Capítulo 34

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Capítulo 34

"Os processos são necessários. E digo mais: há beleza em cada um deles!"
(Talitha Pereira)

Fui em passos largos até o portão ao ouvir a campainha tocar e me joguei nos braços do noah.

- Eu estava com saudades - diz após darmos um beijo demorado - sente - pôs minha mão em seu peito - você deixa meu coração maluco sabia ? - sorri corada e recebi mais um beijo.

- Vem - seguro sua mão e o puxo para dentro de casa. A paciente está no quarto.

- Como ela está?

- Veja você mesmo. - digo apontando em direção ao quarto da Luiza.

- Você não falou que o estoque de lágrimas dela havia acabado? - questionou ao entrarmos no quarto e pegarmos ela chorando baixinho. 

- Ela reabasteceu - apontei para a escrivaninha ao lado da cama,havia uma jarra de vidro com água e um copo do lado.

- Nossa - comenta olhando para Luiza segurando uma caixinha de lenços,deitada na cama - Luiza eu trouxe seu chocolate favorito. Mas a vó, disse que vai fazer aquele chá dela que acalma até um elefante e tem um sabor bem peculiar. Eu trago amanhã. - seu tom era de alguém que não estava pra brincadeira.

- Misericórdia - falou levantando com um pouco de dificuldade - eu estou bem, e muito calma, fica à vontade para dizer isso a ela.

- Então ok,toma aqui o chocolate e lava esse rosto. - diz saindo do quarto e o segui sem entender a cena. Eu havia passado horas tentando consola-la e falhei,o Noah com poucas palavras resolver o "problema"

- O que aconteceu ali,como fez aquilo? - voltavamos para a sala.

- A Luiza não suporta nem ouvir a palavra chá e a vó tem um chá com um gosto horrível que sempre nos faz tomar quando estamos nervosos,ansiosos ou coisas do tipo.

- Ahh - digo com a mão sobre a boca com a intenção de abafar o riso. - que bela dupla vocês são.

- Acho que preciso saber de algo que te acalme,seja algo bom ou um chá horrível - comentou me encostando na parede mais próxima com um sorriso de lado.

- Jamais - digo sorrindo e o beijando. Para minha surpresa Oliver entrou correndo na sala gritando o nome do Noah. Tomamos um susto e ele se afastou de mim rapidamente e totalmente sem jeito.

- Olá,pequeno ser vivente - o colocou no colo - como vai a convivência com o Puppy?

- Bem,ele é meu melhor amigo - assim que acabou de falar o cachorro chegou latindo nos pés do Noah,que pôs o Oliver no chão - viu? Ele quer brincar comigo.

- Então vai lá brincar. - bagunça o cabelo do Oliver que sai correndo em direção ao quarto e o cachorro vai logo em seguida.

- Que tal assistirmos um filme?

- Por mim tudo bem, vou fazer a pipoca enquanto você escolhe algum.

- Luiza, vem assistir um filme - a chamei da cozinha.

- Nem pensar,não sai da minha deprê pra segurar vela - respondeu da porta do quarto e o Noah pôde ouvir da sala.

- Aqui já tem bastante luz,pode vir sem a vela - falou sorrindo.

- Noah! - o repreendi sorrindo.

- Ela sempre me faz segurar vela,no final dos cultos.

- Calúnia,Sarah, total calúnia - se defende imediatamente.

- Já não sei mais em quem acreditar - digo indo para sala com a pipoca que fiz no microondas - o que vamos assistir?  Se for terror você vai assistir sozinho - aviso de imediato.

Assistimos uma comédia romântica de mãos dadas e minha cabeça sobre o ombro do Noah.

- Amor? - me despertou e abri meus olhos sonolenta - você adormeceu.

- Não acredito - levantei minha cabeça e ele virou um pouco o corpo para ficarmos de frente um para o outro. - eu sinto muito.

- Está tudo bem - recebi um rápido selinho seguido de um sorriso - você deve está cansada e já passa das nove,então preciso ir. - pôs uma mexa do meu cabelo atrás da orelha e beija meu pescoço me causando um arrepio.

- Você me faz tão bem. - ponho minha mão em seu rosto - as vezes tenho dúvidas se o que estou vivendo é real.

- É tão real quanto a certeza do nascer e o pôr do sol. - me diz com um sorriso no rosto.

- Teu sorriso me deixa sem fôlego sabia? - admito olhando para sua boa.

- E você me deixa maluco - diz em um sussurro perto do meu ouvido e me arranca uma risada. - agora preciso ir,e você precisa dormir.

- O que vai fazer ao chegar em casa? - indago ao vê-lo abrir a porta do carro.

- Te mandar mensagem dizendo que cheguei bem. - responde sorrindo.








Não Foi Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora