𝙿𝚘𝚛 𝙶𝚊𝚋𝚛𝚒𝚎𝚕
— Quem mais poderia ser, né — Vitória disse percebendo a minha cara — cheguei em uma hora ruim?
— Você disse que ia me avisar, como achou o endereço? — eu não havia passado ainda
— Está nervoso ou algo assim? — ela cruzou os braços
— Claro que não, mas é que... — eu não pude dizer mais nada quando senti ela chegar em mim e me beijar
Ela fez aquilo mas eu não tinha a intenção de beijar ela, era uma péssima hora agora.
A Amélia estava aqui, e a Sofia me mataria se a Amélia visse e contasse para ela, por eu estar deixando a Amélia ver essas coisas, e pior... eu não queria beijar ela, não queria mesmo.
Em um ato rápido eu segurei nos braços dela afastando a mesma de mim, que ficou me olhando com uma cara de suspeita.
— Agora não é a melhor hora, você veio para conversar e já vem assim, calma — eu disse rápido
— Por que agora não é a melhor hora? Oque tá escondendo de mim? — ela começou a olhar em volta
— Meu Deus, não tô escondendo nada
— Ela está aqui, né? — ela cruzou os braços
— Oque??
— A Sofia está aqui, desgraçada — ela se virou e saiu andando em direção do corredor
Eu fui atrás dela no mesmo segundo, ela nem sabia como era o apartamento e abriu a porta coincidentemente correta, vendo o volume na minha cama.
Ela levou a mão com tudo pra puxar a coberta e eu puxei o braço dela, impedindo dela continuar com aquilo.
— Para, agora! — eu disse baixo para não acordar a Amélia
Puxei ela para fora do quarto e fechei a porta outra vez, puxei ela até a sala, eu estava puto por ela agir de uma forma tão irracional assim.
— Que palhaçada é essa? — eu cruzei os braços falando um pouco mais alto
— Eu que te pergunto! Quem está lá?
— É a Amélia, merda! — eu disse bravo
— Amélia? Não é a Sofia?
— Claro que não — eu disse como se fosse óbvio — cara, oque está acontecendo com você?
— Você me trocou por aquela criança!
— Para de ser maluca, endoidou de vez? Aquela criança é minha filha!
— Eu só quero que a gente fique bem, e juntos, por que tem que ser assim??
— Por que você não entende como as coisas funcionam agora! — eu disse nervoso
— Estamos juntos a quase 3 anos, e você simplesmente me deixa por algo assim — eu não estava acreditando que ela tava falando aquilo
— Por algo assim? Com todo respeito do mundo, cala a boca — ela ficou com a boca entre aberta — cala a sua boca, se você veio pra dar esse festival aqui, vai embora
— É sério que você se tornou isso por causa de uma criança? Aah e uma mulher também né, não podemos esquecer
Ela olhou para o corredor quando ouvimos passinhos vindo até onde estávamos.
— Gabliel, eu tive pedasedo — Amelia veio coçando os olhinhos até mim
— Oi, amor — peguei ela do chão que me abraçou deitando a cabeça no meu ombro — por favor, vai embora — eu disse para a Vitória que olhou de cara feia para a Amélia
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Always
Romance(Livro em revisão) Depois de saber que seu padrasto tinha um filho, Sofia Mendes reconsiderou a ideia como algo bom, a jovem de apenas 17 anos que vivia sozinha entre dois adultos, uma terceira pessoa com a faixa etária de sua idade não seria nada m...