupas - coisa que o Gabriel tem em excesso.
— É tanta caixa que eu não sei por onde começar — ela colocou as mãos na cintura
— Eu não aguento mais ver papelão na minha frente — eu disse rindo — é por uma boa causa
— Eu que o diga — ela riu — vai, vamos
Sentamos no chão de frente para as faixas espalhadas, Luísa em uma ponta do quarto e eu na parte da janela grande, que ia do chão até o teto, a vista era linda.
— Cara, o estilo do Gabriel é muito bonito — ela disse pegando uma jaqueta preta dele — ele tem ótimo bom gosto
— É claro que tem, ele tá comigo — eu me gabei
— E ainda quis multiplicar — eu ri com o seu comentário
— Ele tem realmente um ótimo gosto — eu me levantei pegando cabides ainda lacrados e jogando sobre a cama — vamos colocar as roupas em cabides, quando for por no guarda roupa, vamos colocar por cor, ok?
— Queria ter o seu estilo de organização, por que minha casa está um chiqueiro — ela disse rindo
— Quando Gabriel meter a mão aí no meio, ele vai embaraçar isso tudo — eu disse por fim abrindo a caixa
Aquela como as que a Luisa estava abrindo, não era de roupas mais sim de objetos, comecei a retirar-los de dentro da caixa colocando na beirada da minha cama que estava na minha frente.
Bem, mais bem no fundo daquela caixa eu encontrei uma coisa, era algo azul, e eu me recordava daquilo, aquilo era familiar.
Tirei as coisas de cima daquilo, logo vendo que aquele era o diário que Gabriel escrevia sobre a vida dele, o mesmo que tinha escrito "Lorenzo" e que ele me emprestou enquanto estava com a gente na casa da minha mãe.
Comecei a me perguntar, a questionar se ele ainda escrevia lá dentro, ou se escreveu mais uma parte depois que foi embora.
Eu abri o diário rolando pelas suas páginas bem branquinhas com as escritas em meio.
E tinha sim mais coisas do que eu havia lido, ele tinha escrevido mais, ele sempre colocava datas na parte de cima da folha, e a última que tinha algo escrito, foi a cerca de 2 anos atrás...
Isso significa que ele não escreveu mais depois disso, fiquei muito curiosa e tentada a ler oque havia escrito ali, por mais que não fosse certo.
Quando olhei no fundo da caixa, havia uma caixinha felpuda e vermelha, deixei o diário em minha perna, e peguei a caixinha, e quando a abri, me deparei com oque eu menos esperava encontrar, a pulseira, a mesma que eu dei para ele antes de partir, a do trevo de quatro folhas, a pulseira da sorte, ainda estava com ele. Não pude negar o pequeno sentimento de culpa que senti ao ver aquilo, sempre pensei que ele havia se desfeito dela, mas ele a guardou, e eu estava feliz por descobrir isso.
— Oque tá fazendo? — ela disse quando se levantou para por as roupas no lugar
— Eu? Nada — eu joguei o diário e a caixinha de volta na caixa no meio das outras coisas
— Tá certo — ela estava guardando as blusas — Então quer dizer que o Henry ta de volta?
— É — eu disse sentada na beirada da cama — Gabriel sabe do que aconteceu entre eu e Henry, mas...
— Não me diga que ainda gosta do Henry? — ela me olhou chocada
— É claro que não! — eu disse rápido — eu amo o Gabriel, isso não é novidade, mas por que justo quando tá tudo dando certo? O Henry aparece, a Vitória só atrapalha, fora que ela vai vim com esse papo da gravidez dela
— Afinal, gravidez... — ela ficou olhando pro nada — Como se ela nem podia ter filhos?
Por um instante eu me peguei pensando que eu não tinha lembrado desse fato. Gabriel falou disso mas eu nem me liguei.
É verdade, se ela não pode ter filhos como é que ela está grávida?
— Eu não me lembrava disso — eu disse olhando para os lados
— Tem algo de errado aí em
— Olhando agora, realmente é oque parece — ficamos em silêncio por alguns segundos
Fiquei quieta por alguns minutos somente vendo Luisa por as roupas no lugar. Eu e Gabriel estávamos bem, melhor do que nunca, eu só não queria que nada atrapalhasse.
— E essa história da Bárbara se parecer com Gabriel?
— Ah não, Luísa, você já está vendo coisa onde não tem — eu me levantei indo ajudar ela
— Sei não, ela não deve ser outra filha perdida dele, né?
— É óbvio que não, Luísa — eu disse rindo — impossível a Bárbara ser filha do Gabriel, só se fosse irmã né — no mesmo segundo eu fui deixando de sorrir e ficando seria
— Isso também é impossível, já que o Gabriel só teria a irmãzinha que morreu, né? — eu fiquei olhando pra ela, ela logo notou a minha expressão — que foi?
A Luisa não podia estar certa, não dessa vez. Eu considero impossível a Bárbara ter algum parentesco com o Gabriel.
Eu só comecei a pensar repetidas vezes que o Gabriel tinha uma irmã que foi colocada na adoção.
Não é possível que a Luisa esteja certa.
Ou a Bárbara realmente pode ser a irmã do Gabriel?
(...)
Oii Famil, tudo certo?
Oque vcs acham em? A Bárbara é a irmã "sumida" do Gabriel?
Ou seria só mais uma suspeita?
Deixem aqui oque vcs acham, até logo✨❤️🦋
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Always
Romance(Livro em revisão) Depois de saber que seu padrasto tinha um filho, Sofia Mendes reconsiderou a ideia como algo bom, a jovem de apenas 17 anos que vivia sozinha entre dois adultos, uma terceira pessoa com a faixa etária de sua idade não seria nada m...