Capítulo 22

132 19 0
                                    

Capítulo 22

"Ele exigia que ela o amasse,mas o amor exigido não é amor de verdade"

Já se passavam das 8:00hrs da noite quando alguém tocou a campainha da casa várias vezes consecutivas. Fui conferir olhando por uma das janelas da frente da casa,me deparei com Gael que muito mal se sustentava em pé de tão bêbado.

- É sério isso? Ainda mais essa? -  digo baixinho revirando os olhos.

- Sarah! - gritou - eu sei que está em casa. Abre, precisamos conversar. - bati em minha própria testa com a mão ao observa-lo abrindo o portão, eu havia esqueci de fecha-lo. - bateu forte na porta novamente. - é sério,vamos conversar.

- Não temos nada para conversar,vai embora. - cruzo os braços,estava uma noite um pouco fria.

- O que você tem com aquele cara? Sarah. - seu tom de voz aumentava cada vez mais.

- Gael,vai embora,para de escândalo. Eu não te devo satisfações da minha vida, é tão difícil de você entender isso? - permaneci no mesmo lugar sem me mover.

- Você que não entende, eu amo você !! Abre a porta,me deixa entrar. - bateu desta vez um pouco mais leve.

- Vai embora,o Oliver vai acordar com esse barulho, e eu não me importo com o que sente por mim. - após alguns segundos de silêncio ouço o barulho de uma garrafa quebrando na porta, provavelmente era a mesma garrafa de bebida que ele segurava quando o observei pela janela.

- Você não sabe o que está dizendo! - berrou.

- Vai embora, agora - o respondi quase no mesmo tom. Ele começou a bater e chutar a porta com muita força, então me afastei assustada. Sua agressividade ficou mais intensa e corri até o celular que estava jogado no sofá.

-Luiza!?- minha voz saiu trêmula e não esperei que ela respondesse - O Gael está completamente bêbado,ele vai acabar derrubando a porta com a força que está batendo nela.

- Calma! Eu estou no trabalho,Sarah, levaria muito tempo pra eu chegar até aí, você tem que ligar pra polícia - falou angustiada do outro lado da linha. Luiza sabia que eu não havia feito isso ainda.

- Eu não posso, Luiza,eu não posso - chorava afastada da porta mas sem tirar os olhos dela - ele nem mesmo seriq preso,e se fosse seria apenas por essa noite. Amanhã mesmo estaria cumprindo todas as ameaças que me fez.

- Eu não sei como te ajudar - Luiza conseguia ouvir as batidas da porta pelo telefone,estava tão nervosa quanto eu.

- Irei abrir essa droga de porta e tentarei conversar com ele, talvez ele vá embora

- Sarah não house fazer isso,ele é um descontrolado,não sabemos o que ele pode fazer. Já sei, o Noah - lembrou que pelo horário ele já deveria ter largado do trabalho na livraria - eu vou mandar o Noah ir até aí, não é muito longe e ele tem carro,então chegará rápido,você só tem que aguentar até que ele chegue,está ouvido,Sarah? Segura essa porta e não deixa ele entrar de forma alguma. Eu já te retorno.

- Luíza... - chamei, mas ela já havia desligado a ligação. E mais uma vez eu estava sozinha com um louco do outro lado da porta

Não Foi Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora